Encontros com o Senhor... Os nossos dias, a nossa semana, podem ser pontuadas com encontros, mesmo curtos, com o Senhor: momentos de oração (sozinhos, em casal, em família, em comunidade), momentos de meditação da Palavra de Deus; e gestos e encontros para servir os mais pequenos. Agradar ao Senhor, colocando o nosso quotidiano sob o seu olhar: fazer o ponto da situação, em cada noite, com Ele.Confinados, mas não adormecidos na fé!
«Com a vossa mulher e os filhos
repitam juntos a Palavra escutada na Igreja.
Voltem a casa e preparem duas mesas,
uma com os pratos para a comida,
a outra com os pratos da Escritura (…),
façam da vossa casa uma Igreja»------------------------------------------------------------------------------------------------PROPOSTA PARA 10 MINUTOS DE ORAÇÃO NO DIA DO SENHOR(em família)
Vamos-lhe dar um título: FICAR COM O MESTRE
SAUDAÇÃO Aquele que Se manifestou no Presépio e no Jordão, como Deus feito
Homem, nosso Irmão, é agora indicado por João Batista aos seus
discípulos como «o Cordeiro de Deus». Na humildade da sua entrega,
o Mestre chama-nos a segui-l’O, de corpo e alma. Aquele Jesus, que
contemplávamos como o Eleito e o Ungido do Senhor, somos agora
chamados a deixá-l’O crescer dentro de nós e a segui-l’O na nossa vida
quotidiana e familiar.
Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. TODOS: Ámen.
PEDIMOS PERDÃO Porque muitas vezes, a rotina da nossa prática religiosa e os ruídos à
nossa volta, nos impedem de escutar e de discernir a voz do Senhor,
que está à porta do coração e nos chama a entrar na sua morada,
invoquemos a sua misericórdia.
> Palavra do Pai: Senhor, misericórdia! TODOS: Senhor, misericórdia!
> Mestre da Verdade: Cristo, misericórdia! TODOS: Cristo, misericórdia!
> Cordeiro de Deus: Senhor, misericórdia! TODOS: Senhor, misericórdia!
ACOLHEMOS A PALAVRA [Ver/ouvir a primeira parte do vídeo/audio disponível no Laboratório da fé;
Quem não tem acesso aos meios digitais pode ler o texto da folha em anexo]
LEITURA DO SANTO EVANGELHO SEGUNDO SÃO JOÃO
[capítulo 1, versículos 35 a 42]
Naquele tempo, estava João Batista com dois dos seus discípulos e, vendo
Jesus que passava, disse: «Eis o Cordeiro de Deus». Os dois discípulos
ouviram-no dizer aquelas palavras e seguiram Jesus. Entretanto, Jesus
voltou-Se; e, ao ver que O seguiam, disse-lhes: «Que procurais?». Eles
responderam: «Rabi – que quer dizer ‘Mestre’ – onde moras?». Disse-lhes
Jesus: «Vinde ver». Eles foram ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia. Era por volta das quatro horas da tarde. André, irmão de Simão Pedro,
foi um dos que ouviram João e seguiram Jesus. Foi procurar primeiro
seu irmão Simão e disse-lhe: «Encontrámos o Messias» – que quer dizer
‘Cristo’ –; e levou-o a Jesus. Fitando os olhos nele, Jesus disse-lhe: «Tu és
Simão, filho de João. Chamar-te-ás Cefas» – que quer dizer ‘Pedro’. [Ver/ouvir a segunda parte do vídeo/audio...]
escutemos esta meditação: A PALAVRA ECOA EM NÓS...
PARTILHAMOS A PALAVRA As primeiras palavras de Jesus Cristo, no evangelho segundo João, têm
a forma de uma pergunta: «Que procurais?». Uma pergunta que, mais
tarde, ao iniciar o discipulado pascal, o Ressuscitado repete a Maria
Madalena: «A quem procuras?» (João 20, 15).
A pergunta abre o caminho que envolve cada um de nós, desde aquele
primeiro encontro ao encontro pascal com Maria Madalena. E chega a
nós com a mesma força e intensidade: «Que procurais?».
Os dois amigos de João Batista querem saber onde mora, respondem
com outra pergunta, o que denota interesse, a tal curiosidade necessária
para dar início a uma amizade.
Jesus Cristo lança-lhes um convite: «Vinde ver». Chama-os a conhecer
o seu estilo de vida e, assim, iniciar novo relacionamento: o discipulado.
Não propõe uma relação de tipo intelectual, como tirar notas e ir-se a
pensar nelas. A amizade é a base do discipulado cristão, ontem e hoje.
Convida a ir ver para ficar, não um ‘ver’ passivo, mas a deixar-se gerar,
abrir a possibilidade de mudança na maneira de ser e de estar no mundo.
A história dos primeiros discípulos é, afinal, a nossa história. Pensa na tua
história de cristão, no modo como te tens relacionado com Jesus Cristo.
Seja qual for o teu percurso, permite hoje que se torne numa história de
encontro capaz de deixar uma marca no teu coração, capaz de mudar
a tua vida. No momento certo, lhe dirás: «Mestre, onde moras?», ou seja,
«Quero ficar contigo».
APRESENTAMOS AS NOSSAS PRECES Senhor, nosso Deus, em ti esperamos com toda a confiança. Por meio do
Filho, Cordeiro e Senhor, apresentamos as preces do teu povo suplicante,
dizendo: Fala, Senhor, que o teu servo escuta! > Pela Santa Igreja: saiba pôr-se à escuta, para sair, ver e chamar os que
te procuram de coração sincero. Oremos! TODOS: Fala, Senhor...!
> Pelos que governam: sejam capazes de ouvir o grito da Terra e o grito
dos pobres, no cuidado pelos mais frágeis. Oremos! TODOS: Fala, Senhor...!
> Por todos os ministros e servidores da nossa comunidade paroquial: não
sejam simples agentes voluntários, mas se tornem verdadeiros discípulos
de Jesus, capazes de O procurar, de O escutar, de O seguir e de O servir,
em todos os lugares da sua existência. Oremos! TODOS: Fala, Senhor...!
> Pela nossa família: seja lugar de comunhão e de oração, escola do
Evangelho e pequena Igreja Doméstica. Oremos! TODOS: Fala, Senhor...!
> [acrescenta a tua intenção]. Oremos! TODOS: Fala, Senhor...!
Unidos a Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, rezemos a oração que ele nos
ensinou: [TODOS:] Pai nosso...
ASSUMIMOS UM COMPROMISSO Preparemos o próximo Domingo da Palavra, criando, aqui em casa,
um espaço digno, para a entronização da Bíblia, à volta da qual nos
reuniremos, ao menos, uma vez por semana, para celebrar a ‘liturgia
familiar’ e acolher o Evangelho. Que este exercício nos torne ‘aprendizes’
de discípulos, prontos a ir ao encontro para ficar com o Mestre. Bendigamos o Senhor! (Se for possível vamos também seguir a meditação diária no blog ou no facebook paroquial: https://mialsb.blogspot.com/ )TODOS: Graças a Deus!
BÊNÇÃO DA FAMÍLIA E DA MESA [PARA REZAR ANTES DA REFEIÇÃO EM FAMÍLIA] Senhor Jesus Cristo, habitas o nosso coração e fazes da nossa casa
a tua morada permanente. Tu és a Luz acesa sobre a nossa mesa.
Abençoa-nos com a alegria do amor. E seremos uma família aberta e
generosa, para com os irmãos que mais precisam. Ámen
------[anexo à liturgia familiar]
ACOLHEMOS A PALAVRA
[primeira parte do vídeo/audio] O discipulado nasce de um encontro! «Que procurais?». A missão
do Mestre desperta a vocação dos (futuros) discípulos. «Eles foram
ver onde morava e ficaram com Ele nesse dia». Deus conta com
a colaboração humana para realizar os seus planos. Convoca e
espera, com paciência, a generosidade da resposta que faz cumprir
as suas palavras: «Falai, Senhor, que o vosso servo escuta». Deus
toma a iniciativa, aproxima-se, chama pelo nome, insiste uma e
outra vez, sem desanimar. Mas o consentimento é essencial, porque a
resposta precisa de ser livre e assumida: «Assim o quero, ó meu Deus,
a vossa lei está no meu coração». Esta íntima relação é sustentada e
fortalecida pela presença ativa do Espírito Santo: «Aquele que se une
ao Senhor constitui com Ele um só Espírito».
[segunda parte do vídeo/audio] «Que procurais?». Há perguntas que podem mudar a vida! Uma
delas é a que Jesus Cristo dirigiu aos amigos de João Batista. São
as primeiras palavras que o evangelista coloca na boca do Mestre.
A mesma interpelação dirige-se hoje a mim e a ti. Na normalidade
da vida, Jesus Cristo vem ao nosso encontro e pergunta: «Que
procurais?». De facto, é nos caminhos da existência quotidiana que
o Mestre vem ao nosso encontro! «É Jesus que toma a iniciativa.
Quando tratamos algo com Ele a pergunta é sempre invertida:
de interrogantes tornamo-nos interrogados, de ‘procuradores’
passamos a ‘procurados’» (João Paulo II). Aqueles aprendizes de
discípulos, «ficaram com Ele nesse dia». Qual é a tua decisão?
façam da vossa casa uma Igreja»