DESTAQUE

PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

sábado, 24 de novembro de 2018

XXXIV CRISTO REI - texto de reflexão dominical


«Obrigado, o Senhor é o rei!»

A Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

Dirigi-me, há alguns dias, à minha antiga escola de 2º e 3º ciclo. Tenho algum hábito em fazê-lo, porque a minha querida mãe trabalha por lá e como tal é sempre normal encontrar diversos jovens. Enquanto estacionava o carro do outro lado da rua onde fica a escola, uma bola de futebol ficou debaixo do meu carro e, prontamente, ofereci-me para chegar o carro mais à frente para que os dois jovens pudessem tirar a bola que lhes pertencia. Ao verem o meu ato e ao alegrarem-se pela recuperação da bola um deles solta a seguinte frase: "Obrigado, o senhor é o Rei!". Há imensa coisa para se abordar nesta frase. Desde logo, o facto de me chamarem senhor e acentuarem ainda mais a minha nostalgia naquela visita que iria fazer à escola. E, com isto, lembrarem-me ainda mais que os anos estão efetivamente a passar por mim mesmo que tenha apenas 24 anos. 

Um outro aspeto é: "...o senhor é o Rei!". Já tinha ouvido esta expressão imensas vezes e eu próprio às vezes pronuncio "Ei, és o Rei, ó filho". Sim, típicas expressões nortenhas e até de gunada (ou de mitras), mas naquele momento dirigi logo o meu pensamento para Ele. E pensava para comigo: "Será que Te conhecem? E se sim, será que percebem que és mesmo o Rei disto tudo?". 

E com isto pensava na alegria com que os jovens ficaram com um simples gesto realizado por mim e nesse aprofundamento do pensar imaginava como eles mesmos podiam ficar ainda mais alegres se conhecessem um Deus que foi e é Rei num amor tão simples, mas que ao mesmo tempo é tão ilógico. Imaginava como eles reagiriam ao saber que houve um Deus que foi e é Rei e que mesmo assim não quis que Lhe servissem, mas que tinha como verdadeira obra servir. Imaginava como eles se alegrariam ao saber que existe um Deus que sendo Rei prostrou-se diante de todos e todas e não ousou alguma vez julgar. Imaginava como eles rejubilavam ao saber da existência de um Deus que é Rei do amor e que por isso ama com entranhas de mãe e está presente de braços abertos como um verdadeiro Pai. 

Naquele momento percebi que realmente este Deus, que foi e é Rei, está em tudo e em todos e no mais simples do nosso quotidiano. E que nós, muitas vezes testemunhando este Seu amor, somos confundidos com Ele e, por isso, nos chamam de Reis. Que tenhamos efetivamente presente esta realeza em nós, mas que não caiamos na hipocrisia e saibamos ser "Reis" à imagem e semelhança de Jesus Cristo. Saibamos servir sempre e nunca esperar que sejamos servidos!

Que neste domingo ao dirigirmo-nos ao Senhor tenhamos a mesma audácia daquele jovem e digamos cheios de alegria e confiança: "Obrigado, o Senhor é mesmo o Rei...e o Filho também!". 

XXXIV DOMINGO COMUM B - solenidade de Cristo Rei


quinta-feira, 22 de novembro de 2018

FESTAS EM HONRA DE NOSSA SENHORA DO AMPARO - Mira de Aire

Em Dezembro, em Mira de Aire
tudo e todos vivem em cheio
as festa da Senhora do Amparo
no princípio, no fim e no meio!

Ela, a Senhora, toca bem fundo
no coração de todos os residentes
na fé, na devoção e no amor
ela congrega também os ausentes!

Tem nome feliz que é Amparo
Ela foi, é e será sempre
Um colo maternal de quem afinal
é mãe que vai à nossa frente.


sexta-feira, 16 de novembro de 2018

XXXIII DOMINGO COMUM - textos de reflexão dominical


Matar a morte
É possível a fé «matar a morte»?
Se a vida é uma bênção, a morte surge no horizonte, ainda que distante, 
como uma maldição impossível de contornar. 
Pode surpreender-nos em tempo de festa 
e a sua densa sombra sobre aqueles que amamos é fonte de angústia. 
Dialogamos com ela durante noites a fio 
enquanto mantemos um braço de ferro até ao limite, 
até ao dia em que a abraçamos ou somos mansamente abraçados por ela. 
«No fim dos tempos», 
nesse tempo que desejamos longínquo,
sonhamos que a «morte morra», 
porque até aquele que a antecipa procura desesperadamente um espaço de liberdade e de realização. Desejamos que a morte seja a pedra 
na qual assentamos o pé para atravessar o grande lago, 
a fronteira que separa os dois mundos, 
realidade transitória mas necessária 
para aceder à plenitude de felicidade que naturalmente ansiamos.
É possível que a «morte morra?» 
A perspetiva cristã enfrenta este mistério 
de um modo que alguns consideram uma estratégia de negação da realidade, 
uma espécie de fuga para a frente. 
A finitude não é uma desgraça, antes pelo contrário, 
é uma experiência de libertação. 
O morrer, associado por vezes à dor terrível, é o pórtico para a comunhão plena com Deus.
Esta nova visão da morte está já presente nos primeiros testemunhos que chegaram até nós, 
como por exemplo, a versão de S. Marcos do fim dos tempos que escutamos este domingo:
«Nos últimos dias, depois de uma grande aflição… 
Nessa altura, verão o Filho do Homem vir…. 
Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos…».
Terá sido num ambiente familiar, longe do olhar persecutório das autoridades, 
que a mensagem apocalíptica de Jesus foi repetidamente proclamada. 
Ameaçado e perseguido por causa da fé, 
o pequeno grupo não arrepiou caminho. 
Hoje é-nos difícil imaginar o impacto disruptivo deste pequeno grupo na cultura dominante.
Eram, no mínimo, bastante estranhos. 
Como destaca o ensaísta D. Hart, faziam parte da comunidade as pessoas mais desprezíveis. 
Aos olhos dos pagãos, tinham sido justamente condenadas, 
torturadas e executadas pelos seus crimes mas, 
para espanto de muitos, rapidamente eram glorificadas como mártires da fé, 
cujas relíquias ocupavam o espaço devocional dos antigos deuses.
O comportamento anormal dos seguidores do Galileu, 
também Ele torturado e executado em espaço público, 
é apenas compreensível à luz da eminente ressurreição, 
caso contrário, não passaria de um grupo de lunáticos sem qualquer consistência social e histórica. Um novo dado altera substancialmente o modo de ver e estar no mundo:
a devoção ao Deus crucificado e ressuscitado.
É possível a fé «matar a morte»? 
A resposta dos cristãos é inequivocamente afirmativa.

P. Nélio Pita, CM 

XXXIII DOMINGO COMUM B


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

SEMANA DOS SEMINÁRIOS




II DIA MUNDIAL DOS POBRES: 18 de Novembro 2018

NA ORAÇÃO E NA ACÇÃO DA PARTILHA

Há quem diga que isso do 'dia mundial' é uma insignificância, pois dos pobres temos de cuidar sempre!
É verdade, sim, com todas as letras!
Mas também se pode alegar: estaremos a cometer alguma maldade, por se privilegiar um dia para 'sentir mais na própria pele' o dever de viver um espírito permanente de atenção aos menos afortunados?
Nós comunidades cristãs acolhemos de muito bom grado e alinhamos  na iniciativa do Papa Francisco, com a consciência de que, seja na oração como nos gestos - pequenos ou grandes, mas sempre simbólicos - , não resolvemos toda a fome, mas somos uma 'pequena gota de água'.
Quem quiser associar-se já sabe: antes ou depois das missas de sábado (17) e de domingo (18), haverá um espaço nas igrejas para depositar um bem alimentar (não perecível, que não se deteriore em poucos dias) - arroz, azeite, leite, atum, salsichas....
Assim:
- Mira de Aire: será entregue à acção socio-caritativa da paróquia (neste momento a comunidade paroquial tem vindo a entregar a cerca de 50 famílias um cabaz de alimentos, com periocidade mais ou menos mensal)
- Alvados: entregaremos ao Centro de Dia do Alqueidão da Serra e a algumas pessoas de Alvados.
- São Bento: entregaremos ao CASSAC.

E quem não puder ou não conseguir fazê-lo nesse dia, poderá (esse sim) fazê-lo em tantas outras ocasiões.

Quem nada faz é que nada deveria dizer!

- A nossa campanha terminará do dia 25, domingo de Cristo-Rei. Quem não teve oportunidade de fazer o seu gesto no dia 17/18, poderá fazê-lo no dia 25.

- Quem desejar ler e acompanhar mais de perto o sentido deste dia pode ir à pagina seguinte:

https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/FMfcgxvzLXCxJRJWTBZHhmpbvqnRpGzg




segunda-feira, 5 de novembro de 2018

FESTIVAL SOPAS (Alvados)

Quentinhas e boas não são só as castanhas...também as sopas!
É só aparecer...degustar e 'variar' os sabores!

sábado, 3 de novembro de 2018

XXXI DOMINGO COMUM B (04 nov2018)

A quem ama, nada lhe falta

Quem é alívio, esperança e força para o outro, nada de melhor pode ser. Para aquele a quem ama e para si mesmo.
Ser alívio é ser leve e ajudar a carregar o peso do outro. É não deixar jamais de estar atento ao caminho que ele percorre e acompanhá-lo quando ele o pedir. É perdoar mesmo quando não parece justo mas for essencial. Ser alívio é voar e emprestar as próprias asas para que o outro se possa levantar.
Amar é esquecer-se de si. Encontrar no amor que se entrega o sentido da própria vida.
Ser esperança é fazer tudo para que o outro seja livre e mantenha o seu coração aberto aos grandes sonhos. É não desistir jamais de, pelo exemplo, ensinar o que pode e deve ser feito com vista a realizarmos os nossos dons, as nossas razões de ser. Ser esperança é ser capaz de esperar o tempo que for preciso, ainda que seja maior do que esta vida.
Amar é ser paciente. Sofrer sem deixar de esperar o melhor.
Ser força é reconhecer e enfrentar as fraquezas. As próprias e as do outro. Sem nunca deixar de lutar, por maiores e mais dolorosas que sejam as feridas. Ser forte não é buscar descanso, é sim combater as preguiças e os orgulhos. Com humildade, aceitar que não se pode fazer tudo, mas que se deve fazer o tudo que está ao nosso alcance.
Amar é ser corajoso. Andar sempre para diante, mesmo quando a vontade é ficar.
Será possível amar e ser feliz? Amar exige sofrimentos que nos deixam no polo oposto onde imaginamos a felicidade. Mas não será que é a própria dor que nos revela a verdade a respeito de nós mesmos? Pode alguém ser feliz sem amor? Sem amar e ser amado?
O Amor pode tudo. Amar é ser senhor do impossível.

José Luis Martins


XXXI DOMINGO COMUM B


quinta-feira, 1 de novembro de 2018

SANTOS? A QUE PRO? POR QUEM SOIS? HÁ MAIS A FAZER!

Nem os santos são 'alguém do outro mundo', tal a pretensa especialidade que seria necessária para o ser, nem ninguém se pode  desresponsabilizar de o querer ser e para lá se dirigir. 
Não há santos 'fabricados' e não há santos dos 'impossíveis!

Francisco, O Santo Padre, escreveu-nos um texto - há relativamente pouco tempo - muito bonito sobre o assunto: 'Gaudete et Exsultate'! Quem o conhece? Bem pode ser um pequenino livro de cabeceira!
O texto é mesmo sobre a santidade e, por isso, neste dia, permito-me extrair um pequeno pedaço, para que nos fascine a leitura e nos permita degustar as maravilhas que Deus realiza em naqueles ele chama de 'santos da porta ao lado'!
Gosto de ver a santidade no povo paciente de Deus: nos pais que criam os seus filhos com tanto amor, nos homens e mulheres que trabalham a fim de trazer o pão para casa, nos doentes, nas consagradas idosas que continuam a sorrir... 
Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra. És uma consagrada ou um consagrado? Sê santo, vivendo com alegria a tua doação. Estás casado? Sê santo, amando e cuidando do teu marido ou da tua esposa, como Cristo fez com a Igreja. És um trabalhador? Sê santo, cumprindo com honestidade e competência o teu trabalho ao serviço dos irmãos. És progenitor, avó ou avô? Sê santo, ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus. Estás investido em autoridade? Sê santo, lutando pelo bem comum e renunciando aos teus interesses pessoais. 

Deixemo-nos fascinar, estimular e atrair por quem de forma corajosa, em acontecimentos difíceis, ou de maneira simples viveram de Deus, nomeio de nós!
Feliz dia de Todos os Santos e dos Fiéis Defuntos, porque como diz Santo Agostinho:
“A morte não é nada.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.

Eu sou eu, vocês são vocês.
O que eu era para vocês,
eu continuarei sendo.

Me dêem o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo
no mundo das criaturas,
eu estou vivendo
no mundo do Criador.

Não utilizem um tom solene
ou triste, continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.

Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado
como sempre foi,
sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra
ou tristeza.

A vida significa tudo
o que ela sempre significou,
o fio não foi cortado.
Porque eu estaria fora
de seus pensamentos,
agora que estou apenas fora
de suas vistas?

Eu não estou longe,
apenas estou
do outro lado do Caminho…

Você que aí ficou, siga em frente,
a vida continua, linda e bela
como sempre foi.”

Só é preciso deixar que o 'vento' do Espírito sopre e conduza. Não é assim tão fácil? Mas 'livrai-nos de dizer...' que é impossível!




segunda-feira, 29 de outubro de 2018

CHIARA LUCE BADANO...uma 'santa' com pés de barro!

É a 'santos com pés de barro', com brasas a fumegar, nem que seja ainda debaixo de algumas cinzas, que o nosso bispo (cardeal) de Leiria-Fatima, se dirige ao jovens do nosso tempo, das nossas terras...
Ainda neste dia, 29 de Outubro, eis um feliz exemplo: comemoramos Beata Chiara Luce, uma jovem bem jovem que pode bem ser 'luz' (como o seu nome indica) para os outros jovens. Leiam:
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Beata Chiara Luce Badano

Chiara Luce Badano nasceu a 29 de Outubro de 1971, em Sassello, uma pequena cidade nos Apeninos. Era a primeira e única filha de Rogero Badano, camionista e de Mª Teresa Caviglia, operária, casados há 11 anos sem conseguirem ter filhos. O pai pediu a Nossa Senhora da Rocha a graça da paternidade e viu o seu pedido atendido. A mãe testemunhava que “mesmo com essa alegria imensa compreenderam logo que ela não era somente sua filha, mas que era antes de tudo, filha de Deus". A mãe deixou de trabalhar para cuidar da filha.
 Chiara revelou-se desde cedo uma criança inteligente, viva, desportiva e muito comunicativa. Era conciliadora, mas não abdicava de defender as suas ideias. Recebeu desde cedo uma sólida educação cristã, graças aos pais, mas também à sua integração na comunidade paroquial, cujo pároco lhe dá fascinantes aulas de catequese, e ainda pela influência das amizades que Chiara constrói.
 
Aos 9 anos participa num encontro das “Gen 3” do movimento Foccolare. Aí conhece o ideal da unidade. O Evangelho passa a ser algo dinâmico na sua vida. E decide dizer sempre Sim a Jesus. Torna-se a amiga dos últimos. Deseja partir um dia para África para “curar os meninos”.
 
No dia da sua primeira Comunhão recebe um livro com os Evangelhos. Ela própria comenta:
 
"- Como para mim foi fácil aprender o alfabeto, também deve ser fácil viver o Evangelho”.
 
Continua os seus estudos de forma normal, sendo uma boa aluna. Frequenta o liceu clássico. Participa nas actividades do Movimento Foccolare. Mas um dia, ao jogar ténis, tinha então 17 anos, sente uma dor aguda no ombro. Inicialmente nem ela nem os médicos dão grande importância ao facto. Mas as dores continuam e são necessários exames mais profundos. O diagnóstico é devastador: sarcoma osteogénico com metástese, um dos tipos mais graves e dolorosos de tumor.
 
Chiara acolhe a notícia com coragem: - Eu vou vencer! Sou jovem.
 
Os tratamentos começam e durante eles o altruísmo de Chiara chama a atenção. Sai da cama par ajudar uns e outros. Certo dia foi uma toxicodependente deprimida que a fez saltar do leito, apesar das intensas dores. Enfrenta depois duas operações. A quimioterapia provoca a queda do cabelo o que a faz sofrer bastante. Perante cada etapa do sofrimento vai repetindo: - Por ti, Jesus!”
 
A um amigo, que partia para África, ela dá todo o dinheiro que havia economizado, dizendo :
 
- Para mim não serve. Eu tenho tudo!
 
Ao longo da doença nunca se revolta. Passa a aceitar todos os padecimentos, dizendo a Jesus: - Se tu o queres, eu também o quero, Jesus!
 

No dia 19 de Julho de 1989, enfrenta uma forte hemorragia e quase morre. Nessa ocasião diz:
 
- Não derramem lágrimas por mim. Eu vou para Jesus. No meu funeral, não quero pessoas que chorem, mas que cantem forte.
 
E com a mãe prepara esse acontecimento chamando-lhe “A festa das núpcias” . Explica à mãe como quer ser vestida, escolhe as músicas os cantos e as leituras para a ocasião. E recorda-Lhe : - Quando me estiveres a preparar, mamã, deves repetir: "Agora Chiara Luce a está a ver Jesus”.
 
Não pede mais a saúde, mas a capacidade de fazer a vontade de Deus até ao fim.
 
No Domingo 7 de Outubro de 1990, na companhia dos pais, aconteceu o momento do encontro com o seu “Esposo”. Duas mil pessoas estiveram presentes no funeral. Fala-se de paraíso, de alegria, de escolha radical. Na homilia, o bispo que presidia diz: - Eis o fruto de uma família cristã e de uma comunidade de cristãos.
 
Os que a conheceram sentem-se impulsionados a viver com radicalidade o Evangelho. É uma santidade contagiosa.
 
No dia 25 de Setembro de 2010, foi beatificada em Roma pelo Papa Bento XV


TERMINOU...PARA COMEÇAR! (O Sínodo sobre os jovens)

Terminou o 'Sínodo sobre os jovens'! Agora é o tempo da difusão da mensagem que dali nos advém e da qual certamente teremos bom conhecimento. Agora é, por isso, o tempo de não ficar 'quietos', jovens e adultos que acreditam no 'futuro', que se acercam de Jesus, que desejam ser protagonistas com muita humildade e muita confiança do tempo e da história que lá vem. Os meios que o mundo nos oferece são fabulosos; só não fica a conhecer quem não quiser, e se não ficarmos paradinhos! Vamos estar atentos e sejamos construtores, também por 'mão própria' e 'coração aberto' aos apelos de Cristo e dos que durante um mês escutaram a voz do Espírito Santo, partilharam ideias, propostas e iniciativas, os que se deixaram interpelar pelo passado, pelo presente e pelo futuro! 
Sejamos difusores, sem 'medos', de notícias felizes - que não sejam fake news, nem puras ilusões - mas sim perspectivas futuras enraizadas na mais feliz notícia que Jesus nos ofereceu: amados por Deus, por um amor que é amor eterno, plenos de dons, demos 'asas' ao coração bom que existe em cada um, para que chegue a todos os corações a mensagem dum futuro risonho e feliz!
Os jovens, embora por vezes sem se aperceberem, são muito amados: por Deus, por Jesus, pela Igreja e por todos. Por vezes, nem sempre, os 'cruzamentos' parecem conduzir a 'estradas sem saída', mas hoje em dia a sinalética - o nosso GPS - tem cada vez mais possibilidades e permite-nos reencontrar a estrada certa para chegar a uma meta que seja feliz! 
Avancemos, seguindo indicações (que são apoio precioso), mas guiando nós próprios - especialmente vós jovens - , com prudência, mas com determinação, porque sabemos por onde vamos!

Comecemos por esta bela ideia de espalhar com os meios disponíveis que temos uma breve nota que nos foi sugerida pelos padres sinodais:

https://www.youtube.com/watch?v=nVq7aFqYnoM&t=15s



domingo, 28 de outubro de 2018

XXX DOMINGO COMUM (28 Outubro 2018)


«Que queres que Eu te faça?»

Maravilhas…
Eis o que todos queremos ter!
O que tenho como Maravilha para mim pode não ser, assim tão Maravilhoso, para os outros…
Mas, quando TODOS afirmam: “Que Maravilha!”, ao olharem o mesmo, decerto que esse algo… é Maravilha pura!

Já sentiste aquele sabor agridoce que te satisfaz plenamente, apenas com um grama de doçura e uma pitada de sal?
Já cheiraste aquela maresia intensa, do campo florido, no cume de uma montanha?
Já escutaste aquela melodia de hard rock metálica,tocada por uma Orquestra Clássica, com o Ritmo mais alucinante,
que te leva por locais remotos da tua imaginação?
Já tocaste naquela pedra-pomes que te suaviza até a alma, quanto mais o calcanhar?
Já olhaste fixamente para aquela espiral, que te abandona no início que é o fim e num túnel vertical que é plano?
Nem sabes, pois não? Isso… Isso são Maravilhas!

Jesus é o expoente máximo do realizador destas Maravilhas.
É aquele que nos vem relembrar, o que já deveríamos saber sobre o Nosso Deus:
«Eu sou um Pai para Israel e Efraim é o meu primogénito»
Se somos filhos de um Deus tão maravilhoso, só temos de cumprir a ordem: «Soltai brados de alegria…»
Sem temor, sem lágrimas… com uma gigantesca Esperança em nós próprios…
Porque, Ser Missão é aceitar tudo e derrubar qualquer obstáculo, que na hora é mau e no fim é Maravilha!
Cantemos então com júbilo:
«À ida vão a chorar, levando as sementes; à volta vêm a cantar, trazendo os molhos de espigas.»
e num simples gesto, num humilde trocar de olhares, num sorriso tranquilo…
… a vida terá: Maravilhas sem fim!
Quem poderá aceitar esta alegria de viver?
Cada um de nós, que é Baptizado e tem um Salvador que é «…o sumo sacerdote, escolhido de entre os homens,
é constituído em favor dos homens, nas suas relações com Deus, para oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.»
Quem de entre nós quer esta Glória de sofrer pelo irmão? Quem quer viver como O Cristo viveu?
Tu e Eu?! Eis mais uma árdua Maravilha…

Hoje, a liturgia do 30º domingo do Tempo Comum, do Ano B, só poderá ser uma Maravilha!
O caminho que é a nossa vida…
onde o sentido da visão é o mais turvo que possuímos e nos afasta de fazermos o bem,
pois não temos tempo para ver o cego que está ao pé da estrada…
Quem terá piedade de nós, quando quisermos voltar a vislumbrar as Maravilhas da Vida?
O cego de nascença… Aquele que «…atirou fora a capa, deu um salto…» e nos limpou a alma com a sua Fé!

«Mestre, que eu veja».
A este singelo pedido, Jesus jamais desviará o Seu olhar, quanto mais o Seu coração!
A resposta é mais do que uma das sete Maravilhas, é Divinal: «Vai: a tua fé te salvou»

O Senhor da Vida salva e imperativamente ajuda-nos a discernir o que fazer com “essa Salvação”: VAI!
O estar parado… quieto… indeciso… sem rumo… não é propriamente sinónimo de aceitar o que Deus tem para nós:
«Tu és meu Filho, Eu hoje Te gerei» Esta herança abandona-nos no caminho com uma «CORAGEM!»arrebatadora!
Há tanto para fazermos!
Aqui ao lado podemos encontrar um cego que precisa de uma mão para o guiar.
Tu tens essa mão! Tu és luz! Tu és salvação! És Maravilha!
Não fiques com a capa,
nem com a venda invisível nos teus olhos, a ofuscar o mal…
Vai e espalha sementes de Amor, de Paz, de Esperança e de Fé!
Vai… E Segue Jesus no caminho!
Vai! Que Maravilha serás…

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

ALMOÇO DA MORCELA 'MIRENSE' - 11 DE NOVEMBRO

A NÃO PERDER...
sabor único, com muita dose de 'classe' e 'embrulhada' em amizade...


RESERVAS:  junto dos quarentões e no Cartório Paroquial...

sábado, 20 de outubro de 2018

NO DIA MUNDIAL DAS MISSÕES - 21 Outubro 2018

SERVIR, COMO JESUS

Redenção…
Quando há redenção… há Paz, há Justiça e há Amor.
Na Redenção o mar une continentes, une países, une terras, une povos e une corações.
Se a Redenção chegar ao teu peito… Se a Redenção for o teu caminho… Se a Redenção for a tua Missão:
a Paz, a Justiça e o Amor não serão utopia… Serão fortes, poderosos e magnos como o mar!

Não esmaga o mar a rocha e a areia?
Ficará a rocha sem beleza e a areia sem alegria? E o mar? Será maldade e castigo?
O sofrimento não será repartido por ambas as partes?
E o que lhes resta? A Bonança que se ergue apoteoticamente após a tempestade…
«Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria.»

A Deus, rogamos neste dia consagrado às Missões:
«Desça sobre nós a vossa misericórdia, porque em Vós esperamos, Senhor.»Esperamos a coragem para aceitarmos partir pelo mar
ao encontro dos que sofrem com a privação de não conhecer a Boa Nova, anunciada pelo Messias.
Esperamos a audácia de ser barquinho de papel nas mãos do Senhor,
para que a vontade do Pai se cumpra, hoje e para todo o sempre!
Esperamos que o Espírito Santo nos transforme a Alma em água pura e santa,
semelhante àquela que nos lavou a fronte, no dia do nosso Baptismo!

E… quando fecharmos os ouvidos à Misericórdia de Deus…
Quando cairmos por terra com todo o sofrimento que atraímos, gratuitamente, à nossa vida…
Que a Esperança venha e, nos erga, com “aquela” Fé inabalável no nosso «sumo sacerdote», que sofreu, 
por cada um de nós, horrores, que «(…) foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado»
«veio para servir e dar a vida pela redenção de todos.»
Veio para Ser Missão! Nada jamais nos poderá abalar…

Hoje, no 29º domingo do Tempo Comum, do Ano B, a Liturgia interroga-nos:«Que quereis que vos faça?».
MAS, responde-nos: «…quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, 
e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos.»
O que nos avassala o navegar é a nossa dúbia resposta: «Podemos»Pois é!!! Podemos, mas não queremos! Podemos, mas não fazemos! 
Podemos e conhecemos, mas não colocamos em prática nem vivemos…

Que belo é o mar com toda a sua excelência!
É o exemplo perfeito do Deus misericordioso que habita em mim e em ti!
Tu e eu podemos ser areia… podemos ser rocha! Podemos, mas…
Este Ser Missão na linha da frente, deixa-nos com vontade de nos indignarmos contra Tudo e contra Todos…
Este Ser Evangelizador e  «Beber o cálice»que o nosso Salvador bebeu 
SEM«a glória de nos sentarmos um à direita e outro à esquerda»é o que nos trama a vontade de poder Ser Rocha e Ser Areia!

Como eu queria dizer: “Rendo-me, Senhor à Tua Vontade e quero Ser missão!”
Ser aqui, neste velhinho continente, na nossa Europa, Amor sem condição!
Ser do outro lado do mar, nas Américas, humildade infinita!
Ser aqui ao lado, na Ásia, Justiça ao partilhar o Pão!
Ser lá bem longe, na Oceânia, Esperança a desabrochar no nosso Deus!
Ser no coração do mundo, nesta África tão maltratada, Redenção e Alegria!
Ser o que Tu, Jesus, queres que eu seja… Sem esperar “um lugar”! 
Ser… apenas Ser! E… Partir em Missão!

Liliana Dinis
-  conferir ainda a Mensagem do Santo Padre para este dia:
https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/missions/documents/papa-francesco_20180520_giornata-missionaria2018.html

XXIX DOMINGO COMUM (21 Outubro 2018)

Uma nova proposta

«Concede-nos um lugar na tua glória», pediram-lhe, como se nada fosse, os ambiciosos discípulos, Tiago e João, na subida para Jerusalém. Jesus tinha anunciado, pela terceira vez, um amanhã sombrio, marcado pela violência, a tortura e a morte. À semelhança do servo de Deus, na perspetiva do profeta Isaías, Ele ia oferecer a vida como «sacrifício de expiação» para «justificar a multidão de homens e mulheres». Sem entender o projeto do Mestre, receosos mas também expectantes, os discípulos discutem os lugares de honra e de governo num reino que havia de se estabelecer. Há entre eles cenas de ciúmes. Rivalizam entre si para alcançar a “pole position”.

A natureza humana tem estas armadilhas. E não nos dá descanso. Empurra-nos para pequenas guerras, faz-nos entrar competição constante, estica a corda através da qual medimos a distância entre o que somos e o que sonhamos ser, onde estamos e para onde desejamos ir, tendo, por vezes, o vizinho como critério de comparação. Cansamo-nos nestas correrias até um dia… talvez nesse dia, mudemos o paradigma.

Nesse dia, percebemos que o homem aperfeiçoou as técnicas para alcançar os primeiros lugares, os lugares de destaque, o topo de hierarquia. Desde o berço, fomos formatados através da linguagem do prémio e do castigo, da gratificação e da frustração, para «dar tudo» até ocupar «o cargo», «para mandar e ganhar muito» para ser famoso. As crianças, as mais belas caixas de ressonância do mundo, depressa sabem que os adultos ocupam diferentes lugares na hierarquia social. Sabem ainda que «ganhar muito e ter poder» mobiliza muita gente.

É fácil entrar nesta engrenagem. Difícil é resistir propondo, mesmo que seja em pequena escala como nos espaços eclesiais, modelos alternativos de relação e de governo em que o mais importante é o bem comum. Esse bem exige uma atitude de serviço e todos os serviços são dignos e socialmente valorizados. 
Entre os discípulos de Jesus a motivação é estranhamente diversa. Resistimos a ser subjugados pela natureza, mesmo quando reconhecemos que o espírito de Tiago e João faz-nos sonhar com carreiras extraordinárias, percursos de poder, lugares idílicos, mas longe do Mestre.

Estranha esta lógica «ser servo para ser grande», «ser pobre para ser rico».

P. Nélio Pita