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PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

sábado, 28 de novembro de 2015

Palavras Soltas: Advento de misericórdia

ADVENTO E MISERICÓRDIA
Duas palavras. Uma concordância perfeita para a vida. 
O tempo - o ano litúrgico - que se inicia projecta-nos para o futuro, assim como o perdão nos lança numa vida nova. Como diz 'Francisco', o Santo Padre, «o perdão é uma força que ressuscita», mas é uma força a partir de dentro, aquela que, no mundo que habitamos, é ignorada, anulada e riscada da vida. Mas, interrogo-me eu, não é verdade que tudo começa no interior, até a própria vida? Aqui há anos, quando começaram a surgir a primeiras ecografias (do feto no ventre materno), um dos meus mestres (de nacionalidade holandesa), admiradíssimo, saiu-se com esta expressão (que nunca esqueci): 'carramba pah, já temos a fotocópia antes do orriginal'! A graciosidade da expressão revela que 'o futuro está aí', quando menos pensamos, e é por isso fundamental estar atentos e preparados para que ele não nos surpreenda ‘desarmados’ e ‘ocupados em coisas inúteis’.  Embora haja uma vontade estonteante em querer antecipar, prever, certificar, o que é maior que nós, o que ´não nos pertence dominar', não podemos ficar parados, amarrados ao passado, inertes e desconsolados desistentes, como o povo de Deus, 'abotoado' às 'cebolas do Egipto', 'preguiçoso' da novidade e das surpresas que estavam para acontecer! Há quem não se importe de morrer no deserto por não lutar até ao fim pela 'água' que dá vida.
É aqui que, no meu entender, se cruzam, por um lado a expectativa do futuro - a confiança, o desejo da alegria, a tenacidade de não desistir, a vontade de percorrer o caminho - e por outro o modo e a maneira de lá chegar. Advento e misericórdia.
Se quisermos ser mais assertivos, poderemos afirmar que o Advento é o prelúdio da visão da misericórdia de Deus, porque Jesus é esse rosto. Ou, talvez, de modo mais simples, este tempo que agora começamos há-de levar-nos a contemplar o rosto visível – em Jesus de Nazaré -  da bondade e da ternura infinita de Deus Pai. Esse tal Natal, que celebramos em cada ano, só é possível quando a ‘misericórdia’, que é o outro nome da ‘bondade’ e do ‘perdão’, fizerem parte do vocabulário habitual, das atitudes constantes de cada dia!

Conjugando a misericórdia com o Advento poderemos certamente tornar o Ano jubilar que agora começa como um tempo de graça, um tempo ‘novo’.   

I ADVENTO ANO C


FESTAS NOSSA SENHORA DO AMPARO- Mira de Aire


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

VÍDEO RESUMO ACTIVIDADES CATEQUESE 2014-2015 Mira de Aire

Só se podem colher frutos quando se semeia e se cuida da semente. 
Eis um excerto de algumas actividade de catequese durante o ano 2014-2015, na paróquia de Mira de Aire.

https://youtu.be/VuAbwEmUT2g

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Sociedade de Maria Monfortina

A ler, para quem desejar conhecer um 'pouquinho', apenas breves notas, sobre os Missionários Monfortinos, fundados por São Luis Maria de Montfort.
Artigo extraído da publicação diocesana, Leiria-Fátima, jornal 'PRESENTE'.
Sociedade de Maria Monfortina

domingo, 4 de outubro de 2015

UMA CARTA AOS PAIS E FAMILIARES DA CATEQUESE

no início do ano de catequese
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Aos pais e familiares


Caros Pais e familiares do (a)...
H

oje é um dia bem significativo para o (a) vosso(a) filho(a). Espero que estas palavras que vos dirigimos, como sacerdotes e também em nome dos catequistas, possam iluminar e fortalecer a vossa decisão de ‘vir’ e acompanhar o fruto do vosso amor – os filhos - a esta casa, á qual chamamos Igreja. Mesmo que não vo-lo digam e, por vezes, até vos ‘ponham os nervos à flor da pele’ por causa da catequese e da Missa, acreditem que é uma decisão acertada. Em vez de – como infelizmente também vemos aqui na terra – os deixardes andar ‘meios’ perdidos, e ao ‘deus dará’, é muito bom, fazer todo o que vos for possível para lhes permitir este conhecimento dos valores cristãos e da ‘boa nova’ de Jesus. Não tenham medo de ser um pouco exigentes… o importante é caminhar com eles!
P
ermitam-me partilhar convosco as palavras de P. (Card.) Gianfranco Ravasi. Cada um de vós as entenderá e assimilará como bem entender, mas creio que são palavras sábias e que vos podem ajudar a olhar a vida dos vossos filhos ainda com mais atenção e amor, inculcando-lhes valores que sejam ensinados mais com o exemplo do que com palavras: “Os vossos filhos não são vossos filhos. Eles não vêm de vós, mas através de vós, e não vos pertencem, ainda que vivam juntos. Podeis amá-los, mas não constrangê-los aos vossos pensamentos, porque eles têm os seus pensamentos. Podeis guardar os seus corpos, mas não as suas almas: com efeito, elas habitam em casas futuras que vós nem sequer em sonho podereis visitar. O poeta libanês Kahlil Gibran (1883-1931) sabe muitas vezes exprimir de modo leve e vivido alguns sentimentos radicais. É o caso destas linhas extraídas da sua obra mais conhecida, “O profeta”. A pessoa nunca pode ser possuída, nem sequer no caso do filho. Toda a criatura é sempre uma surpresa, fruto da infinita “fantasia” do Criador, ainda que guardando dentro de si a marca fisiológica dos pais. Neste sentido, a educação é, sim, importante, como o é a família. Todavia, o destino de um filho nunca será o fruto puro e simples do contexto em que viveu, nem tampouco a ‘concretização’ dos sonhos e das expectativas dos pais.
Os pais, por isso, comprometam-se com todas as forças para fazer brilhar valores e capacidades dos seus filhos, mas estejam prontos – como Maria e José, ainda que o seu caso tenha sido absolutamente irrepetível – a aceitar o caminho que tomarem, diferente do esperado por eles. E se realizaram o seu dever de guias e educadores, não se culpem angustiadamente perante o fracasso humano e espiritual de um seu filho, conscientes da liberdade e responsabilidade última de cada pessoa”.
Os monges russos, têm uma imagem de Maria que remete para o aconchego: «dizem que nos momentos de angústia espiritual, devemos andar debaixo do manto da Santa Mãe de Deus e assim ela nos acolhe e nos protege e toma conta de nós».
É por isso que também dizemos que a Igreja – da qual todos fazemos parte viva e integrante - é ‘mãe’. E é da maternidade de Maria que nasce a «maternidade da Igreja»: «A Mãe Maria e a mãe Igreja sabem acariciar os seus filhos, dão ternura. Pensar a Igreja sem esta maternidade é pensar numa associação rígida, uma associação sem calor humano, órfã». «A Igreja é mãe e recebe-nos a todos nós como mãe; Maria mãe, a Igreja mãe», maternidade que se «exprime nas atitudes de humildade, de acolhimento, de compreensão, de bondade, de perdão e de ternura». É por isso que ela privilegia a catequese, o encontro com Cristo na Eucaristia, os momentos de convívio e partilha, a oração!
O
 Papa Francisco – de quem certamente gostais bastante  - disse há poucas semanas, «onde há maternidade e vida, há vida, há alegria, há paz, cresce-se em paz»; pelo contrário, quando falta a maternidade «apenas permanece a rigidez, a disciplina, e não se sabe sorrir. Uma das coisas mais belas e humanas é sorrir a uma criança e fazê-la sorrir». Neste Ano, ao qual o Santo Padre resolveu chamar ‘jubilar’ ou ‘Santo’, aproveitem – caros pais e familiares – para saborear até ao máximo a beleza duma fé que tem uma ‘fonte’ – Deus – cheia de ternura e misericórdia. Não se assustem com os fracassos, assustemo-nos sim quando não tivermos a ‘sabedoria’ para os reconhecer e ‘dar a volta’, nem que para isso seja útil e belo passar pela ‘porta santa da misericórdia’. Ireis ouvir falar disto várias vezes e, com os vossos filhos, podereis experimentar pessoalmente a profunda alegria de ser instrumentos de vida nova.

N
 O início deste ano proponho, a vós e a toda a nossa comunidade, duas coisas: não deixem apenas à (ao) catequistas a tarefa de educar na fé e conversem com eles, sem receio, sempre com a consciência de que eles, os catequistas, não são ‘peritos’ ou substitutos, mas apenas (e já é muitíssimo) cristãos que dão algum do seu tempo e da sua sabedoria na fé!