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PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

domingo, 28 de julho de 2019

XVII DOMINGO COMUM - a partir da Palavra...

XVII DOMINGO COMUM C – a partir da Palavra

Clamor… é muito mais do que uma simples súplica!
Clamar… é muito mais do que pedir!
Clama… é muito mais do que uma ordem… é um conselho!
Aquele que vive com o pensamento no bem, o coração em Deus e a atitude nos outros,
clama sem dor qualquer clamor que o faz clamar e ser livre!
Não podemos ter vergonha de pedir, quando sabemos que dessa prece pode nascer a redenção:
«Se o meu Senhor não levar a mal, falarei ainda esta vez: talvez lá não se encontrem senão dez»
A Fé que habita no nosso peito responde: «Em atenção a esses dez, não destruirei a cidade»
e o nosso pensamento corre para encontrar os 10 “justos”…
Mas é da nossa boca que sai o clamor:
«Quando Vos invoquei, me respondestes, aumentastes a fortaleza da minha alma.»
e aos nossos olhos, como Baptizados e membros da Igreja do Cristo, a nossa prece é tida em conta:
«Anulou o documento da nossa dívida, com as suas disposições contra nós; suprimiu-o, cravando-o na cruz.»
Já nada nos será impossível, porque encontramos o Senhor da Vida, o nosso Criador que nos ama, infinitamente.
Hoje, a Liturgia do 17º domingo do Tempo Comum, do Ano C adopta-nos… oferece-nos um Pai!
Um único e verdadeiro Pai, capaz de estar sempre presente e de nos resgatar sempre.
«Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos,
quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem!»
Esta frase de Jesus, o Cristo que nos ensina a rezar, a pedir, a clamar,lembra-me o pregão:
“Chora, que a mamã dá!”
É mais fácil dar o que os meninos querem, porque a vergonha que sentimos pelos gritos que dão é gigantesca.
Com Deus funciona um pouco assim!!! Acreditem!
«Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei à porta e abrir-se-vos-á.
Porque quem pede recebe; quem procura encontra e a quem bate à porta, abrir-se-á.»
Só que Deus, Nosso querido e amado Pai, testa a persistência de quem pede!
Gosto de trazer no coração a sábia resposta da mãe, quando se pede algo que não se deve:
“Em casa, conversamos…”
Após uma longa conversa; a apresentação válida dos prós e contras;
a defesa total da nossa tese com provas válidas e concretas;
um discurso repleto de persuasão e com muitos carinhos à mistura;
pode ser que a mãe ceda e o nosso pedido é, finalmente, escutado!
Esta é a beleza da oração constante. Se o nosso coração quer; se a nossa intenção for forte;
se for essa a vontade do Pai (que quer a nossa Felicidade plena),
o pedido deixará de ser um clamor e será realidade!
Tens algo a pedir ao «Juiz de toda a terra»?
Fortalece o teu diálogo intenso com O Pai.
Reza com ternura e para que a benignidade floresça.
Não peças apenas para ti.
Ambiciona o bem para aquele que sofre.
Perdoa aquele que te irrita e te deixa infeliz,
pois não sabe amar, como tu amas…
Sê generoso para com todos os que partilham o teu caminho.
Diz baixinho, em sussurro, e sem temor clama ao Pai:
“Obrigada, perdão e ajuda-me mais!”
No silêncio do teu peito encontrarás a resposta e a prece será escutada.
Liliana Dinis

domingo, 14 de julho de 2019

XV DOMINGO: Faz isso e viverás


XV TC: «Respondeste bem. Faz isso e viverás.» - Ano C
Pratica… Aquele que pratica fica mestre em algo!
Prática… Quem tem prática é bom no que faz!
Prática e pratica… Mas aquele que tem prática e deixa de praticar
ficará, rapidamente, fora no âmbito de ser maior do que já é…
Como queremos sempre mais,
devemos colocar em prática o que praticamos, todos os dias sem cessar!
Todos os homens e mulheres que causam algum impacto na nossa sociedade,
aqueles que são venerados, por alguns de nós, para que o seu “reinado” não passe;
têm a consciência que é preciso: estudar muito para ser bom médico,
exercitar muito o corpo para ser bom desportista, ler muito para ser um escritor conceituado,
arriscar tudo no momento certo para lucrar na bolsa, pintar muitos cabelos para chegar ao tom perfeito,
misturar muitos sabores para ser o chefe mais requisitado nas cozinhas topdo mundo…
E nós? Baptizados?
«Esta palavra está perto de ti, está na tua boca e no teu coração, para que a possas pôr em prática»
Como praticamos?
«Louvarei com cânticos o nome de Deus e em acção de graças O glorificarei.»
Onde encontramos a prática?
«Ele é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo.»
Então, porque fugimos à Missão de Ser Baptizados? O que nos falta?
Hoje, no 15º domingo do Tempo Comum do Ano C, S. Lucas,
através de uma das belas Parábolas da Cabeça da Igreja, diz-nos o que nos falta:
«”Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores?”(…)
“O que teve compaixão dele.”».
Sabemos tanto… Escutamos e dizemos mais… e palavras com sentido, com peso e com valor!
Mas, não basta!!! Seremos como os que vêem alguém com um problema e ignoram a sua dor:
«viu-o e passou adiante.»
Sê o Samaritano que dá vida à Compaixão, ao Amor!
Como podemos dizer que somos Baptizados, que somos Igreja, que somos Cristãos,
quando no momento de dar cartas, recolhemos a mão?
Como sabemos que está calor, ou frio, sem descansar os pés e sentir o chão?
O mundo está perdido… como podemos encontrar o rumo, se não colocamos em prática as direcções do GPS?
É preciso: «…ligar as feridas deitando azeite e vinho, colocá-lo sobre a nossa própria montada,
levá-lo para uma estalagem e cuidar dele.»
Não podemos descartar-nos da Missão de salvar o mundo, porque o mundo: Somos nós!
És tu comigo e eu contigo… e tu com o teu próximo e eu com o meu próximo!
À questão do «doutor da lei»(que sou eu e tu): «E quem é o meu próximo?»
hoje, cada um de nós tem de saber responder com toda a Fé e Esperança:
é cada homem e cada mulher que por mim passa, pois nele Deus habita e é sua criatura como Eu!
Não estás a escutar o apelo de sempre? «…Vai e faz o mesmo».
Ainda queres ser (só) o doutor da lei? Ou queres ter aquela picado Samaritano?
Põe o pé no chão e sente a força desta terra que Deus amorosamente criou para te servir…
Carrega as baterias… olha a humanidade com bondade, benignidade, mansidão e pratica o Amor sem medida!
É essa prática diária que fará de ti um Ser Humano venerado por todos…
Agora… vem e Sê a Igreja que Jesus, o Cristo, edificou!                    
Liliana Dinis

sábado, 29 de junho de 2019

XIII DOMINGO COMUM C


SS. PEDRO E PAULO

Por que São Pedro e São Paulo são celebrados juntos?

Confira 7 chaves para responder a esta pergunta

No dia 29 de junho, a Igreja celebra a Solenidade de São Pedro e São Paulo; entretanto, há algumas dúvidas sobre as verdadeiras razões do motivo de a festa de ambos os apóstolos ser celebrada no mesmo dia.
A seguir, 7 chaves que permitem entender isso:
1. Santo Agostinho de Hipona expressou que eram “um só”
Num sermão do ano 395, o Doutor da Igreja, Santo Agostinho de Hipona, expressou que São Pedro e São Paulo, “na realidade, eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo seguiu-o. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos”.
2. Ambos padeceram em Roma
Foram detidos na prisão Mamertina, também chamada Tullianum, localizada no foro romano na Roma Antiga. Além disso, foram martirizados nessa mesma cidade, possivelmente por ordem do imperador Nero.
São Pedro passou seus últimos anos em Roma liderando a Igreja durante a perseguição e até o seu martírio no ano 64. Foi crucificado de cabeça para baixo, a pedido próprio, por não se considerar digno de morrer como seu Senhor. Foi enterrado na colina do Vaticano e a Basílica de São Pedro está construída sobre seu túmulo.
São Paulo foi preso e levado a Roma, onde foi decapitado no ano 67. Está enterrado em Roma, na Basílica de São Paulo Extramuros.
3. São fundadores da Igreja de Roma
Na homilia de 2012 na Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa Bento XVI assegurou que “a sua ligação como irmãos na fé adquiriu um significado particular em Roma. De fato, a comunidade cristã desta Cidade viu neles uma espécie de antítese dos mitológicos Rómulo e Remo, o par de irmãos a quem se atribui a fundação de Roma”.
4. São padroeiros de Roma e representantes do Evangelho
Na mesma homilia, o Santo Padre chamou esses dois apóstolos de “padroeiros principais da Igreja de Roma”.
“Desde sempre a tradição cristã tem considerado São Pedro e São Paulo inseparáveis: na verdade, juntos, representam todo o Evangelho de Cristo”, detalhou.
5. São a versão contrária de Caim e Abel
O Santo Padre também apresentou um paralelismo oposto com a irmandade apresentada no Antigo Testamento entre Caim e Abel.
“Enquanto nestes vemos o efeito do pecado pelo qual Caim mata Abel, Pedro e Paulo, apesar de ser humanamente bastante diferentes e não obstante os conflitos que não faltaram no seu mútuo relacionamento, realizaram um modo novo e autenticamente evangélico de ser irmãos, tornado possível precisamente pela graça do Evangelho de Cristo que neles operava”, relatou o Santo Padre Bento XVI.
6. Porque Pedro é a “rocha”
Esta celebração recorda que São Pedro foi escolhido por Cristo – “tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” – e humildemente aceitou a missão de ser “a rocha” da Igreja e apascentar o rebanho de Deus, apesar de suas fragilidades humanas.
Os Atos dos Apóstolos ilustram seu papel como líder da Igreja depois da Ressurreição e Ascenção de Cristo. Pedro dirigiu os apóstolos como o primeiro Papa e assegurou que os discípulos mantivessem a verdadeira fé.
Como explicou em sua homilia o Sumo Pontífice Bento XVI, “na passagem do Evangelho de São Mateus (…), Pedro faz a sua confissão de fé em Jesus, reconhecendo-O como Messias e Filho de Deus; fá-lo também em nome dos outros apóstolos. Em resposta, o Senhor revela-lhe a missão que pretende confiar-lhe, ou seja, a de ser a ‘pedra’, a ‘rocha’, o fundamento visível sobre o qual está construído todo o edifício espiritual da Igreja”.
7. São Paulo também é coluna do edifício espiritual da Igreja
São Paulo foi o apóstolo dos gentios. Antes de sua conversão, era chamado Saulo, mas depois de seu encontro com Cristo e conversão, continuou seguindo para Damasco, onde foi batizado e recuperou a visão. Adotou o nome de Paulo e passou o resto de sua vida pregando o Evangelho sem descanso às nações do mundo mediterrâneo.
“A iconografia tradicional apresenta São Paulo com a espada, e sabemos que esta representa o instrumento do seu martírio. Mas, repassando os escritos do Apóstolo dos Gentios, descobrimos que a imagem da espada se refere a toda a sua missão de evangelizador. Por exemplo, quando já sentia aproximar-se a morte, escreve a Timóteo: ‘Combati o bom combate’ (2Tm 4,7); aqui não se trata seguramente do combate de um comandante, mas daquele de um arauto da Palavra de Deus, fiel a Cristo e à sua Igreja, por quem se consumou totalmente. Por isso mesmo, o Senhor lhe deu a coroa de glória e colocou-o, juntamente com Pedro, como coluna no edifício espiritual da Igreja” (Bento XVI)