Eis que Ele está para chegar...
Eis que se aproxima a grande noite. A noite que une o Céu e a
Terra. A maior de todas as noites.
Eis que está para chegar a noite do Altíssimo revelada no Seu
mais pequeno e frágil menino. Eis que está para chegar o Todo Poderoso num dos
locais mais inseguros e sem condições algumas.
Eis que Ele está para chegar sem manias, nem aparatos. Eis que
Ele está para vir...
E, por isso, mais do que nunca, temos de estar atentos. Já não
nos é pedido que estejamos preparados. Sim, porque isso já deveria ter sido
feito. Agora temos é de estar atentos, porque Ele virá. Ele virá e poderemos
não reconhecê-Lo na sua grandiosidade sempre revelada na simplicidade. Ele virá
e poderemos não reconhecê-Lo nas surpresas da nossa vida.
Deus está para chegar, mas tal como no Seu nascimento
biológico, não chegará como "um raio que nos cai em cima cheio de poder e
estrondo", nem virá para impor uma monarquia celestial. Virá, isso sim,
para dar nome ao Reino do Seu Pai. Virá, isso sim, para dar nome ao Reino dos
Céus. Virá para iniciar esse mesmo reino aqui com o Seu amor e ficar assim
acessível a todos e a todas que Lhe quiserem aceder.
O Immanouel está mesmo aí e não virá em nenhum presente caro,
não se revelará em nenhuma posta de bacalhau e muito menos aparecerá naquela
garrafa de vinho que tanto apreciamos (permitam-me a brincadeira, a não ser que
exageremos na bebida é claro). O Deus menino está para chegar e será presente
na forma como nós nos fizermos presença para o outro. O "Deus
connosco" está para chegar e será presente na forma como nos reconhecermos
humildes. O menino Jesus está para chegar e será presente na forma como nos
deixarmos que Ele seja presença em nós e transforme assim a nossa vida. Não
como que pura magia, mas como uma certeza que nos convide a dizer-Lhe
"Sim" em todos os dias da nossa vida.
O Immanouel está para chegar e vem para ficar, se assim o bem
entendermos. Vem para os que O esperaram. Ele vem para todos os que Lhe recebem
de alma e coração, pois é aí que se faz presépio. É aí que o presépio se torna
"lugar de encontro para todos".
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