25 MAR
DOMINGO DE RAMOS
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«Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus» .(Lc
1,30).
O Papa aos jovens na jornada mundial da juventude, domingo de
Ramos:
«Não deixeis, queridos jovens, que os fulgores da juventude
se apaguem na escuridão duma sala fechada,
onde a única janela para olhar o mundo seja a do computador e
do “smartphone”…
Abri de par em par as portas da vossa vida!
Os vossos espaços e tempos sejam habitados por pessoas concretas,
relações profundas, que vos deem a possibilidade
de compartilhar experiências autênticas e reais no vosso dia-a-dia…
Vós, jovens, quais são os medos que tendes?
Que é que vos preocupa mais profundamente?...
Um dos medos mais comuns entre os jovens
«é o de não ser amados, bem-queridos, de não ser aceites»,
pelo que muitos, «na tentativa de se adequar a padrões frequentemente
artificiais e inatingíveis,
têm a sensação de dever ser diferentes daquilo que são na realidade».
Fazem contínuos “foto-retoques” das imagens próprias,
escondendo-se por trás de máscaras e identidades falsas,
até chegarem quase a tornar-se eles mesmos um “fake”, um falso.
Muitos têm a obsessão de receber o maior número possível de apreciações
“gosto”…
O papa convida os jovens a «dar um nome» aos seus medos:
«Hoje, na situação concreta que estou a viver, o que é que me angustia,
o que é que mais temo?
O que é que me bloqueia e impede de avançar?
Porque é que não tenho a coragem de abraçar as decisões importantes que
deveria tomar?
Não tenhais medo de olhar, honestamente, para os vossos medos,
reconhecê-los pelo que são e enfrentá-los…
Muitas vezes o obstáculo à fé não é a incredulidade, mas o medo.
Neste sentido, o trabalho de discernimento, depois de ter identificado
os nossos medos,
deve ajudar-nos a superá-los,
abrindo-nos à vida e enfrentando serenamente os desafios que ela nos
apresenta.
De modo particular para nós, cristãos,
o medo nunca deve ter a última palavra,
mas ser ocasião para realizar um ato de fé em Deus... e também na
vida».
O Papa Francisco lembra que na
Bíblia encontra-se «365 vezes a expressão “não temer”, nas suas múltiplas
variações», como que a dizer que Deus quer que os seres humanos estejam «livres
do medo todos os dias do ano».
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