25 MAR
DOMINGO DE RAMOS
"O Senhor deu-me a graça de falar como um discípulo, para que eu saiba dizer uma palavra de alento aos que andam abatidos. Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos, para eu escutar, como escutam os discípulos. O Senhor Deus abriu-me os ouvidos e eu não resisti nem recuei um passo. Apresentei as costas àqueles que me batiam e a face aos que me arrancavam a barba; não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam. Mas o Senhor Deus veio em meu auxílio, e, por isso, não fiquei envergonhado; tornei o meu rosto duro como pedra, e sei que não ficarei desiludido."(50,4-7).
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«Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus» .(Lc
1,30).
O Papa aos jovens na jornada mundial da juventude, domingo de
Ramos:
«Não deixeis, queridos jovens, que os fulgores da juventude
se apaguem na escuridão duma sala fechada,
onde a única janela para olhar o mundo seja a do computador e
do “smartphone”…
Abri de par em par as portas da vossa vida!
Os vossos espaços e tempos sejam habitados por pessoas concretas,
relações profundas, que vos deem a possibilidade
de compartilhar experiências autênticas e reais no vosso dia-a-dia…
Vós, jovens, quais são os medos que tendes?
Que é que vos preocupa mais profundamente?...
Um dos medos mais comuns entre os jovens
«é o de não ser amados, bem-queridos, de não ser aceites»,
pelo que muitos, «na tentativa de se adequar a padrões frequentemente
artificiais e inatingíveis,
têm a sensação de dever ser diferentes daquilo que são na realidade».
Fazem contínuos “foto-retoques” das imagens próprias,
escondendo-se por trás de máscaras e identidades falsas,
até chegarem quase a tornar-se eles mesmos um “fake”, um falso.
Muitos têm a obsessão de receber o maior número possível de apreciações
“gosto”…
O papa convida os jovens a «dar um nome» aos seus medos:
«Hoje, na situação concreta que estou a viver, o que é que me angustia,
o que é que mais temo?
O que é que me bloqueia e impede de avançar?
Porque é que não tenho a coragem de abraçar as decisões importantes que
deveria tomar?
Não tenhais medo de olhar, honestamente, para os vossos medos,
reconhecê-los pelo que são e enfrentá-los…
Muitas vezes o obstáculo à fé não é a incredulidade, mas o medo.
Neste sentido, o trabalho de discernimento, depois de ter identificado
os nossos medos,
deve ajudar-nos a superá-los,
abrindo-nos à vida e enfrentando serenamente os desafios que ela nos
apresenta.
De modo particular para nós, cristãos,
o medo nunca deve ter a última palavra,
mas ser ocasião para realizar um ato de fé em Deus... e também na
vida».
O Papa Francisco lembra que na
Bíblia encontra-se «365 vezes a expressão “não temer”, nas suas múltiplas
variações», como que a dizer que Deus quer que os seres humanos estejam «livres
do medo todos os dias do ano».
Oração:
Ó Jesus, aproxima-se o tempo e a hora
do mistério assombroso da Vossa Paixão.
Nestes dias de 'santidade',
que nos aproximam do teu amor excelso e sublime
ajuda-nos a 'não ter medo',
como Vossa mãe não teve,
e a sermos corajosos testemunhas
da iniquidade dos homens e do Vosso infinito amor.
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