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DESTAQUE
sexta-feira, 5 de outubro de 2018
quarta-feira, 3 de outubro de 2018
SINODO SOBRE OS JOVENS, A FÉ E O DISCERNIMENTO
NO INÍCIO DUMA ETAPA É IMPORTANTE COLOCAR-SE EM BOA POSIÇÃO, NESTE CASO, DIREMOS EM 'COMUNHÃO' COM TODOS OS QUE PARTICIPAM NESTE 'MAGNO' (GRANDE, ABRANGENTE E ACTUALÍSSIMO) ENCONTRO, QUE VAI ACONTECER EM ROMA. NESSE SENTIDO PARTILHO ESTA CRÓNICA QUE EXPRIME O PENSAMENTO DO SANTO PADRE. ALHEAR-NOS DUM TEMA TÃO EXIGENTE, MAS TAMBÉM TÃO DE FUTURO E DE EXPECTATIVA, PODE QUERER DIZER QUE JÁ NÃO NOS INTERESSAMOS COM NADA EM RELAÇÃO AOS JOVENS, OU NÃO TEMOS NADA PARA LHE 'OFERECER', OU NÃO É NOSSA COMPETÊNCIA! ACOMPANHEMOS E REZEMOS PELOS QUE ACREDITAM NESTES DIAS E SE ENTREGAM 'DE ALMA E CORAÇÃO' A ESTE TEMA, PARA QUE ESTE 'SINODO' DÊ BONS FRUTOS!
«É triste» quando os jovens pensam que Igreja não lhes diz nada que sirva para a sua vida
Começou hoje o sínodo dos bispos, que de 3 a 28 de outubro, no Vaticano, se vai centrar nos jovens, o papa assumiu que a Igreja tem andado distante das suas expetativas, quer por não os saber escutar, por não ter nada de relevante para lhes transmitir ou devido aos escândalos que a têm atravessado.
«Quando nós, adultos, nos fechamos a uma realidade que é já um facto, dizeis-nos com ousadia: “Não o vedes?”. E alguns mais decididos têm a coragem de dizer: “Não vos dais conta de que já ninguém vos escuta, nem crê em vós?”. Verdadeiramente precisamos de nos converter, de descobrir que, para estar ao vosso lado, devemos derrubar muitas situações que, em última análise, são aquelas que vos afastam».
O papa está consciente de que grande parte da juventude não pede nada aos católicos porque não os «consideram interlocutores significativos na sua existência», e revelou sentir-se «triste» quando uma Igreja «se comporta de tal maneira que os jovens pensem: “Estes não me dirão nada que sirva para a minha vida”».
«Antes, alguns [jovens] pedem expressamente para serem deixados em paz, sentem a presença da Igreja como algo molesto e até irritante. Isto é verdade! Indignam-lhes os escândalos económicos e sexuais contra os quais não veem uma clara condenação, o não saber interpretar adequadamente a vida e a sensibilidade dos jovens por falta de preparação, ou o papel simplesmente passivo que lhes atribuímos»... O papa afirmou que na consulta preliminar do sínodo muitos jovens pediram alguém que «os acompanhe e compreenda sem julgar e saiba escutar, bem como dar resposta» às suas inquietações, porque não raras vezes os adultos «não sabem o que querem ou esperam» da juventude, ou quando a veem feliz «ficam desconfiados», ao mesmo tempo que «relativizam» as suas angústias.
«Muitas vezes, sem dar por isso, as comunidades cristãs fecham-se e não escutam as vossas inquietações. Sabemos que vós quereis e esperais ser acompanhados, não por um juiz inflexível nem por um pai receoso e superprotetor que gera dependência, mas por alguém que não tem medo da sua própria fraqueza e sabe fazer resplandecer o tesouro que guarda dentro de si, como num vaso de barro».
Igreja e jovens avançam na vida num diálogo de surdos, com a primeira impenetrável às preocupações dos segundos, mantendo imperturbável a sua rota: «Às vezes, as nossas Igrejas cristãs – e ousaria dizer todo o processo religioso estruturado institucionalmente – carregam consigo atitudes nas quais nos é mais fácil falar, aconselhar, propor a partir da nossa experiência, do que escutar, do que se deixar interpelar e iluminar por aquilo que vós viveis».
Francisco reiterou que a Igreja quer dar resposta aos jovens, tornando-se uma «comunidade transparente, acolhedora, honesta, atraente, comunicativa, acessível, alegre e interativa, isto é, uma comunidade sem medo» e elogiou a fé dos mais novos, que, não obstante a «falta de testemunho», «continuam a descobrir Jesus» nas comunidades cristãs.
Mas não é só no interior do pequeno mundo das igrejas que Cristo está: por não ter medo das periferias, porque «Ele mesmo se tornou periferia», pode ser encontrado «na vida do irmão que sofre e é descartado» se os cristãos «tiverem a coragem de sair de si mesmos, dos seus egoísmos, das suas ideias fechadas».
Ao comentar o verso de uma música interpretada por uma cantora famosa na Estónia, «o amor está morto, o amor foi-se embora, o amor já não mora aqui», o papa pediu: «Isso não, por favor! Façamos com que o amor permaneça vivo, e todos nós devemos trabalhar por isso».
«É triste» quando os jovens pensam que Igreja não lhes diz nada que sirva para a sua vida
Começou hoje o sínodo dos bispos, que de 3 a 28 de outubro, no Vaticano, se vai centrar nos jovens, o papa assumiu que a Igreja tem andado distante das suas expetativas, quer por não os saber escutar, por não ter nada de relevante para lhes transmitir ou devido aos escândalos que a têm atravessado.
«Quando nós, adultos, nos fechamos a uma realidade que é já um facto, dizeis-nos com ousadia: “Não o vedes?”. E alguns mais decididos têm a coragem de dizer: “Não vos dais conta de que já ninguém vos escuta, nem crê em vós?”. Verdadeiramente precisamos de nos converter, de descobrir que, para estar ao vosso lado, devemos derrubar muitas situações que, em última análise, são aquelas que vos afastam».
O papa está consciente de que grande parte da juventude não pede nada aos católicos porque não os «consideram interlocutores significativos na sua existência», e revelou sentir-se «triste» quando uma Igreja «se comporta de tal maneira que os jovens pensem: “Estes não me dirão nada que sirva para a minha vida”».
«Antes, alguns [jovens] pedem expressamente para serem deixados em paz, sentem a presença da Igreja como algo molesto e até irritante. Isto é verdade! Indignam-lhes os escândalos económicos e sexuais contra os quais não veem uma clara condenação, o não saber interpretar adequadamente a vida e a sensibilidade dos jovens por falta de preparação, ou o papel simplesmente passivo que lhes atribuímos»... O papa afirmou que na consulta preliminar do sínodo muitos jovens pediram alguém que «os acompanhe e compreenda sem julgar e saiba escutar, bem como dar resposta» às suas inquietações, porque não raras vezes os adultos «não sabem o que querem ou esperam» da juventude, ou quando a veem feliz «ficam desconfiados», ao mesmo tempo que «relativizam» as suas angústias.
«Muitas vezes, sem dar por isso, as comunidades cristãs fecham-se e não escutam as vossas inquietações. Sabemos que vós quereis e esperais ser acompanhados, não por um juiz inflexível nem por um pai receoso e superprotetor que gera dependência, mas por alguém que não tem medo da sua própria fraqueza e sabe fazer resplandecer o tesouro que guarda dentro de si, como num vaso de barro».
Igreja e jovens avançam na vida num diálogo de surdos, com a primeira impenetrável às preocupações dos segundos, mantendo imperturbável a sua rota: «Às vezes, as nossas Igrejas cristãs – e ousaria dizer todo o processo religioso estruturado institucionalmente – carregam consigo atitudes nas quais nos é mais fácil falar, aconselhar, propor a partir da nossa experiência, do que escutar, do que se deixar interpelar e iluminar por aquilo que vós viveis».
Francisco reiterou que a Igreja quer dar resposta aos jovens, tornando-se uma «comunidade transparente, acolhedora, honesta, atraente, comunicativa, acessível, alegre e interativa, isto é, uma comunidade sem medo» e elogiou a fé dos mais novos, que, não obstante a «falta de testemunho», «continuam a descobrir Jesus» nas comunidades cristãs.
Mas não é só no interior do pequeno mundo das igrejas que Cristo está: por não ter medo das periferias, porque «Ele mesmo se tornou periferia», pode ser encontrado «na vida do irmão que sofre e é descartado» se os cristãos «tiverem a coragem de sair de si mesmos, dos seus egoísmos, das suas ideias fechadas».
Ao comentar o verso de uma música interpretada por uma cantora famosa na Estónia, «o amor está morto, o amor foi-se embora, o amor já não mora aqui», o papa pediu: «Isso não, por favor! Façamos com que o amor permaneça vivo, e todos nós devemos trabalhar por isso».
domingo, 30 de setembro de 2018
XXVI DOMINGO COMUM B (30 de Setembro 2018)
Não se é discípulo como quem segue um clube, partido,
fação
Qual é a sua equipa preferida, Benfica,
Sporting ou Porto? Um partido político de direita ou de esquerda? É a favor ou
contra as touradas? Quer se trate de desporto, política ou qualquer outro
domínio, muitas vezes somos arrebatados pela paixão e defendemos vigorosamente
esta ou aquela causa. O âmbito religioso não está excluído. Os confrontos
belicosos entre apoiantes de diferentes compreensões do que é necessário para
estar do lado bom da verdade estão à vista de todos.
A passagem do Evangelho deste domingo (Marcos 9, 38-43. 45. 47-48) apresenta-nos um caso de fação. Os discípulos
estão escandalizados: um homem utiliza o nome de Cristo para curar, mas sem
fazer parte do seu grupo. Aos seus olhos é inaceitável. Quando informam Jesus
do facto, esperariam provavelmente uma anuência, talvez até uma felicitação da
sua parte. O que acontece é precisamente o contrário.
Jesus opõe-se à lógica de João, obrigando
o discípulo a ver mais longe do que o seu interesse de reduto. Não terá ele
visto que o homem incriminado opera realmente curas? Não terá ele visto que,
graças a esse exorcista, há pessoas que reencontram a sua dignidade humana e a
sua liberdade espiritual? Porque é que ele trata aquele desconhecido com tanta
violência?
Para
melhor compreender, é preciso recordar outro episódio narrado pelo evangelista.
Um dia, os discípulos tentaram expulsar demónios. Foi o fracasso. E agora um
vexame, porque aquele desconhecido teve sucesso onde eles falharam. Ficaram
encurralados num pensamento concorrencial. Comparam-se àquele estranho.
Julgam-no, desvalorizam-no e rejeitam-no.
«Ele não te segue connosco», é o argumento
dos discípulos. Mas é um argumento que os trai. O que lhes importa não é o que
é conseguido, mas a ligação que aquele homem mantém com eles, discípulos. Eles
perdem de vista que ninguém pode realizar uma obra de libertação daquela
grandeza sem que isso não lhe seja dado do Alto.
Se, portanto, um homem expulsa as forças
maléficas em nome de Jesus, é porque compreendeu que nele Deus revela-se
Salvador no meio do seu povo. Expulsar em nome de Cristo as forças alienantes
não é um truque mágico para fazer adeptos pessoais e de seguida dominá-los ou
explorá-los. É manifestar que em Jesus o Reino de Deus chegou até nós.
Os discípulos de Jesus são apresentados
envolvidos nas mesmas tentações que os adversários de Cristo: querem ser
guiados pelos conhecimentos e não pela fé, essa atitude humilde que não condena
os caminhos que os outros enveredam. Para os fariseus, o ciúme e o desejo de
domínio dissimulam-se numa compreensão rígida da Lei; para os discípulos,
manifestam-se pela pertença ao seu grupo.
Mas Jesus não pode aceitar esta exclusão
praticada pelos seus. A advertência vale também para nós. Cristo interpela a
Igreja: não veem que é possível ser-se filho ou filha da Aliança sem fazer tudo
como vós? A força do Pai que recria é anunciada por aqueles que, em meu nome,
dão aos humanos a sua liberdade para servir o Deus que também os chama.
Hoje, só Deus é verdadeiramente
“católico”. Felizmente, o seu Espírito trabalha-nos. Em Cristo.
Agnes von Kirchbach
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