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PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

quarta-feira, 11 de março de 2020

A REALIDADE DO 'INVISÍVEL' E O ÂNIMO A CONSTRUIR

Sobre este assunto 'Covid-19', já proliferam por aí muitos 'escritos', recomendações, normas e textos, uns mais ou menos elucidativos e educativos. É importante que o esclarecimento continue e nos indique. Partilho convosco este que me parece lúcido e com uma abordagem que, sem ser técnica (prática), também pode ajudar e iluminar a nossa vida. Não há 'culpas' nem desgraças apontadas, mas reflexão sobre a vida, a nossa vida. Parece-me ser bom para ler e reflectir, como tomada de consciência da nossa realidade e da beleza que podemos ser e dar! (P Luis)
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Covid-19 e espiritualidade:
Oportunidade para reencontrar os outros e a interioridade perdida

Neste tempo de emergência, o que está a nascer de bom é a consciência de que a minha existência e a dos outros não dependem de mim; não sou eu o dono da vida. Basta um vírus – ainda que com um nome real – para a colocar em risco. Um vírus que pode ajudar todos nós a purificar-nos da nossa indiferença diante deste mistério que a nossa sociedade tenta controlar e por vezes “dominar” através do progresso científico-tecnológico.
Esta emergência é um convite a servir a vida, antes de mais pondo fim à superficialidade, à indiferença, ao egoísmo que me faz pôr-me a mim próprio no centro de tudo; e por isso não esquecendo que tudo é dom. A saúde e o bom funcionamento, hoje, das células do meu corpo são um dom a redescobrir; nada é dado como adquirido ou devido.
Talvez a experiência do mal comum nos diga o que é o bem comum, hoje tão escarnecido e vituperado. Desta emergência pode extrair-se uma lição de solidariedade: a tua vida é também a minha vida, e eu, com as minhas forças, colaboro na construção do bem comum. Por isso evito abrir brechas na barragem de contenção comum com escolhas irresponsáveis, e obedeço às disposições restritivas, comportando-me com cautela e responsabilidade, porque ao proteger-me, protejo os mais fracos, os mais expostos: idosos, adultos frágeis, crianças doentes.
Quem sabe se esta precariedade, o sentido de um “inimigo” que nos ameaça, não são as cinzas que impomos sobre a nossa existência para nos encaminharmos para a luz fulgurante da Páscoa, prefigurada pelo Evangelho da transfiguração do passado domingo. Se acolhermos estas cinzas feitas de limites, renúncias, medos, cansaços, doença, sofrimento, morte, então poderemos entrar numa consciência maior, a de sermos envolvidos e responsáveis uns pelos outros, base do viver civil e do viver cristão. Em cada um de nós está o traço de cada pessoa; em cada vida entram, de variadas maneiras, todas as existências.
A Quaresma acende uma luz sobre a nossa precariedade: o Evangelho do primeiro domingo recordava que não só de pão vive o homem. Não podemos viver transformando tudo em bens económicos; em momentos como estes, damo-nos conta de que o rei capitalista vai nu, e que também se vive de contemplação, de beleza, de relações, de sapiência. Vivemos também de vidas doadas para curar os outros, como são aquelas destes heróis modernos que são os médicos e os enfermeiros, que sufocam o medo para dedicar-se com abnegação a quem está frágil e doente.
Estes dias “sem” podem constituir uma oportunidade para nos dedicarmos a alguma coisa de que normalmente fugimos como se fosse um inimigo: a interioridade. Pode ter-se tempo para meditar, orar, caminhar, viver a pura alegria do dom e do agradecimento, viajar interiormente em companhia dos grandes de cada tempo.
Se acolhido de maneira correta, o “jejum” da missa pode constituir um caminho inédito para o Absoluto que nos espera. A partir do modelo dos Padres do Deserto, que viviam e conseguiam caminhar rumo a Deus para além dos ritos e das fórmulas litúrgicas. Este é o momento de reentrar em si, voltar à interioridade, ao meu eu que se acende diante do mistério da vida e do mistério de Deus. São dias para nos sentirmos instados por algo que nos preme por dentro e é mais quente, mais intenso, mais luminoso do que tudo aquilo que nos preme de fora.
Ermes Ronchi

domingo, 8 de março de 2020

RECOLECÇÃO DOS CATEQUISTAS (interparoquial)

DIA DE REFLEXÃO COM OS CATEQUISTAS
No domingo, dia 8 de Março, um bom grupo de catequistas das paróquia de Alvados, Mira de Aire e São Bento, congregou-se na Casa dos Monfortinos em Fátima para um dia de reflexão e partilha. A partir da espiritualidade quaresmal, nomeadamente a dimensão do 'deserto' como espaço e tempo de escuta, de silêncio, de reencontro com o essencial, de solidão...procurou-se aliar a oração, a reflexão e a partilha. Também algumas personagens bíblicas foram inspiração para uma meditação individual (e depois partilhada) acerca da relação e proximidade a Cristo Misericórdia. 
Foi, nosso entender e no testemunho da maior parte dos participantes, um dia intenso e de valor acrescentado, também como conhecimento mais profundo da Bíblia e do fortalecimento da amizade entre todos.
Pela tarde visitou-se a bela exposição intitulada 'Vestida de Branca', no Convivium Santo Agostinho, que foi do agrado geral.














FESTA DO PAI NOSSO - Mira de Aire

A FESTA DO PAI NOSSO
Os mais pequeninos - do primeiro ano da catequese de Mira de Aire - celebraram com alegria genuína, própria das crianças, a Festa do Pai Nosso.
Acompanhados pelos pais, pelas catequistas e pela comunidade, espalharam os seus 'sorrisos', ofereceram os seus 'corações', receberam nas suas mãos a oração do Pai- Nosso, rezaram-no e cantaram-no.
Tudo isto aconteceu na Eucaristia e por tudo isso foi um belo encontro de fé que se conclui com um gesto festivo com os familiares e amigos, na Cripta da Igreja.









II DOMINGO QUARESMA (A) - A partir da Palavra

II Q: «Levantai-vos e não temais». - Ano A

“Para que os fiéis que se reúnem ao domingo dêem testemunho de Jesus Cristo,
luz do mundo, aos que lhes pedem a razão da sua esperança…”
Ter Esperança alimenta a felicidade que habita no nosso peito!
Mas Ser Esperança faz de cada um de nós um Rosto translúcido do Filho de Deus.
Se não for para sê-lo… para quê insistirmos no parecê-lo?
Um Cristão Baptizado é Luz no mundo! Não hesites…
Sê testemunha da Esperança que o Cristo é na tua vida!

A primeira opção que a vida nos apresenta é a escuta!
Aqueles que são assíduos e atentos à Voz de Deus sabem que:
«A palavra do Senhor é recta, da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão: a terra está cheia da bondade do Senhor.»
Não há qualquer registo sobre um recém-nascido que fala, pois não?
Pelo contrário… todos os bebés se acalmam com a voz da mãe; quando alguém lhes fala! Logo, quando escutam.
Abraão e todos os que são chamados por Deus, após ouvirem o chamamento, ficam com o coração em ardor,
assumem a Missão e levantam-se para cumprirem a vontade do Pai:
«Abraão partiu, como o Senhor lhe tinha ordenado.»O plano traçado por Deus, nosso Senhor, nem sempre é fácil (quase nunca é…).
Especialmente se desligarmos a luz perante os maravilhosos ensinamentos que encontramos na bíblia:
«Sofre comigo pelo Evangelho, apoiado na força de Deus.
Ele salvou-nos e chamou-nos à santidade, não em virtude das nossas obras,
mas do seu próprio desígnio e da sua graça.»
Ao encontrarmos força e graça neste árduo caminho, sentimos que somos a Esperança para muitos.
Então, a vida ganha um novo alento e uma luz nova, forte,
capaz de encandear todos aqueles que tanto anseiam pelo encontro com o Cristo!

Hoje, no II domingo da Quaresma, do Ano A, Jesus leva cada um de nós em particular, até um lugar remoto!
Nesse santo e sagrado momento, faz-nos calar para falar connosco… transfigura-se…
deixa-nos maravilhados ao ponto de rezarmos assim: «Senhor, como é bom estarmos aqui!».
Mas, não são estas as palavras que o Pai quer ouvir da nossa boca…
não é esta atitude que quer de mim nem de ti!
Deus quer o nosso reconhecimento perante o Mestre:
«Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O».

Para que o nosso rumo seja o certo, escutar Jesus a explicar as escrituras dos antigos,
abre os nossos olhos para uma vida melhor, com mais Amor, mais Paz e mais Luz.
A nossa Missão nesta Quaresma é permitir que o Messias fale e
que a nossa Alma seja como um luzeiro para todos os que estão reunidos e querem escutá-Lo.

É hora de viveres a Quaresma com a forte convicção de que Deus ama-Te!
O Pai quer que sejas um dos corajosos a descer o monte
e a tornar visível a Transfiguração do Seu Filho muito amado.

Escuta…
Não fiques de rosto caído por terra, não fiques assustado…
Quando ouvires a Voz de Deus, fixa bem a batida do teu coração e se o ritmo for veloz: levanta-te e vai!
Corre atrás do sol que te levará até ao domingo, onde abasteces a tua boca com Esperança.
Aceita ser como o Filho muito amado de Deus.
Faz com que te escutem! Sê Palavra cheia de vida!

Liliana Dinis

sábado, 7 de março de 2020

II DOMINGO QUARESMA (A)


SEMANA DA CARITAS

SEMANA DA CARITAS

A Caritas é uma instituição cristã que apoia e intervem na acção social, nas necessidades emergentes. Também alguns habitantes, com mais dificuldades sociais e económicas, das nossas terras têm beneficiado desse apoio. Apoiar a Caritas é ajudar quem mais precisa.

* Peditório Público: 12 a 15 de Março

* O ofertório da Missa do próximo domingo será entregue à CARITAS.

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Por ser uma atividade integrada no tempo quaresmal, a Semana Nacional Cáritas não tem uma data fixa. Acontece todos os anos, na semana que antecede o Dia Cáritas, insistido pela Conferência Episcopal Portuguesa no 3º Domingo da Quaresma.
Em 2020 será de 8 a 15 de março e terá com o tema “Cáritas é Amor”. Durante esta semana as diferentes Cáritas diocesana que compõem a rede nacional Cáritas promoveram momento de envolvimento público e de animação local. A nível nacional o destaque é, naturalmente, para o peditório público, entre os dias 12 e 15 de março. 
Este é um momento que a Cáritas privilegia não apenas pela sua dimensão de angariação de verbas, que se destinam à ação local de todas as Cáritas diocesanas, mas por ser uma oportunidade de contacto direto com a população, com aqueles que apoiam a missão da Cáritas e, também, em muitas situações, com aqueles que são beneficiários da ação da Cáritas em Portugal.
No ano de 2019 a rede nacional Cáritas registou o atendimento a perto de 100 mil pessoas. Estes são números que representam uma leitura da sociedade portuguesa que nos continua a dizer que há um número demasiado elevado de pessoas que necessitam de apoio da sociedade civil para poderem responder às necessidades básicas de sobrevivência e de dignidade humana. Contudo, não se pode deixar de registar uma diminuição face ao ano de 2018, o que para a Cáritas representa também um olhar de esperança e de realização face ao trabalho que é realizado durante todo o ano com o apoio de muitos profissionais, voluntários e, principalmente, de todos os que nos apoio para a concretização de uma missão que é diária.

“O apelo que faço foi também formulado naquele Dia Mundial da Paz: «Sintamo-nos responsáveis pela sociedade em que vivemos e participemos em reflexões de aprofundamento que levem a atitudes, segundo princípios e valores de defesa do bem comum. Os cristãos devem estar na linha da frente, no interesse pelo bem da sociedade em que vivem». Porque “Cáritas é amor” e o amor é criativo, é desejável que a semana Cáritas seja uma oportunidade para crescer em reflexão e ação.” (D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana)
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