DESTAQUE

PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

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sexta-feira, 17 de abril de 2020

DOCUMENTÁRIOS SOBRE IRMÃ LÚCIA

Para não nos agarrarmos demasiado ao noticialismo do Covid-19 eis algumas sugestões de leitura e visualização. Creio mais animadores e, quem sabe, iluminadores de coisas que não sabiamos tão bem.
espero que seja do vosso agrado (também serve para ver em família, com os mais piquenos, e quem tem estas tv's mais modernas com youtube...mais fácil é).
Há um sem número de possibilidades.
Permito-me sugerir:

- dois interessantes documentários sobre Lúcia de Jesus (a Irmã Lúcia)


https://www.youtube.com/watch?v=jGqMVpsEdYk

https://www.youtube.com/watch?v=GQf2IaPF9V4

PÁSCOA DE 2020, A CRUZ DE RAMOS E DA PÁSCOA (vídeo)

Nesta Páscoa de 2020 há o amor que nunca acaba, é vida de sempre e para sempre.
Tempo sempre novo - mesmo confinados aos quatro cantos do lar ou dum lar - a redescobrir, também este ano.
A Páscoa apenas começou. Ela termina no dia de Pentecostes, a 31 de Maio. Até ainda temos mais tempo para abrir as nossas portas e deixar arejar os cantos ainda húmidos ou cheios de 'mofo'! 
É uma Páscoa diferente e, por isso, 'estranhamente' nova. Quem dera fosse um tempo para centrar a vida no 'essencial'. 
O essencial nunca está no nosso umbigo, esse era uma passagem quando no ventre materno nos nutriamos para viver, mas foi cortado...Quem olha só para o seu umbigo torna-se intolerante, incapaz de passar da sexta-feira santa, longe da cruz (como o diabo), indiferente e parente da boçalidade..., forte de 'nada'.... O Senhor passa, mesmo que os nossos olhos não o possam ver como desejaríamos.
Este é um tempo que nos põe à prova, na humildade da fragilidade - pelo contexto humano com que nos confrontamos - na paciente harmonia com todos os que vivem debaixo do mesmo  tecto (ou com aqueles que gostaríamos ao nosso lado), entrelaçando laços mais apertados.
Ninguém fica 'distante' nestes dias (só se quisermos). Ainda que as nossas portas estejam mais 'fechadas' e nos falte o ar, nunca estamos sós. Os primeiros amigos de Jesus ressuscitado reuniam-se nas suas casas, mas com a alegria de sentir que o Senhor estava com eles.
A Páscoa permite-nos cantar em qualquer circunstancia. Vai chegar o tempo de 'abrir as portas', as da casa para sair, as das igrejas para voltar a entrar. Mas as portas do coração podem e devem estar sempre abertas para viver a cruz florida da Páscoa.

Vi muitas cruzes, nas ruas a agora no computador. Tão belas e tão cheias de carinho. As mãos e a arte que as compuseram são ferramentas que exprimem a seiva que passa por dentro de quem as idealizou.

APRESENTO-VOS UMA AMOSTRA QUE FOI CHEGANDO...DAS CRUZES DE RAMOS E DE PÁSCOA.
UMA BELA MEDITAÇÃO SOBRE A 'SABEDORIA DA CRUZ', QUE NÃO NOS DEIXA INDIFERENTES. ELA, SENDO DURA E CRUA PODE-SE TRANSFORMAR EM SINAL DE PAIXÃO E DE AMOR, DE VIDA NOVA.

esta apresentação pode ser visualizada em quatro modos (para o caso de algum não funcionar):

*    https://video214.com/play/btC4bpACItJeBJGmbNacDw/s/dark   ou  https://bit.ly/3bs8FEM


*   MEO KANAL (tecla verde do comando televisivo), canal 514886


'Juntos somos luz, a tormenta passará, é preciso saber perder para depois se ganhar, e mesmo saem ver, acreditar'

Este domingo celebramos o DOMINGO DA MISERICÓRDIA. Se lermos os textos (ou escutarmos na Missa) vamos perceber muito bem o porquê do Papa São João Paulo II ter instituído e proposto a todos os cristão este domingo, com este nome.


PLuis

sábado, 28 de março de 2020

28.03.2020 INFORMÇÕES ÚTEIS

OLÁ CARÍSSIMOS IRMÃOS E IRMÃS

Mais uma semana diferente (e tão 'igual' no espaço utilizado)! Diferente daquelas 'normais', porque o dia parece agora ter mais horas e  esses dias parece que nunca mais passam. A semana parece mais longa...
Não nos 'plantemos' diante da TV. Informados sim, dependentes não! Demasiado tempo em frente do ecrã, especialmente para estar 'a par' de todos os pormenores noticiosos de COVID-19, pode facilmente deprimir-nos! Coloquemos regras pessoais (e/ou familiares) para ver as notícias...Procurem-se outras visualizações (mesmo na TV), instrutivas ou lúdicas. A criatividade nunca foi tão útil e preciosa. Inventar modos e meios para nos mexermos e não nos agarrarmos ao sofá (ou à cama). 
Permitam-me repetir três frases que o Papa Francisco referiu- e que certamente quase todos escutastes esta sexta-feira, no 'silêncio ensurdecedor duma Praça de São Pedro apinhada de vazio -  e que nos podem servir de meditação (para agora e para o futuro, se a nossa memória não for muito curta):
«Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»
«Ninguém se salva sozinho»
«Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos» 
Unidos, na comunhão dolorosa e exigente, quero neste domingo implorar convosco e rezar por todos os que nestes dias vivem - por precaução - 'retirados' das suas famílias e que optaram por esse imenso 'sacrifício' para proteger e para continuar a sua missão. Inclino-me perante a sua coragem. Pensamos também em todas as famílias que já sofreram alguma perda em razão deste virus (penso de modo especial as milhares de famílias da Espanha e da Itália...e todos os outros), Convido-vos a dedicar-lhes uma prece e um pensamento.
Tudo isto para vos dizer:

1. Não havendo alterações significativas, as celebrações comunitárias da semana santa estão canceladas (incluindo os baptismos previstos para a Páscoa).


2. As acções e gestos previstos para o tempo Pascal - a Visita Pascal em São Bento e as Festas em honra de São Bento - previstas para o dia 19 de Abril - também estão canceladas.

3. Como se sabe, não se pode programar nada (nem acertar eventos ou celebrações) com rigor e certezas, vistos as alterações constantes que enfrentamos. Quem tiver alguma celebração agendada vá estando atento!

4. Eucaristia dominical (on line) - se for possível

DOMINGO, DIA 29,
às  18h
(sem participação da assembleia)
quem quiser pode seguir  - se não houver problemas de transmissão - em

facebook: luis ferreira

sexta-feira, 20 de março de 2020

17.03.2020: INFORMAÇÕES VÁRIAS

OLÁ CARÍSSIMOS IRMÃOS E IRMÃS

O nosso isolamento social não elimina o nossa união espiritual. Há laços que se podem fortalecer, mesmo no meio das angústias e incertezas que estes dias nos estão a 'oferecer'. 
Não, a fé não foi de férias, e se as nossas 'casas físicas' da fé estão fechadas, há outras que se podem abrir. Além do mais devemos, como Igreja e cristãos, pensar mais longe (em todos os outros) e ajudar a que algum 'mal' não alastre. Todas a ilações de que a 'fé' tem medo são pouco sensatas, a fé não tem medo, deve sim ter o 'Temor', que é o respeito profundo tanto por aquilo que nos surpreende como a aceitação de que ela (a fé) é sempre frágil. 
A fé não vive alienada do mundo, vive no meio da humanidade, ela é do 'eu' e do 'tu'!
Por isso, ela pode ser sempre o nosso ânimo maior e não tem de desvanecer quando - por coisas invisíveis e bem reais e perniciosas - não se pode ir o Templo. O povo de Deus passou centenas de anos no cativeiro - sem puder rezar em público e sem as celebrações do Templo - e não foi por isso que deixou de permanecer enraizado em Deus, até voltar a Jerusalém. Tudo isso porque tinha quem o ia conduzindo, com o alento e a esperança de 'novos dias', em que haveria de surgir a alegria.
É por isso que, nesta etapa que estamos vivendo, não me parece de todo o tempo propício para denegrir, mas sim construir, para criar desilusão, mas sim ânimo, para fomentar quezílias, mas sim levantar o coração!
Unidos somos sempre mais fortes, também na fé!
Afinal somos nós, todos e cada um, também o santuário onde Deus habita! 
Tudo isto para vos dizer:

1. Catequese: aos pais e catequistas (passando a palavra uns aos outros) envio um novo modo de viver a dinâmica da Quaresma na catequese, em casa. Vejam em:

http://bit.ly/3b216nQ

2. Preparações para Crisma e gestos baptismais para os catecúmenos (o que iriam ser baptizados na Páscoa): cancelados

3. Eucaristia dominical na Igreja de Mira de Aire (on line) - se for possível

DOMINGO, DIA 22,
às  18h
(sem participação da assembleia)
quem quiser pode seguir  em

facebook: luis ferreira

sexta-feira, 13 de março de 2020

INDICAÇÕES PRÁTICAS PARA CONTINUAR UNIDOS NA FÉ

A nossa fé não se abala quando as nuvens ensombram o céu.
A nossa fé tem como 'pedra angular': 'onde dois ou três estiverem reunidos em Meu nome, Eu estarei no meio deles' e 'quando orares entra no teu quarto e reza a Teu Pai, porque o Pai que vê o oculto escutará a tua oração'!

Neste tempo, único e preocupante, a comunidade continua unida no espírito e mantém uma comunhão que vai para além da presença física.

Queremos continuar em contacto, em linha directa, por quanto nos for possível.
Propomos, desde já alguns meios para seguir as celebrações através dos meios de comunicação.

Junto um link:

http://bit.ly/2wU4rGV
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Sexta-feira, 13 de março
15h03: A fé dos homens (RTP 2)
18h30: Terço (Rádio Renascença)
18h30: Terço (TV Canção Nova)
19h15: Eucaristia e oração de Vésperas (Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, Lisboa)
22h00: Eucaristia (Paróquia de S. Nicolau e Santa Madalena, Lisboa; à mesma hora diariamente)
22h00: Terço (Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, Lisboa)
22h45: A fé dos homens (Antena 1)
Sábado, 14 de março
06h00: Missa presidida pelo papa (Vatican News; cf. leitor de vídeo abaixo)
11h00: Eucaristia (Igreja de Santo António, Lisboa; à mesma hora diariamente)
12h00: Eucaristia (Rádio Renascença, à mesma hora de segunda-feira a sábado)
17h00: Eucaristia (Igreja de Santo António, Lisboa; à mesma hora diariamente)
18h00: Eucaristia (Arquidiocese de Braga; à mesma hora de segunda-feira a sábado)
19h00: Eucaristia e oração de Vésperas (Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, Lisboa)
22h00: Eucaristia (Paróquia de S. Nicolau e Santa Madalena, Lisboa; à mesma hora diariamente)
22h00: Terço (Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, Lisboa)
Domingo, 15 de março
06h00: Missa presidida pelo papa (Vatican News; cf. leitor de vídeo abaixo)
06h07: A fé dos homens (Antena 1)
08h02: Eucaristia (Antena 1)
10h00: Porta aberta (Rádio Renascença)
10h30: Eucaristia (RTP 1)
11h00: Eucaristia (TVI)
11h00: Eucaristia (Igreja de Santo António, Lisboa)
11h00: Eucaristia (Seminário Maior, Coimbra)
11h00: Eucaristia (Arquidiocese de Braga)
11h00: Eucaristia (Rádio Renascença)
11h00: Oração do Angelus, presidida pelo papa (Vatican News; cf. leitor de vídeo abaixo)
11h30: Eucaristia (Capela do Rato, Lisboa)
17h00: Eucaristia (Igreja de Santo António, Lisboa)
17h45: 70x7 (RTP 2)
19h15: Eucaristia e oração de Vésperas (Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, Lisboa)
22h00: Eucaristia (Paróquia de S. Nicolau e Santa Madalena, Lisboa; à mesma hora diariamente)
22h00: Terço (Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, Lisboa)
23h30: Aura Miguel convida (Rádio Renascença)

Em conformidade com a sugestão de intensificar a «oração pessoal e familiar, biblicamente alimentada», o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura propõe um esquema de oração dominical em casa (cf. artigos relacionados).


13-03-2020 - Actualização - AOS PAROQUIANOS DA ALVADOS, MIRA DE AIRE E SÃO BENTO

13-03-2020 - Actualização –
 AOS PAROQUIANOS DA ALVADOS, MIRA DE AIRE E SÃO BENTO
CONFORME NOTA ABAIXO, da diocese de Leiria e da Conferência Episcopal Portuguesa
SERÃO CANCELADAS TODAS A MISSAS E CELEBRAÇÕES COMUNITÁRIAS,
incluindo as missas dominicais, ATÉ NOVAS INDICAÇÕES.
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Nota da Diocese
Caro padre,
Na sequência da nota pastoral do nosso Bispo publicada ontem com o seu anexo normativo, envio-vos o seguinte "comunicado da Conferência Episcopal Portuguesa”.
Na nossa diocese, a suspensão da celebração das missas comunitárias começa amanhã e dura até novas indicações.
Onde for possível faça-se uma celebração privada da missa transmitida por internet para as famílias da paróquia.
As demais celebrações sacramentais, como  batismos, casamentos, penitência, unção dos doentes, quando não é possível adiamento e em situação de emergência, devem fazer-se, mas com as devidas precauções e só para os familiares próximos.
Quanto aos funerais, recomenda-se a contenção na participação das pessoas e a opção de fazer uma breve celebração exequial no cemitério em vez de ir à igreja.
Quanto aos mais aspetos pastorais, atenda-se às indicações da nota pastoral e das normas do seu anexo.
Procure-se incentivar as pessoas e as famílias a fazerem leitura da Palavra de Deus  e oração em família, como se diz no comunicado da Conferência Episcopal.
Confiamos à intercessão de Nossa Senhora de Fátima, mãe de misericórdia, a súplica a Deus que nos livre de todo o mal, dê sabedoria e ajude a combater a epidemia que aflige quase todo o nosso mundo.
Os meus melhores cumprimentos.
Padre Jorge Guarda
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* RECOMENDAMOS QUE NA NOSSA PRÓPRIA CASA, SE LEIA ALGUM TEXTO DA ESCRITURA E QUE SUGERIREMOS PARA ESTE DOMINGO, ENTRETANTO, NESTA PÁGINA E SE FAÇAM ORAÇÕES, individuais e/ou em família.
* IREMOS AVALIAR A POSSIBILIDADE DE REALIZAR UMA CELEBRAÇÃO INTERACTIVA (via internet), NÃO SABENDO SE VAI SER EXEQUÍVEL (informaremos se se avançar nessa possibilidade). TAMBÉM CREMOS QUE NO DOMINGO HAVERÁ A EUCARISTIA NA RPT 1 E NA TVI, DA QUAL PODEMOS USUFRUIR (não havendo a possibilidade de participação efectiva e presencial)
* QUE ESTE NOSSO 'JEJUM' (comunitário) NÃO NOS AFASTE DO SENTIDO ECLESIAL DA FÉ E NOS REFORCE NA COMUNHÃO PESSOAL COM DEUS.
HAVEMOS DE REENCONTRAR-NOS COM LAÇOS MAIS FORTES.
O Pároco
PLuis Ferreira
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PS. Entretanto pedimos que quem tiver acesso a esta página vá seguindo as informações e faça de 'ponte' informativa para todos aqueles que não seguem ou não tem fácil acesso a este meio de divulgação/comunicação.

quinta-feira, 12 de março de 2020

ORIENTAÇÕES E NORMAS DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA

Para informação e esclarecimento anexamos  o link, que nos foi remetido pela Diocese de Leiria-Fátima, relativo às normas recomendadas e que responsavelmente todos devemos seguir.

http://bit.ly/2W7WlVz

quarta-feira, 11 de março de 2020

A REALIDADE DO 'INVISÍVEL' E O ÂNIMO A CONSTRUIR

Sobre este assunto 'Covid-19', já proliferam por aí muitos 'escritos', recomendações, normas e textos, uns mais ou menos elucidativos e educativos. É importante que o esclarecimento continue e nos indique. Partilho convosco este que me parece lúcido e com uma abordagem que, sem ser técnica (prática), também pode ajudar e iluminar a nossa vida. Não há 'culpas' nem desgraças apontadas, mas reflexão sobre a vida, a nossa vida. Parece-me ser bom para ler e reflectir, como tomada de consciência da nossa realidade e da beleza que podemos ser e dar! (P Luis)
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Covid-19 e espiritualidade:
Oportunidade para reencontrar os outros e a interioridade perdida

Neste tempo de emergência, o que está a nascer de bom é a consciência de que a minha existência e a dos outros não dependem de mim; não sou eu o dono da vida. Basta um vírus – ainda que com um nome real – para a colocar em risco. Um vírus que pode ajudar todos nós a purificar-nos da nossa indiferença diante deste mistério que a nossa sociedade tenta controlar e por vezes “dominar” através do progresso científico-tecnológico.
Esta emergência é um convite a servir a vida, antes de mais pondo fim à superficialidade, à indiferença, ao egoísmo que me faz pôr-me a mim próprio no centro de tudo; e por isso não esquecendo que tudo é dom. A saúde e o bom funcionamento, hoje, das células do meu corpo são um dom a redescobrir; nada é dado como adquirido ou devido.
Talvez a experiência do mal comum nos diga o que é o bem comum, hoje tão escarnecido e vituperado. Desta emergência pode extrair-se uma lição de solidariedade: a tua vida é também a minha vida, e eu, com as minhas forças, colaboro na construção do bem comum. Por isso evito abrir brechas na barragem de contenção comum com escolhas irresponsáveis, e obedeço às disposições restritivas, comportando-me com cautela e responsabilidade, porque ao proteger-me, protejo os mais fracos, os mais expostos: idosos, adultos frágeis, crianças doentes.
Quem sabe se esta precariedade, o sentido de um “inimigo” que nos ameaça, não são as cinzas que impomos sobre a nossa existência para nos encaminharmos para a luz fulgurante da Páscoa, prefigurada pelo Evangelho da transfiguração do passado domingo. Se acolhermos estas cinzas feitas de limites, renúncias, medos, cansaços, doença, sofrimento, morte, então poderemos entrar numa consciência maior, a de sermos envolvidos e responsáveis uns pelos outros, base do viver civil e do viver cristão. Em cada um de nós está o traço de cada pessoa; em cada vida entram, de variadas maneiras, todas as existências.
A Quaresma acende uma luz sobre a nossa precariedade: o Evangelho do primeiro domingo recordava que não só de pão vive o homem. Não podemos viver transformando tudo em bens económicos; em momentos como estes, damo-nos conta de que o rei capitalista vai nu, e que também se vive de contemplação, de beleza, de relações, de sapiência. Vivemos também de vidas doadas para curar os outros, como são aquelas destes heróis modernos que são os médicos e os enfermeiros, que sufocam o medo para dedicar-se com abnegação a quem está frágil e doente.
Estes dias “sem” podem constituir uma oportunidade para nos dedicarmos a alguma coisa de que normalmente fugimos como se fosse um inimigo: a interioridade. Pode ter-se tempo para meditar, orar, caminhar, viver a pura alegria do dom e do agradecimento, viajar interiormente em companhia dos grandes de cada tempo.
Se acolhido de maneira correta, o “jejum” da missa pode constituir um caminho inédito para o Absoluto que nos espera. A partir do modelo dos Padres do Deserto, que viviam e conseguiam caminhar rumo a Deus para além dos ritos e das fórmulas litúrgicas. Este é o momento de reentrar em si, voltar à interioridade, ao meu eu que se acende diante do mistério da vida e do mistério de Deus. São dias para nos sentirmos instados por algo que nos preme por dentro e é mais quente, mais intenso, mais luminoso do que tudo aquilo que nos preme de fora.
Ermes Ronchi

sábado, 7 de março de 2020

SEMANA DA CARITAS

SEMANA DA CARITAS

A Caritas é uma instituição cristã que apoia e intervem na acção social, nas necessidades emergentes. Também alguns habitantes, com mais dificuldades sociais e económicas, das nossas terras têm beneficiado desse apoio. Apoiar a Caritas é ajudar quem mais precisa.

* Peditório Público: 12 a 15 de Março

* O ofertório da Missa do próximo domingo será entregue à CARITAS.

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Por ser uma atividade integrada no tempo quaresmal, a Semana Nacional Cáritas não tem uma data fixa. Acontece todos os anos, na semana que antecede o Dia Cáritas, insistido pela Conferência Episcopal Portuguesa no 3º Domingo da Quaresma.
Em 2020 será de 8 a 15 de março e terá com o tema “Cáritas é Amor”. Durante esta semana as diferentes Cáritas diocesana que compõem a rede nacional Cáritas promoveram momento de envolvimento público e de animação local. A nível nacional o destaque é, naturalmente, para o peditório público, entre os dias 12 e 15 de março. 
Este é um momento que a Cáritas privilegia não apenas pela sua dimensão de angariação de verbas, que se destinam à ação local de todas as Cáritas diocesanas, mas por ser uma oportunidade de contacto direto com a população, com aqueles que apoiam a missão da Cáritas e, também, em muitas situações, com aqueles que são beneficiários da ação da Cáritas em Portugal.
No ano de 2019 a rede nacional Cáritas registou o atendimento a perto de 100 mil pessoas. Estes são números que representam uma leitura da sociedade portuguesa que nos continua a dizer que há um número demasiado elevado de pessoas que necessitam de apoio da sociedade civil para poderem responder às necessidades básicas de sobrevivência e de dignidade humana. Contudo, não se pode deixar de registar uma diminuição face ao ano de 2018, o que para a Cáritas representa também um olhar de esperança e de realização face ao trabalho que é realizado durante todo o ano com o apoio de muitos profissionais, voluntários e, principalmente, de todos os que nos apoio para a concretização de uma missão que é diária.

“O apelo que faço foi também formulado naquele Dia Mundial da Paz: «Sintamo-nos responsáveis pela sociedade em que vivemos e participemos em reflexões de aprofundamento que levem a atitudes, segundo princípios e valores de defesa do bem comum. Os cristãos devem estar na linha da frente, no interesse pelo bem da sociedade em que vivem». Porque “Cáritas é amor” e o amor é criativo, é desejável que a semana Cáritas seja uma oportunidade para crescer em reflexão e ação.” (D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana)
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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

A LUZ DE BELÉM JÁ CHEGOU E ESTÁ A CHEGAR

A 'luz de Belém' já chegou a São Bento e vai chegar amanhã a Alvados e a Mira de Aire. Esta que é 'sinal' visível e material há-de diluir-se pela sua feitura, mas Aquela Luz que esta simboliza - Jesus de Belém - pode nunca mais se apagar e iluminar a vida para sempre.





quinta-feira, 30 de maio de 2019

ROGAÇÕES - Quinta-feira da espiga (da Ascensão)

Há bons anos atrás era feriado geral (em todos o país), hoje cerca de 31 concelhos mantém este dia como feriado Municipal. 
Há convívios em muitos recantos e cantos verdejantes do país. Boa parte das escolas propõem um dia com e na natureza, com os famosos 'raminhos', compostos da várias flores (seriam espigas, mas elas não abundam em certos meios...) A pequena 'colheita' tem um espírito convivial e de reconhecimento dos dons que a natureza nos oferece! 
Uma busca mais atenta até identifica o sentido desse 'ramo' nos seus vários componentes. Na verdade, às várias plantas que compõem o ramo da espiga era dado um significado e um valor simbólico, profano e religioso, que não diz mais que os nossos mais simples e naturais desejos:
Espiga – O pão que mata a fome e nos faz Livres;
Malmequer – O ouro e a prata, o dinheiro, que tantas vezes nos encandeiam;
Papoila – O Amor que é vida e nos faz SER Gente entre Gente, com Gente;
Oliveira – A luz que anuncia o DIA. Uma Boa Notícia de Esperança;
Videira – O vinho da Alegria e da Festa;
Alecrim – A Saúde, a Sabedoria, a Fortaleza do Espírito.
Creio que hoje, boa parte das crianças e adultos que apresentam o raminho nem sabem este sentido, bem profundo! 
A origem da tradição deste dia não é conhecida por todos. Até pode parecer estranha para muitos. É, entretanto, uma tradição bastante comum no Centro e Sul do país, tendo no Norte uma outra com a mesma origem, mas que se centrou no Maio ou na Maia, flor amarela ou branca que embeleza os ramos das giestas e perfuma os outeiros, em tempo primaveril. Nela se celebra a primavera e se consagra a natureza. É preciso ir ao passado muito remoto, aos usos muito comuns nas populações campestres que celebravam a deusa Flora, nos inícios da primavera. Os frutos das searas evidenciavam-se, sobretudo quando as papoilas e os malmequeres abriam pétalas e perfumavam os campos. Não era o tempo do relógio na mão, nem do telemóvel no bolso...
Daqui à dimensão espiritual vai um pequeno passo. Na verdade, nos tempos mais antigos (mesmo assim não muito antigos), neste dia faziam-se preces a Deus e procissões, as quais eram uma súplica e louvor pela dignidade e santificação do trabalho humano, pelos frutos da terra, pelo bom êxito das sementeiras. Chamavam-se a estas preces, as 'Rogações' (pedidos feitos a Deus).
Chamemos-lhe 'Dia da espiga, da Ascensão, das Rogações...' É sempre um dia com sentido e que não se deveria perder, naquilo que tem de essencial, o reconhecimento da 'natureza como belo dom, oferecido e não produzido por mãos humanas'.





sexta-feira, 17 de maio de 2019

UM MELHOR E DIGNO ATENDIMENTO NA SAÚDE

Por ser de âmbito de todas as pessoas, especialmente das que precisam de apoio, acolhimento e atendimento na área da saúde, excepcionalmente partilhamos esta informação e promovemos a participação no evento anunciado.


terça-feira, 2 de abril de 2019

DEMORAR NA AMIZADE E NÃO NA INVEJA


Amar como Deus nos ama
É quaresma, é tempo de conversão, é tempo de amar. É tempo de refletir como temos amado, como temos vivido e como temos permitido que os outros nos amem. Temos verdadeiramente amado e permitido que nos amassem de volta? Às vezes damos por nós presos a uma zanga da qual nem o motivo nos lembramos. Às vezes damos demasiado tempo ao rancor e a pormenores, deixamos que eles incomodem a nossa vida ao ponto de nos zangarmos. Damos por nós incomodadas e zangadas quando passados dez minutos nem do motivo nos vamos lembrar. Façamos o exercício de demorar na serenidade. Façamos o exercício de demorar no amor. Esse que perdoa. Esse que tem memória mas que aceita os erros, as imperfeições, as cicatrizes e as feridas. Esse que sabe que cada pessoa tem uma história mais ou menos feliz, mais ou menos cruel que o trouxe até aqui e o levou a tomar essas opções.

Vemos pessoas, não histórias. Amar é caminhar juntos. O amor vê os erros, as imperfeições e as cicatrizes e ama cada uma delas. Tal como Deus nos ama a nós, aprendamos, pouco a pouco, passo a passo, a amar os outros. Tal como Deus nos perdoa a nós caminhemos para, passo a passo, perdoarmos os outros. Assim como Deus nos aceita comecemos a aceitar os outros tal e como são e não como gostaríamos que fossem. Deus ama-nos sem exigir mudanças, acompanha-nos pela vida fora, sem nos cobrar. Somos capazes de caminhar para sermos capazes de amor. Somos capazes de esvaziarmos de ses, mas, condições. Somos capazes de esvaziar-nos de violência, rancor e raiva. Seremos nós capazes de amar, simplesmente amar?

Sim! Claro que sim. Esta quaresma olhemo-nos e perguntemo-nos: Temo-nos verdadeiramente permitido amar? Já parámos para olhar o quê e como amamos? Já parámos para compreender se verdadeiramente investimos o nosso tempo amando quem nos ama, quem nos rodeia? Temos parado para ver o quanto temos amado e cuidado o mundo? Quanto tempo vamos demorar no ódio, na violência, no rancor e na raiva?

“Seremos julgados pelo amor.” (São João da Cruz) Então amemos muito, amemos melhor, amemos como Deus nos ama. Assumamo-nos imperfeitos e incapazes e ponhamo-nos a caminho para amar o mundo e quem nos rodeia como Deus nos ama: infinitamente e incondicionalmente.

Paula Ascenção

sábado, 19 de janeiro de 2019

CANÁ DA GALILEIA - uma pequena aldeia a descobrir com o coração!

O sinal de Kfar Kana /Caná


Na mais recente viagem a Israel com um grupo de paroquianos, visitei Kfar Kana, uma pequena aldeia, a noroeste de Nazaré, hoje habitada por cristãos e muçulmanos, lugar onde, segundo a tradição, Jesus realizou o milagre da transformação da água em vinho. Protegida por altos muros, a atual igreja remonta ao séc. XIX e conserva algumas réplicas das talhas de pedra usadas nos rituais de purificação dos judeus.
De visita ao espaço sagrado, onde ocorreu, por iniciativa de Maria, o inesperado e ditoso «sinal extraordinário» através do qual Jesus livrou o jovem casal da desonra, o pequeno grupo de casais demorou-se na celebração de Ação de Graças. Aquele lugar, sob a abóbada formada por arcos de pedra, era um convite irrecusável a dizer «obrigado, Senhor», porque a dada altura duas histórias encontraram-se como se fossem fruto do acaso e, de repente, como se a água se tornasse vinho, algo de extraordinário acontecera: ambas confluíram num projeto comum, selado mais tarde por mil declarações «para sempre, porque o nosso amor é como uma biblioteca por desvendar e as estações do ano terão o encanto de um amanhecer». Fez-se silêncio e, num silêncio prolongado, disseram de novo, olhos nos olhos, de mãos entrelaçadas, como se fosse a primeira vez, «sim, é para sempre».
Kfar Kana fica perto do grande mar da Galileia ou de Tiberíades, onde os discípulos por diversas vezes saborearam inesperadamente o vinho doce de Cannã. Naquele dia, naquele oásis, também os casais renovaram as promessas matrimoniais e beberam desse vinho cujo rótulo, não enganava, era mesmo das «bodas de Cannã». O milagre é sempre inesperado.
Entretanto, a caminho até Kfar Kana, de sul para norte, atravessámos desertos habitados por caravanas de nómadas rodeados de ovelhas resistentes, cabras esqueléticas e cães manhosos, ladeámos cidades estranhas, montes encimados por fortalezas incríveis, visitámos mercados em ruas sinuosas e estreitas, formados por bancadas de frutas e vegetais de mil cores, onde os odores do incenso se misturavam com os das especiarias. Pareceu-me que em cada banca havia ervas que curavam todas as doenças. Visitámos ainda praças onde, sob a sombra de uma serena palmeira, grupos de homens tomavam chá como se não houvesse amanhã, e, entre as cadeiras e as mesas de uma esplanada, crianças e vendedores ambulantes procuravam avidamente a bondade de um turista, sob o olhar atento de um polícia.
Naquele trajeto contemplámos a materialização de tantas possibilidades. Outros tons, outra linguagem, novos nomes, cenários diferentes. Vidas longínquas e, simultaneamente, tão próximas. Percebemos que a imagem do vinho que foi água é um desafio à transformação substancial dos elementos negativos em positivos. As declarações de outrora, o sim generoso da juventude, como um cadeado fechado numa ponte sobre o Sena, em Paris, enferrujam com o tempo, tornam-se obsoletas e até risíveis. O sim de uma união conhece as variações das paisagens de Israel. E na montanha russa que, por vezes, domina os nossos afetos, a capacidade de sobreviver às crises e transformar a água em vinho reside na possibilidade de deixar que Ele, de novo, se sente à nossa mesa e ordene.
E o inesperado milagre acontece. O sinal de Kfar Kana atualiza-se
P. Nélio Pita

sábado, 20 de outubro de 2018

NO DIA MUNDIAL DAS MISSÕES - 21 Outubro 2018

SERVIR, COMO JESUS

Redenção…
Quando há redenção… há Paz, há Justiça e há Amor.
Na Redenção o mar une continentes, une países, une terras, une povos e une corações.
Se a Redenção chegar ao teu peito… Se a Redenção for o teu caminho… Se a Redenção for a tua Missão:
a Paz, a Justiça e o Amor não serão utopia… Serão fortes, poderosos e magnos como o mar!

Não esmaga o mar a rocha e a areia?
Ficará a rocha sem beleza e a areia sem alegria? E o mar? Será maldade e castigo?
O sofrimento não será repartido por ambas as partes?
E o que lhes resta? A Bonança que se ergue apoteoticamente após a tempestade…
«Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria.»

A Deus, rogamos neste dia consagrado às Missões:
«Desça sobre nós a vossa misericórdia, porque em Vós esperamos, Senhor.»Esperamos a coragem para aceitarmos partir pelo mar
ao encontro dos que sofrem com a privação de não conhecer a Boa Nova, anunciada pelo Messias.
Esperamos a audácia de ser barquinho de papel nas mãos do Senhor,
para que a vontade do Pai se cumpra, hoje e para todo o sempre!
Esperamos que o Espírito Santo nos transforme a Alma em água pura e santa,
semelhante àquela que nos lavou a fronte, no dia do nosso Baptismo!

E… quando fecharmos os ouvidos à Misericórdia de Deus…
Quando cairmos por terra com todo o sofrimento que atraímos, gratuitamente, à nossa vida…
Que a Esperança venha e, nos erga, com “aquela” Fé inabalável no nosso «sumo sacerdote», que sofreu, 
por cada um de nós, horrores, que «(…) foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado»
«veio para servir e dar a vida pela redenção de todos.»
Veio para Ser Missão! Nada jamais nos poderá abalar…

Hoje, no 29º domingo do Tempo Comum, do Ano B, a Liturgia interroga-nos:«Que quereis que vos faça?».
MAS, responde-nos: «…quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, 
e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos.»
O que nos avassala o navegar é a nossa dúbia resposta: «Podemos»Pois é!!! Podemos, mas não queremos! Podemos, mas não fazemos! 
Podemos e conhecemos, mas não colocamos em prática nem vivemos…

Que belo é o mar com toda a sua excelência!
É o exemplo perfeito do Deus misericordioso que habita em mim e em ti!
Tu e eu podemos ser areia… podemos ser rocha! Podemos, mas…
Este Ser Missão na linha da frente, deixa-nos com vontade de nos indignarmos contra Tudo e contra Todos…
Este Ser Evangelizador e  «Beber o cálice»que o nosso Salvador bebeu 
SEM«a glória de nos sentarmos um à direita e outro à esquerda»é o que nos trama a vontade de poder Ser Rocha e Ser Areia!

Como eu queria dizer: “Rendo-me, Senhor à Tua Vontade e quero Ser missão!”
Ser aqui, neste velhinho continente, na nossa Europa, Amor sem condição!
Ser do outro lado do mar, nas Américas, humildade infinita!
Ser aqui ao lado, na Ásia, Justiça ao partilhar o Pão!
Ser lá bem longe, na Oceânia, Esperança a desabrochar no nosso Deus!
Ser no coração do mundo, nesta África tão maltratada, Redenção e Alegria!
Ser o que Tu, Jesus, queres que eu seja… Sem esperar “um lugar”! 
Ser… apenas Ser! E… Partir em Missão!

Liliana Dinis
-  conferir ainda a Mensagem do Santo Padre para este dia:
https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/missions/documents/papa-francesco_20180520_giornata-missionaria2018.html

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

SOLENE COMEMORAÇÃO DOS 100 DA RESTAURAÇÃO DA DIOCESE DE LEIRIA-FÁTIMA

Caríssimos Diocesanos,

A nossa querida Diocese de Leiria-Fátima celebra, ao longo deste ano pastoral, o centenário da sua restauração, que aconteceu precisamente a 17 de janeiro de 1918 através da bula Quo Vehementius, de Bento XV. A decisão do Papa serviu, ontem como hoje, para corresponder às novas exigências pastorais da Igreja, a saber: incremento da fé cristã, anúncio do Evangelho, maior proximidade ao povo, à sua vida e à sua história.

As grandes datas da vida das pessoas, das famílias e dos povos merecem e devem ser evocadas e festejadas, enquanto celebração da nossa vida e da nossa história. Por isso, estamos a celebrar um Ano Jubilar do centenário da restauração da Diocese.

Para comemorar tão significativo acontecimento, entre outras atividades programadas e já anunciadas, vamos agora realizar:

     -  Um concerto comemorativo no dia 20 de janeiro de 2018, sábado, às 21 horas, na Sé de Leiria, com a Banda Sinfónica da Associação de Bandas do Concelho de Leiria, que interpretará músicas do Cónego Carlos da Silva;

     - A celebração de uma missa solene de ação de graças no dia 21 de janeiro de 2018, domingo, às 16 horas, também na Sé de Leiria, com a presença de Bispos de outras Dioceses, de Presidentes das Câmaras representantes das autarquias municipais e de outras autoridades.

Por este motivo, venho convidar todos os diocesanos a estar presentes, na medida do possível, nestes dois eventos como sinal de comunhão afetiva com a nossa Igreja diocesana.

† António Marto,
Bispo de Leiria-Fátima



sábado, 2 de dezembro de 2017

ADVENTO: Por quem esperamos e para que encontro?

Neste dias, em que recomeçamos de novo (um novo ano litúrgico), em que preparamos o Natal (o Advento), no contexto concreto da vida de cada um e das nossa famílias e comunidades (dinâmicas, celebrações e 'prendas')...creio nunca ser demais pensar e reflectir um pouco sobre o espírito e a 'alma' do tempo que agora se inicia! Por isso proponho este texto do Emanuel Dias.
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Para uns esse encontro é de certeza, de aconchego, de acolhimento,
para outros, por muitos motivos que merecem respeito, é de silêncio,
de confusão, de tristeza, de dúvidas ou até mesmo de negação.
Atrevo-me a dizer que este tempo de espera tanto é nosso como é de Deus.
Sim, Deus também espera, em esperança, pela nossa vinda até Ele,
com imenso respeito pela nossa liberdade.
Pe. Paulo Duarte, sj

Neste domingo irá iniciar-se o advento. Vai chegar o tempo da espera. O tempo que nos levará ao encontro de nós mesmos e com Deus.
Vai chegar o tempo em que seremos levados ao nosso íntimo pela força das iluminações, pela alegria do espírito e pela humanidade que se agiganta nesta altura do ano.
Vai chegar o tempo que nos pede para fazermos tudo ao contrário.
Vai pedir para desacelerarmos as nossas vidas. Vai pedir para que arrumemos a nossa “casa”. Vai pedir para que iluminemos os nossos corações. Vai pedir para que abramos a nossa mente. Vai pedir para que reflitamos profundamente sobre quem esperamos.
Porque esta é a grande verdade, por quem esperamos?
Esperamos efetivamente por alguém ou vivemos somente uma época por ser bonito e mágico?
É verdade que este é um tempo de descoberta, de paz, de amor, de solidariedade, de familiaridade e de harmonia. E que tudo isto une crentes e não crentes, mas não podemos ficar por aqui. Bem sabemos que o Natal é algo bem maior. Agora cabe-nos decidir, se abrimos ou não o maior de todos os presentes.
Este é o tempo em que esperamos, verdadeiramente, por alguém. Não esperamos por coisas ou por momentos.
Esperamos por alguém que virá na maior das simplicidades.
Esperamos por alguém que sendo Deus quis habitar no meio dos Homens.
Esperamos por alguém que dá sentido a uma vida cheia de alegrias, tristezas, conquistas, dores e perdas.
Esperamos por alguém que na sua tão frágil vinda relembra-nos que a vida é muito mais do que aquilo que vemos.
Esperamos por alguém que nos dá a oportunidade de podermos sentir a união entre o Céu e a Terra.
Neste tempo que se aproxima de nós tenhamos a coragem de, olhando para o mundo e para nós, conseguirmos perceber os pequenos sinais desta vinda.
Tenhamos a coragem de no silêncio dos nossos dias interpretarmos as manifestações deste mistério vivo.
Tenhamos a coragem de na nossa liberdade irmos ao encontro de nós e, se possível, abrirmos a nossa vida Àquele que dá sentido a todo o movimento existente neste mistério.
Vivamos o advento seriamente, para que não seja uma passagem sem significado.
Vivamos o advento seriamente, para que o Natal aconteça vivamente em nós!

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

DIA MUNDIAL DOS POBRES - XXXIII domingo comum - 19 de Novembro


Ao concluir o Ano Santo da Misericórdia, o Papa Francisco instituiu a Dia Mundial dos pobres, a celebrar no penúltimo domingo do Tempo Comum (XXXIII), este ano no dia 19 de Novembro. Entre tantos gestos de solidariedade que já realizamos, propomos a todas as nossas comunidades de Alvados, Mira de Aire e São Bento, um gesto (pequeno ou grande) de 'amor aos mais necessitados', através da
- entrega de algum bem de primeira necessidade (não perecível- que não se estrague em pouco tempo), na sacristia da Igreja - em Mira de Aire na 'caixa da partilha' - o qual será depois entregue a alguém que precise;
- ou uma ajuda concreta a uma família (pessoa) que se conheça com mais necessidade, a que estiver perto de da casa de cada um 

A catequese vai realizar uma iniciativa simbólica entre os dias 19 e 25 (26) de Novembro, mas certamente poderemos alargar, como o que acima se propõe, a todos. Como sabemos não é a quantidade o mais decisivo, mas o sentido de amor que está nos gestos que se fazem.

Por isso será bom tb ler este texto que o Papa escreveu para este dia

https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/papa-francesco_20170613_messaggio-i-giornatamondiale-poveri-2017.html