Neste dias, em que recomeçamos de novo (um novo ano litúrgico), em que preparamos o Natal (o Advento), no contexto concreto da vida de cada um e das nossa famílias e comunidades (dinâmicas, celebrações e 'prendas')...creio nunca ser demais pensar e reflectir um pouco sobre o espírito e a 'alma' do tempo que agora se inicia! Por isso proponho este texto do Emanuel Dias.
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“Para uns esse encontro é de certeza, de aconchego, de acolhimento,
para outros, por muitos motivos que merecem respeito, é de silêncio,
de confusão, de tristeza, de dúvidas ou até mesmo de negação.
Atrevo-me a dizer que este tempo de espera tanto é nosso como é de Deus.
Sim, Deus também espera, em esperança, pela nossa vinda até Ele,
com imenso respeito pela nossa liberdade.”
Pe. Paulo Duarte, sj
Neste domingo irá iniciar-se o advento. Vai chegar o tempo da espera. O tempo que nos levará ao encontro de nós mesmos e com Deus.
Vai chegar o tempo em que seremos levados ao nosso íntimo pela força das iluminações, pela alegria do espírito e pela humanidade que se agiganta nesta altura do ano.
Vai chegar o tempo que nos pede para fazermos tudo ao contrário.
Vai pedir para desacelerarmos as nossas vidas. Vai pedir para que arrumemos a nossa “casa”. Vai pedir para que iluminemos os nossos corações. Vai pedir para que abramos a nossa mente. Vai pedir para que reflitamos profundamente sobre quem esperamos.
Porque esta é a grande verdade, por quem esperamos?
Esperamos efetivamente por alguém ou vivemos somente uma época por ser bonito e mágico?
É verdade que este é um tempo de descoberta, de paz, de amor, de solidariedade, de familiaridade e de harmonia. E que tudo isto une crentes e não crentes, mas não podemos ficar por aqui. Bem sabemos que o Natal é algo bem maior. Agora cabe-nos decidir, se abrimos ou não o maior de todos os presentes.
É verdade que este é um tempo de descoberta, de paz, de amor, de solidariedade, de familiaridade e de harmonia. E que tudo isto une crentes e não crentes, mas não podemos ficar por aqui. Bem sabemos que o Natal é algo bem maior. Agora cabe-nos decidir, se abrimos ou não o maior de todos os presentes.
Este é o tempo em que esperamos, verdadeiramente, por alguém. Não esperamos por coisas ou por momentos.
Esperamos por alguém que virá na maior das simplicidades.
Esperamos por alguém que sendo Deus quis habitar no meio dos Homens.
Esperamos por alguém que dá sentido a uma vida cheia de alegrias, tristezas, conquistas, dores e perdas.
Esperamos por alguém que na sua tão frágil vinda relembra-nos que a vida é muito mais do que aquilo que vemos.
Esperamos por alguém que nos dá a oportunidade de podermos sentir a união entre o Céu e a Terra.
Neste tempo que se aproxima de nós tenhamos a coragem de, olhando para o mundo e para nós, conseguirmos perceber os pequenos sinais desta vinda.
Tenhamos a coragem de no silêncio dos nossos dias interpretarmos as manifestações deste mistério vivo.
Tenhamos a coragem de na nossa liberdade irmos ao encontro de nós e, se possível, abrirmos a nossa vida Àquele que dá sentido a todo o movimento existente neste mistério.
Vivamos o advento seriamente, para que não seja uma passagem sem significado.
Vivamos o advento seriamente, para que o Natal aconteça vivamente em nós!
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