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sábado, 3 de novembro de 2018

XXXI DOMINGO COMUM B (04 nov2018)

A quem ama, nada lhe falta

Quem é alívio, esperança e força para o outro, nada de melhor pode ser. Para aquele a quem ama e para si mesmo.
Ser alívio é ser leve e ajudar a carregar o peso do outro. É não deixar jamais de estar atento ao caminho que ele percorre e acompanhá-lo quando ele o pedir. É perdoar mesmo quando não parece justo mas for essencial. Ser alívio é voar e emprestar as próprias asas para que o outro se possa levantar.
Amar é esquecer-se de si. Encontrar no amor que se entrega o sentido da própria vida.
Ser esperança é fazer tudo para que o outro seja livre e mantenha o seu coração aberto aos grandes sonhos. É não desistir jamais de, pelo exemplo, ensinar o que pode e deve ser feito com vista a realizarmos os nossos dons, as nossas razões de ser. Ser esperança é ser capaz de esperar o tempo que for preciso, ainda que seja maior do que esta vida.
Amar é ser paciente. Sofrer sem deixar de esperar o melhor.
Ser força é reconhecer e enfrentar as fraquezas. As próprias e as do outro. Sem nunca deixar de lutar, por maiores e mais dolorosas que sejam as feridas. Ser forte não é buscar descanso, é sim combater as preguiças e os orgulhos. Com humildade, aceitar que não se pode fazer tudo, mas que se deve fazer o tudo que está ao nosso alcance.
Amar é ser corajoso. Andar sempre para diante, mesmo quando a vontade é ficar.
Será possível amar e ser feliz? Amar exige sofrimentos que nos deixam no polo oposto onde imaginamos a felicidade. Mas não será que é a própria dor que nos revela a verdade a respeito de nós mesmos? Pode alguém ser feliz sem amor? Sem amar e ser amado?
O Amor pode tudo. Amar é ser senhor do impossível.

José Luis Martins


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