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PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

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domingo, 25 de outubro de 2020

XXX DOMINGO COMUM A - A partir da Palavra

 

XXX TC «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?»


 
Ao meu lado! Juntos! Sempre perto! Coração com coração!

Quem nos faz querer viver assim?
Aquele que é o maior de todos os mandamentos: O Amor!
Quem ama não sente dificuldades, pois eleva-se acima dos obstáculos.
O maior de todos os segredos no amor é amarmo-nos como Deus nos ama!
Só assim conseguiremos amar o próximo como o Pai ama a humanidade inteira!

Fechar os ouvidos à dor dos outros; tapar os olhos na injustiça; calar perante a indiferença;
encerrar as mãos à partilha; cobrar com vingança… É pura maldade.
Seguir esse caminho é desviarmo-nos da meta que o Deus do Amor nos propõe.
Nestes momentos de aflição profunda, quando sentirmos que tudo à nossa volta é tristeza e solidão,
é urgente invocar o Senhor, porque sabemos que Ele vem sempre em nosso auxílio!
Digamos com toda a confiança: «Eu Vos amo, Senhor: sois a minha força.»
Cada passo, cada gesto, cada palavra que o nosso corpo emita converter-se-á em Amor!
Seremos assim mensageiros de Fé em Deus, porque a nossa vida é um amar constante e pleno!

Hoje, a liturgia do 30º domingo, do Tempo Comum, do Ano A, ama-nos com um amor infinito!
O Mestre, novamente colocado à prova, não se rende, não fica calado, nem mede as palavras.
Lança-nos o desafio de Amarmos Aquele que não tem rosto:
«Amarás o Senhor teu Deus…»
Diz-nos como O podemos Amar:
«…com todo o teu coração com toda a tua alma e com todo o teu espírito.»
Indica-nos onde O podemos encontrar:
«Amarás o teu próximo…
E… apresenta-nos a medida do amor sem medida:
«…como a ti mesmo.»

Senhor Jesus,
hoje, ainda quero saber qual é o maior mandamento,
para que não tenha de ser tão grande o alcance dos meus passos!
Eu preciso amar-me para encontrar, no meu coração, a dimensão maior para amar os outros.
Preciso de um voltímetro novo… que me faça amar mais e mais.
Porque eu sei que em Ti e conTigo, amar é a única tensão que terei.

Que cada um de nós procure amar o outro na adversidade da vida!
No desalento profundo de uma palavra que ficou em silêncio!
Num gesto que nunca saiu do pensamento!
Num ritmo cardíaco que nunca se uniu à melodia certa!

Vamos amar?
Juntos! Eu e tu amaremos a humanidade que O bom Deus, nosso Pai, tanto ama!

Liliana Dinis

domingo, 11 de outubro de 2020

XXVIII DOMINGO COMUM A- A partir da Palavra

 

 «O reino dos Céus pode comparar-se a um rei que...»  

Não Querer! Não Procurar! Não Encontrar! Não Aceitar! Não Converter! Não Concretizar!

Queixamo-nos de tudo e de todos… Permanecemos num carpir constante!
O lado negativo, o copo meio vazio, faz sempre mais peso na nossa vida.
Porque será que não aceitamos de ânimo-leve os obstáculos que nos fazem crescer?
E é assim a nossa vida sem o Rei dos Reis, sem Deus… Sem aceitarmos o convite para o terno Banquete!

 

Todas as promessas do Antigo Testamento são cumpridas.
Quantas vezes na tristeza, sentiste aquela brisa suave a apaziguar a dor que sentes?
Quando olhas para o lado, decerto encontras um amigo ou um familiar!
Mesmo que caminhes por estradas sem fim;
Mesmo que te afastes da Igreja que te acolhe;
Mesmo que o teu coração tenha um ritmo sem vida;
O Senhor, o Pastor que Te conduz, encontrar-te-á sempre! Confia!
Nestes tempos confusos e tristes tu e eu precisamos aprender a viver na fartura e a passar fome
a viver desafogadamente e a padecer necessidade!
e… como diz S. Paulo a afirmar com toda a Esperança : «Tudo posso n’Aquele que me conforta.»

 

Hoje, a liturgia do 28º domingo do Tempo Comum, do ano A, delicia-nos com um generoso banquete,
enche-nos o copo e sacia-nos.
O Bom Senhor Jesus apresenta-nos uma parábola de mesa farta:
«Preparei o meu banquete, os bois e os cevados foram abatidos, tudo está pronto. Vinde às bodas’»
Ao convite há uma variedade de atitudes:
«Mas eles, sem fazerem caso, foram um para o seu campo e outro para o seu negócio;
os outros apoderaram-se dos servos, trataram-nos mal e mataram-nos.»
Não foram capazes de ver que o Senhor os convidava para habitarem na sua casa
e partilharem com Ele da Sua infinita alegria…
Não conseguiram ver para além do que a vida terrena lhes dava!

 

Ó convidado que andas distraído:
abre o teu coração para a força da Palavra de Deus que sai da boca de homens e mulheres como eu e como tu.
Rasga o teu peito para acolheres o Amor mais puro que Deus coloca à nossa disposição: o humilde Pão!
A Missa é o convite que o Pai te faz.
Mas, a nossa resposta parece mais negativa do que positiva.
Por isso, o Mestre termina o seu ensinamento de hoje com o reparo:
«Na verdade, muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos».
A nossa presença à mesa do Banquete nupcial do Filho do Rei é o expoente máximo da nossa Alegria.
Vem celebrar o Sacramento da Eucaristia!
Basta: Querer, Procurar, Encontrar, Aceitar, Converter e Concretizar os desígnios de Deus…
Vem! Veste a tua farpela mais gira e Vem! A Festa é tua!


Liliana Dinis

domingo, 4 de outubro de 2020

XXVII DOMINGO COMUM- A partir da Palavra

 XXVII TC 

«…tudo isto veio do Senhor e é admirável aos nossos olhos.» A

Rezar. Suplicar. Agradecer.
Ser Paz. Ter pensamentos humildes. Edificar a Justiça. Calar o mal. Aceitar ser fruto.
Deixar-se arrastar pela grandeza do Amor que vem de Deus!
Querer o que Deus quer, sempre!
 
Quando Deus nos criou, todo o Seu Divino Ser voava por um campo verdejante e repleto de Amor.
A retidão era a estrada e a justiça calava os gritos que o ódio alimentava.
Como Bom Pai que é, protegia-nos de todos os males.
Éramos o rebento mais belo que a Vinha exibia.
Mas, hoje, os nossos pensamentos não são os mesmos que o Senhor do Universo traçou…
Usamos a inteligência para matar os frutos mais puros que o nosso coração produz.
Perdemos, assim, sem qualquer resignação a Paz!
 
Hoje, o 27º domingo do Tempo Comum, do Ano A, não nos manda trabalhar na Vinha.
A Vinha é algo maior. Não é uma simples fonte de rendimento.
É muito mais do que um local onde passamos o dia-a-dia.
Há um nítido carinho entre a Vinha e o Seu proprietário.
Especialmente, no tempo da colheita!
É um amor tão profundo que: «…mandou-lhes o seu próprio filho…»
Mas, a tua ganância e o meu desrespeito pelo Dono da Vinha irão condenar-nos.
O verdadeiro e único Herdeiro previne-nos:
«Ser-vos-á tirado o reino de Deus e dado a um povo que produza os seus frutos».
 
Oh! Vinhateiro,
que andas distraído e já não reconheces os Servos do Dono da Vinha,
não te inquietes mais!
Entrega todos os teus frutos nas mãos do Senhor da Vida.
Abandona-te nos Seus desígnios.
 
Por cada um de nós, o Bom Deus fez, faz e fará maravilhas.
Diariamente, Deus rega a nossa vida com uma Paz infinita.
Na oração escuta-nos, silenciosamente.
Quando suplicamos, vem ao nosso encontro.
Ao agradecermos, até o mal que nos angustia, sentimos terna e eternamente o Seu Amor.
 
Não podemos rejeitar a Pedra angular…
Jesus, é Aquele que devemos imitar, todos os minutos do nosso viver.
No Messias habita a Justiça Divina onde a humildade é o sangue da Redenção para a humanidade inteira.
 
Hoje, vamos gritar bem alto e com todo o Amor que vem do Santo Espírito do Senhor:
“Somos a Vinha mais querida e amada que Deus lavrou, limpou e plantou.
Somos o Bom Fruto que permanecerá no mundo!”.                                Liliana Dinis

domingo, 2 de agosto de 2020

XVIII COMUM - a partir da Palavra

XVIII TC: «…deixando as suas cidades, seguiram-n’O por terra.» - Ano A

Para alguns de nós é urgente mudar de ar…

Para outros seria iminente encontrar o pouso certo!
Diariamente, apercebemo-nos que o tempo foge, como o mar escapa pelos grãos de areia.
Estamos cansados e sentimo-nos oprimidos… Desiludidos!
Mas, há algo que nos une:
A busca incessante pela felicidade, que ainda não descobrimos nem definimos,
apenas queremos muito encontrar, possuir, ser…

 

O dinheiro comanda a vida! Não podemos negar… e assim o julgamos nós!
Trabalhamos para que não falte o pão, mas gastamos o que adquirimos em tantas coisas que não saciam a nossa fome.
Numa felicidade que em segundos termina e nos deixa o estômago a roncar…
Viramos então a cabeça para o alto, perdidos e até chateados, porque a tristeza voltou ao nosso coração.
É aí que o estalar de dedos nos desperta.
Deus, que possui a generosidade na palma das mãos, vem em nosso auxílio com o único alimento,
totalmente gratuito e capaz de saciar a nossa fome: O AMOR!
Aquele forte fruto que nasce da árvore do Cristo e
termina com “a tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo e a espada.”
Quem ama ficará, eternamente, saciado!

 

Hoje, o 18º domingo do Tempo Comum pinta-nos um cenário deserto e afastado,
onde o Messias, triste com a morte de Seu primo João,
se enche de compaixão, cura os doentes e termina com a (nossa) fome.

 

No deserto do nosso viver atarefado ou melancólico,
fome traz-nos à lembrança o sabor do pãozinho fresco pela manhã,
que queremos só para nós…
Agimos como os discípulos de Jesus e
mandamos embora aqueles que precisam Dele e O seguem!
A ordem do Mestre: «… dai-lhes vós de comer.» é um eco que estremece o nosso peito!
É a força da Boa Nova que brota da terra e, como trigo que nasce, traz alento e alegria!
Então, entendemos que sem a partilha deste Pão, que é Jesus na Sagrada Eucaristia,
a felicidade não nos invade o corpo, nem a mente, muito menos o coração!

 

Alguém tem algo para comer hoje?
Vamos sentar-nos juntos…
Ao pé do mar, no cume da montanha, no campo mais puro, na planície dourada…
Com o amigo que sofre com uma doença, com a vizinha que perdeu um ente querido…
No banco da igreja em oração…
No sofá da sala com a avó, no jardim com o primo mais novo, à mesa com os filhos…
Vamos partilhar este Amor que vem de Deus, que nos sacia a fome de tudo e de todos…
que nos faz Amar e sentirmo-nos amados…

 

Não será assim a Felicidade plena?


Liliana Dinis

sábado, 4 de julho de 2020

XIV DOMINGO COMUM A - A partir da Palavra


XIV TC
«Eu Te bendigo, ó Pai, 
Senhor do céu e da terra…» - Ano A


Neste exato momento, Deus sussurra no meu coração um canto de Amor.

Sou um Ser único e o Pai aguarda, carinhosamente, que eu O encontre no meu peito.
O Senhor do Céu e da Terra abandona-se em mim, para que eu me abra por inteiro a Ele.
Hoje, é o meu momento de revelar à humanidade inteira que O Senhor vem até nós.
Mas, não o farei com palavras… fá-lo-ei com a minha vida… de Alma e coração! Com Alegria…

 

Deus é o meu humilde Rei e o Senhor que me salva,
mesmo quando me afasto do caminho que me propôs.
A Sua Palavra promove obras de bondade na minha vida,
especialmente, quando vacilo e fico oprimido pelo mundo.
O meu corpo tem alegria, tem esperança, tem movimento,
tem vida, tem o Seu Santo Espírito,
até quando a minha Fé na Ressurreição do Cristo Jesus estremece.

 

Hoje, 14º domingo do Tempo Comum, do Ano A,
S. Mateus recorda a oração que o Messias fez ao Pai:
«Sim, Pai, Eu Te bendigo, porque assim foi do teu agrado.»
É também do agrado de Deus que O Cristo venha ao encontro da humanidade
para revelar o Seu rosto.
Poucos são os que entendem que o Pai envia o Filho para que tu e eu,
que andamos «cansados e oprimidos», respiremos de alívio…
Esta terna oração de Jesus é muito mais do que um louvor a Deus Pai…
Jesus pede de uma forma amorosa e compassiva, a cada um de nós:
«Vinde a Mim… Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim…»

 

Como quero, meu Deus e Senhor, aprender com o Teu filho!
A mansidão do Cristo que me faz pequenino e a humildade que me faz crescer,
são traços que esboço no meu autorretrato.
Dá-me, Senhor, a capacidade de aceitar a leveza da minha carga…
Aumenta a minha serenidade com a suavidade do meu jugo!
Que eu saiba, para todo o sempre, bendizer-Te, Senhor…

 

Hoje, vou até Ti, Jesus… sinto a Tua presença em mim… e a revelação faz-se!
Vou ao encontro daqueles que, como eu, perderam a inocência da infância,
e esquecem-se que habitas neles…
Ao encontrar olhos tristes e sem vida,
irei apenas sussurrar esta oração:
“Exulta de alegria! O Senhor vem ao teu encontro!”


Liliana Dinis

sábado, 13 de junho de 2020

XI DOMINGO A - A partir da Palavra

XI TC: «A seara é grande, 

mas os trabalhadores são poucos.» - Ano A

O trabalho dignifica o Ser humano.
Colocar a mão ao arado; Arribar barcos com redes que quase rompem com peixe;
Fazer-se ouvir com palavras que dão tranquilidade; Errar, mas assumir o erro e mudar de vida…
São gestos de quem trabalha e é chamado pelo Senhor da Vida.

Após aceitarmos o chamamento de Deus, não podemos permanecer no mesmo lugar, à mesma hora.
É urgente sair e mudar o rumo da nossa história pessoal, do nosso relacionamento com o Senhor.
Pertencemos ao Deus que nos dá a Vida e nos ama, como o Pastor que cuida das suas ovelhas.
Sabemos que do Pai receberemos a Misericórdia e a Bondade, sempre,

pois somos o Seu Povo muito amado.
Somos uma Igreja tão amada e querida que nos envia o Seu Próprio Filho para morrer por nós.
Jesus morre por cada um de nós, que somos pecadores, fracos e ímpios.
Mas, fomos justificados pela Redenção que sai do peito do Cristo,
para que a Reconciliação de cada Ser Humano com Deus,
se revele na maior prova de Amor que recebemos do Pai.

Hoje, é 11º domingo do tempo Comum, do Ano A e

S. Mateus recorda quando o Mestre o envia com os dozes:
«Naquele tempo, Jesus, ao ver as multidões, encheu-Se de compaixão…»
O Salvador chama os seus discípulos e dá-lhes um Trabalho.
Uma árdua e bela Missão que trouxe a Esperança ao mundo:
«Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus.»

Nos nossos dias, continuamos a precisar (ainda com mais sôfrego) da Compaixão Divina!
Hoje, Jesus chama por mim e por ti, para partirmos e anunciarmos…
Para partirmos e curarmos aqueles que estão desalentados…
Para partirmos e levarmos no peito a Fé na Ressurreição Daquele que veio para Ser Vida em nós.

Ficar parado à espera de que a doença passe não é solução!
Há tanto caminho para endireitar e tantas pontes para edificar…
Somos preciosos aos olhos do Senhor e Ele quer de cada um de nós precisar.
Não podemos perder o metro que nos levará mais longe!

 Hoje, fomos chamados pelo mesmo Jesus
que fitou os Seus Discípulos
com aquele piscar de olhos doce e terno.
Ficar indiferente não é da nossa condição humana.
Hoje, cada um de nós pode fitar o outro
com um olhar que emite Paz, Serenidade e Compaixão.

Vamos juntos trabalhar na messe do Senhor?
Seguiremos dois a dois e levaremos no coração a cura para todos os males:
O Amor que vem Deus!

 

Liliana Dinis


sábado, 28 de março de 2020

V DOMINGO QUARESMA (A) - A partir da Palavra

V Q:  - «Senhor, o teu amigo está doente. (…) Lázaro morreu…» - Ano A
A nossa humanidade faz-nos pecadores desde o berço!
A nossa forma de ser homem e mulher faz do mundo um local triste e frio!
A nossa condição de barro e de pó da terra arrasta-nos para um caminho sem luz…
e o medo da jornada abalroa-nos a Fé e a Esperança!
É hora de aceitar a nossa missão de Baptizados…
É tempo de Acreditar que somos de Deus…
Que somos Seus Filhos e que o Seu Santo Espírito habita em cada um de nós!
O anúncio da morte entra pelas nossas casas diariamente e sem pedir licença…
Ficamos com os olhos em lágrimas, com o coração partido e o temor apodera-se do nosso discernimento.
Queremos que tudo passe… que a morte se afaste de cada um de nós!
Queremos um encontro interior com o Senhor da VIDA…
Caímos por terra, pedimos perdão por nos afastarmos Dele e colocamos a nossa VIDA nas Suas Mãos.
Então, sentimos o poder de Deus em nós e um suave vento afaga-nos o rosto. 
Hoje, a Liturgia do 5º domingo da Quaresma, do Ano A,
toma-nos no seu colo e leva-nos para um lugar seguro,
onde não há tristeza, nem doenças, nem morte.
Onde temos um Deus que habita no meio de nós e sente como eu e como tu:
«Jesus, ao vê-la chorar, e vendo chorar também os judeus que vinham com ela,
comoveu-Se profundamente e perturbou-Se.»
O Cristo, que é humano, nunca duvidou do Seu Pai.
Agradece SEMPRE, numa profunda obediência, e por TUDO o que a vida lhe reserva:
«Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido.»
Tudo o que Deus já fez por cada um de nós deveria ser suficiente, para acreditarmos que está connosco.
Não podemos desesperar! É urgente lutar contra o medo… aquele medo do sofrimento e da morte. 
Um Cristão que não crê na Vida eterna e na Ressurreição, é um simples humano, que dorme e não quer acordar.
À ordem do Mestre: «Tirai a pedra». devemos rasgar o nosso coração e libertar o Espírito Santo que nos habita.
O túmulo, que é o nosso corpo, não pode aprisionar a beleza do Amor que nos une ao Pai. 
O nosso tempo não é o de Deus.
O nosso pensamento,
quando se afasta do Senhor, deixa de ter vida, de ter esperança, de ter amor… 
O Pai permanece em silêncio!
Bem sabe que, no profundo do nosso abismo, ansiamos aquele olhar de Misericórdia. 
Aguarda, carinhosamente, que peçamos ao Seu Filho, como Marta o fez,
e quer escutar da nossa boca a profunda e bela profissão de Fé:
«Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» 
Ontem, hoje e mais forte que nunca: Deus vem até nós e ressuscita a nossa vida!
Vamos Acreditar que um novo mundo irá surgir!
Vamos semear Esperança no peito dos desanimados…
Vamos reconhecer a Glória do Senhor e SER LUZ, VIDA, ALEGRIA e FÉ
à imagem e semelhança 

domingo, 8 de março de 2020

II DOMINGO QUARESMA (A) - A partir da Palavra

II Q: «Levantai-vos e não temais». - Ano A

“Para que os fiéis que se reúnem ao domingo dêem testemunho de Jesus Cristo,
luz do mundo, aos que lhes pedem a razão da sua esperança…”
Ter Esperança alimenta a felicidade que habita no nosso peito!
Mas Ser Esperança faz de cada um de nós um Rosto translúcido do Filho de Deus.
Se não for para sê-lo… para quê insistirmos no parecê-lo?
Um Cristão Baptizado é Luz no mundo! Não hesites…
Sê testemunha da Esperança que o Cristo é na tua vida!

A primeira opção que a vida nos apresenta é a escuta!
Aqueles que são assíduos e atentos à Voz de Deus sabem que:
«A palavra do Senhor é recta, da fidelidade nascem as suas obras.
Ele ama a justiça e a rectidão: a terra está cheia da bondade do Senhor.»
Não há qualquer registo sobre um recém-nascido que fala, pois não?
Pelo contrário… todos os bebés se acalmam com a voz da mãe; quando alguém lhes fala! Logo, quando escutam.
Abraão e todos os que são chamados por Deus, após ouvirem o chamamento, ficam com o coração em ardor,
assumem a Missão e levantam-se para cumprirem a vontade do Pai:
«Abraão partiu, como o Senhor lhe tinha ordenado.»O plano traçado por Deus, nosso Senhor, nem sempre é fácil (quase nunca é…).
Especialmente se desligarmos a luz perante os maravilhosos ensinamentos que encontramos na bíblia:
«Sofre comigo pelo Evangelho, apoiado na força de Deus.
Ele salvou-nos e chamou-nos à santidade, não em virtude das nossas obras,
mas do seu próprio desígnio e da sua graça.»
Ao encontrarmos força e graça neste árduo caminho, sentimos que somos a Esperança para muitos.
Então, a vida ganha um novo alento e uma luz nova, forte,
capaz de encandear todos aqueles que tanto anseiam pelo encontro com o Cristo!

Hoje, no II domingo da Quaresma, do Ano A, Jesus leva cada um de nós em particular, até um lugar remoto!
Nesse santo e sagrado momento, faz-nos calar para falar connosco… transfigura-se…
deixa-nos maravilhados ao ponto de rezarmos assim: «Senhor, como é bom estarmos aqui!».
Mas, não são estas as palavras que o Pai quer ouvir da nossa boca…
não é esta atitude que quer de mim nem de ti!
Deus quer o nosso reconhecimento perante o Mestre:
«Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O».

Para que o nosso rumo seja o certo, escutar Jesus a explicar as escrituras dos antigos,
abre os nossos olhos para uma vida melhor, com mais Amor, mais Paz e mais Luz.
A nossa Missão nesta Quaresma é permitir que o Messias fale e
que a nossa Alma seja como um luzeiro para todos os que estão reunidos e querem escutá-Lo.

É hora de viveres a Quaresma com a forte convicção de que Deus ama-Te!
O Pai quer que sejas um dos corajosos a descer o monte
e a tornar visível a Transfiguração do Seu Filho muito amado.

Escuta…
Não fiques de rosto caído por terra, não fiques assustado…
Quando ouvires a Voz de Deus, fixa bem a batida do teu coração e se o ritmo for veloz: levanta-te e vai!
Corre atrás do sol que te levará até ao domingo, onde abasteces a tua boca com Esperança.
Aceita ser como o Filho muito amado de Deus.
Faz com que te escutem! Sê Palavra cheia de vida!

Liliana Dinis

sábado, 29 de fevereiro de 2020

I DOMINGO QUARESMA (A) - A partir da Palavra

I DOMINGO QUARESMA: 'Naquele tempo Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto'
Por todos os fiéis da santa Igreja, para que, neste tempo favorável da Quaresma, se reconciliem uns com os outros e com Deus…”
Perdemo-nos no tempo e nos lugares que sentimos que são mais encantadores!
Gostamos de tudo o que é de fácil acesso! Precisamos de ter poder! Amamos ser superior ao outro!
Passamos indiferentes pela dor de quem chora! Não nos agarramos ao Serviço gratuito nem à interajuda!
Rezar, jejuar, oferecer o que temos a sobrar (já não se pede um pouco do que temos…)
é totalmente contra a lógica do mundo em que vivemos, hoje!
E agora? Será que precisamos da Quaresma? Será que a Reconciliação com os outros e com Deus faz sentido? 
Parece que não aprendemos (nada) com as metáforas bíblicas!
Duvidamos de tudo o que está escrito e não queremos comparações com o que já passou…
Somos muito melhores do que todos os que viveram no passado.
No entanto, a “serpente” continua a falar
e nós voltamos a aceitar o que um animal diz como a melhor máxima para a nossa vida:
«De maneira nenhuma! Não morrereis.
Mas Deus sabe que, no dia em que o comerdes,
abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como deuses, ficando a conhecer o bem e o mal»
Conhecer o bem e mal… isso seria tão bom!
O pecado já não seria opção!
A bondade, a paz, a OBEDIÊNCIA fariam as delícias do nosso dia-a-dia!
«De facto, como pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores,
assim também, pela obediência de um só, todos se tornarão justos.»
Não somos capazes de aceitar a Lei, a Palavra de Deus e o Amor como pontos bem definidos.
Afastamo-nos de Deus, repelimos os outros com atitudes desagradáveis e permitimos que o pecado vença, novamente.
Então, como nos sentimos profundamente abandonados e infelizes…
quando descobrimos que estamos nus e a vergonha ataca-nos… lembramo-nos:
«Criai em mim, ó Deus, um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.»
Hoje, a liturgia do 1º domingo da Quaresma, do Ano A, envia-nos para o deserto, para coabitarmos com a tentação,
para sentirmos o que é o pecado e para vivermos livremente tudo o que o mundo nos oferece.
Então, como Jesus: «Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome.»
Iremos sentir fome!!! Fome de tudo…
e assim, totalmente, vulneráveis,
estaremos mais fracos aos olhos do mal,
mas mais fortes aos olhos de Deus!

Esta cultura de fome… este ritmo sem melodia…
esta vida de morte… este levantar sem caminhar…
é o que o mundo nos apresenta no século da ciência e da tecnologia!
Que triste é ver jovens a defenderem o que é mais fácil, sem descobrirem a beleza do Amor de Deus.
Que assustador é escutar palavras de ordem contra o Pai Criador, porque exige muito dos Seus Filhos,
quando o Bom Senhor tudo nos dá para nosso sustento e para nossa alegria.

Hoje, a tua Missão não é fácil… hoje, os Cristãos Baptizados que se alimentam da Eucaristia,
aqueles que anseiam estar bem preparados para a Páscoa, aqueles que saboreiam a Quaresma,
são verdadeiras aves raras! Eu quero ser obediente! Eu quero ser ave rara! e tu?
Vamos jejuar? Vamos rezar? Vamos partilhar o pouco que temos? Temos 40 dias para aprendermos a voar!
Não deixes passar a oportunidade de te conduzires pelo Amor de Deus no deserto… Diz: “SIM!” ao teu Baptismo!

sábado, 22 de fevereiro de 2020

VII DOMINGO COMUM A - A partir da Palavra

VII TC: «… Ele faz nascer o sol sobre bons e maus e chover...» - Ano A

“Por nós mesmos aqui presentes na casa de Deus, para que olhemos todos os homens como amigos e saibamos perdoar a quem nos ofende…”
Amar é o que faz com que o sol seja quente e a chuva nos lave a Alma!
Aqueles que não se amam, aqueles que não amam os outros, aqueles que vivem longe do amor,
sentem apenas as injustiças e não são capazes de agradecer o nascer do Sol!
O perdão é o caminho que nos aproxima do Amor infinito e nos abre o peito para horizontes mais sábios e profundos.
É preciso agarrar o calor que vem de Deus para sentir amor e depois aprender a amar… 
O que impede cada um de nós de Amar o outro, é a falta de Amor que temos por nós próprios.
Aquele que não se ama, é incapaz de amar quem quer seja!
«Amarás o teu próximo como a ti mesmo.»O desamor é visível quando nos afastamos do Pai. Quando Deus já não faz parte do nosso dia-a-dia.
Quando nos sentimos maiores do que qualquer semelhante, que habita a terra.
«Como o Oriente dista do Ocidente, assim Ele afasta de nós os nossos pecados;
como um pai se compadece dos seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem.»
“A Vida é para Ser vivida!” Dizemos à boca cheia e sem qualquer pudor.
O preceito do Ser Humano que é também criatura de Deus, já não faz parte do plano que a humanidade traça para si.
«Porque o templo de Deus é santo, e vós sois esse templo.»Quem quer Ser Santo? Quem quer Ser perfeito?
Quem quer observar a voz de Deus e agarra-La como única forma de vida? 
Hoje, a liturgia do 7º domingo do Tempo Comum, do Ano A, Ama-nos!
A certeza de que somos os Filhos mais queridos de Deus é-nos apresentada com exemplos concretos e sem dúvidas.
Vem em forma de pedido… vem ao jeito de uma ordem que não quer ser imposição:
«Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem, para serdes filhos do vosso Pai que está nos Céus;»
Até nos dá arrepios pensarmos em rezar por alguém que nos provoca qualquer tipo de infelicidade…
A verdade é que não quero amar quem não me ama…
Perdoar alguém que na primeira oportunidade é capaz de nos atraiçoar, é carta fora do baralho!
Não sou Cristo!” “Cristo já sofreu tudo por nós e não temos de sofrer mais!” …
Estas máximas inundam-nos a Vida e descartam a nossa responsabilidade de aprendermos o que é perdoar e
o que é viver mesmo, de Alma e coração, como o Mestre nos ensina!
Já não há Amor!
Amar é sinónimo de querer o sorriso do outro sempre estampado na sua face.
Amar é entrar na Casa de Deus e sentir que o Templo do Pai somos nós e que Ele está sempre connosco.
Amar é colocar cada minuto do nosso dia na balança para pesarmos as palavras que dissemos,
para sentirmos as atitudes que tomamos, para ficarmos mais felizes! 
Lembra-te:
Sempre que alguém te provocar qualquer tipo de dor
tenta extrair o mal do momento, enviar para análise
e reagir como queres que reajam contigo, quando provocares dor nos outros!
Dá o perdão! Aceita o Perdão! e… mantem o teu coração imaculado, sem macha… 
Hoje, a tua Missão é aprender a Amar.
Primeiro ama-te e depois vai amar os que partilham este mundo contigo.
Acredita! Acredita que «serás perfeito, como o teu Pai celeste é perfeito!»e assim… o sol nascerá para todos sem distinção e a chuva será uma bênção que nos provoca gargalhadas sem fim!

Liliana Dinis

sábado, 15 de fevereiro de 2020

VI DOMINGO COMUM A - A partir da Palavra


VI TC  Ano A
«…se alguém transgredir um só destes mandamentos...»

“Pelos que têm responsabilidades educativas, para que saibam promover a cultura do povo fundada nos mandamentos de Deus…”
Estamos nesta estrada que nos leva por locais remotos e nos lança desafios sem fim.
Estarrecemos nos cruzamentos e entramos em pânico nas ruas sem saída!
A marcha para trás não é opção, porque não somos um veículo…
Com cada um de nós nasce somente a máxima: “Em frente! Esse é o caminho!”
O tempo passa! O que permanece são as pontes que edificamos e o percurso que traçamos!
 Somos pioneiros, somos audazes e devíamos ter sempre presente que há quem nos siga!
«Diante do homem estão a vida e a morte: o que ele escolher, isso lhe será dado.»
Somos destemidos, curiosos e tornamo-nos modelos para tantas vidas.
«Ensinai-me, Senhor, o caminho dos vossos decretos, para ser fiel até ao fim.
Dai-me entendimento para guardar a vossa lei e para a cumprir de todo o coração.»

Somos Missão e… a possibilidade de nos descartamos desta Missão é impossível!
«Mas a nós Deus o revelou por meio do Espírito Santo,
porque o Espírito Santo penetra todas as coisas, até o que há de mais profundo em Deus.»
Hoje, a liturgia do 6º domingo do Tempo Comum, do Ano A,
não arruma quem quer que seja da sua condição de Ser Humano!
A Palavra de Deus vem com sábios sinais que nos orientam na vida. O Mestre explica:
«Antes que passem o céu e a terra, não passará da Lei a mais pequena letra ou o mais pequeno sinal, sem que tudo se cumpra.»
 A Lei que Moisés recebeu ainda é a mais bela e fecunda bússola,
que faz com que a Alegria se espalhe pelos quatro cantos da terra.
Ficar à margem dessa orientação é destruir a liberdade que Deus, Nosso Pai, nos oferece a cada manhã.
Aquele que disser que não sabe por onde ir…
Aquele que achar que não está no caminho certo…
Aquele que se sente incapaz de seguir pela estrada…
Eu e tu que tantas vezes caímos no desalento!
Eu e tu que tantas vezes nos perdemos por atalhos!
Eu e tu que medimos forças sem partilharmos o que somos e conhecemos!
Nós… Aqueles que nos ajoelhamos perante o Senhor que nos criou,
somos o motivo pelo qual a guerra ainda vence
e a maldade ainda tem esperança de possuir a terra!

Hoje, o sol voltou a nascer e ainda habitamos este mundo.
Porque não fazermos da nossa vida uma porta aberta entre a humanidade
e o Senhor da VIDA?
A opção é TUA e é MINHA.
Deus, pacientemente, aguarda por nós no final da estrada!
Com muitos ou poucos arrependimentos… com muitos ou poucos seguidores…
com a forte convicção que a Missão foi cumprida, ou não…
Hoje, só uma “coisa” devia fazer o Teu e o Meu Coração pulsar. Sabes o quê?
A interpelação de alguém: “Gostava de ser como TU!”
que faz com que encontres Deus com os braços abertos.
É aqui que sabes que o mundo, graças a ti, por saberes dar graças a Deus,
(por saberes usar a tua liberdade)
é agora um local mais belo, mais justo, mais alegre, mais fraterno, mais Livre…
Aprende a Lei e cumpre-a sem hesitar! Sê um bom professor… um bom Mestre!
Abrirás caminhos e edificarás pontes!
Liliana Dinis


sábado, 21 de dezembro de 2019

IV DOMINGO ADVENTO - A partir da Palavra...

IV Advento
«…apareceu num sonho o Anjo do Senhor…» - Ano A

“Pelos homens que recusam os sinais de Deus
e pelos que são incapazes de acreditar n’Ele, para que o Príncipe da Paz Se lhes revele…”
Responsabilidade que carregamos no peito em anunciar a Boa Nova
àqueles que partilham o dia-a-dia connosco, invade a nossa vida de Esperança!
Estar atento, permanentemente, aos humildes sinais que o Bom Pai nos envia,
faz de cada um de nós um instrumento essencial na Revelação Divina do Rosto amoroso de Deus.
 Para que o Evangelho se concretize, hoje, eu e tu temos de unir o nosso coração à vontade de Deus e
confiarmos totalmente nos Seus desígnios, sem apresentarmos qualquer dúvida:
«Não pedirei, não porei o Senhor à prova».Precisamos de estar com “as antenas ligadas” a qualquer bip emitido:
«Por Ele recebemos a graça e a missão de apóstolo, a fim de levarmos todos os gentios a obedecerem à fé…»Recarregamos baterias… e como filhos obedientes que anseiam cumprir o que o Pai pede, rejubilamos:
«Este será abençoado pelo Senhor e recompensado por Deus, seu Salvador.
Esta é a geração dos que O procuram, que procuram a face do Deus de Jacob. »
e assim… encontramos o verdadeiro Natal!
Hoje, no último domingo do Advento, do Ano A,
precisamos assumir, definitivamente, a Responsabilidade de acolher o Menino no centro da nossa vida!
É urgente agarrar as palavras que o Anjo anuncia a José, filho de David«…não temas…»,
para que brote do nosso coração uma Fé inabalável, uma Esperança infinita e um Amor Misericordioso (Divino)…
Hoje, é o momento de despertarmos do sono e aniquilarmos as dúvidas e os anseios.
Se o nosso coração fala, porque tememos seguir?
(Não culpes a falta de tempo… Deus dá o tempo, és tu quem o gasta! Elabora um horário e cumpre-o.)
Se vem ao nosso pensamento, porque tentamos esquecer?
(Não culpes a sociedade… Deus dá a Liberdade, és tu que te enclausuras! Sê diferente e serás mais fiel ao teu EU.)
Se alguém pergunta por Deus, porque não vens descobri-Lo?
(Não culpes a invisibilidade Divina… Deus dá o Seu Filho, és tu quem não O queres ver! Na Eucaristia Ele revela-se.)
Os sinais, neste tempo do Advento, são mais fortes do que em qualquer outro tempo:
As músicas que nos fazem sonhar, as luzes que nos abrem os olhos, os sorrisos audíveis,
os beijos partilhados, os abraços que nos aquecem e o Amor que nasce entre olhares…
tudo é presente de Deus! Aceita-o!
É Natal?
SIM! É Natal! O Emanuel vem, novamente, para trazer cor, alegria, paz e a Salvação!
Sente agora este frio que te arrepia a espinha e
muda-o em calor humano ao receberes alguém que está triste, oprimido e com medo!
Ao aceitarmos com naturalidade a condição Divina de Baptizados, a nossa Missão,
que tantas vezes nos abandona em água morna, faz sentido e refresca-nos a cabeça…
Com o pensamento certo!
Com os pés firmes na terra!
Com o coração rasgado!
Com tudo e todos que encontramos pelo caminho árduo!
Desperta! Temos de fazer o que o Senhor nos ordena!
Temos de ser felizes… não abras mão dessa felicidade!
Tens uma responsabilidade tão bela e profunda no projeto traçado por Deus, não sentes?
És uma Missão… Acolhe o Emanuel e faz com que a salvação se concretize hoje, amanhã e para todo o sempre!
Eu vou contigo! Somos família! Vamos juntos! Sem medo
Liliana Dinis

sábado, 14 de dezembro de 2019

III DOMINGO ADVENTO - A partir da Palavra

III Advento: Ano A

«Vou enviar à tua frente o meu mensageiro...»- 

“Para que na Igreja inteira, nesta Diocese e nas suas paróquias, se anuncie a Boa Nova a toda a gente, e o Espírito faça florir cada deserto…”
Compromisso de todo o Cristão é Evangelizar!
É fazer desabrochar a alegria no seio de qualquer perturbação.
É usar as mãos para edificar o bem e semear o Amor.
É ter coragem para abraçar quem vive na dor e na angústia.
É Ser Esperança…e é saber esperar, com paciência, o SENHOR!
Gostamos de cor e de flores… de diálogos intensos e sentidos… de sorrisos e gargalhadas.
A certeza de que tudo será bom e de que no deserto há um oásis, afaga-nos a esperança:
«Voltarão os que o Senhor libertar,
hão-de chegar a Sião com brados de alegria, com eterna felicidade a iluminar-lhes o rosto.»
A luz invade-nos o peito para renovar a coragem de observarmos nos outros, tudo o que queremos que o Senhor da Vida nos perdoe: «Não vos queixeis uns dos outros, a fim de não serdes julgados.»Somos como canas agitadas pelo vento que quando abrem os olhos à voz de Deus, cantam com Fé e alegria: «O Senhor protege os peregrinos, ampara o órfão e a viúva e entrava o caminho aos pecadores.»O Espírito Santo faz de cada coração humano seu abrigo, seu berço… O que há a temer?
Hoje, a Liturgia do III domingo do Advento compromete a nossa vida na alegria permanente que devemos emitir.
O desafio é ser como Aquele que todos esperam…
É ser «…bem-aventurado (…) e não encontrar em Jesus, O Cristo motivo de escândalo».
É ser na humildade o maior de todos os viventes e saber que seremos «(…)o menor no reino dos Céus».
É ser Profeta para anunciar a Boa Nova a este mundo, que conhece o Menino Deus e se afasta da Sua Luz!
É ser Baptizado e apertar o próprio coração com toda a força, para que dele brote a Esperança para todos os que andam perdidos, sozinhos, cansados…

O Natal está a chegar!
Ouve-se em todas as emissoras de rádio, em todos os canais televisivos, anuncia-se nas redes sociais…
Começamos a azáfama e a procura desmedida das prendas, para fazer aqueles que amamos mais felizes!
O que não se escuta é o nosso coração! Nem Aquele que o faz bater…
O que não procuramos é a calma e o silêncio de uma família unida que cumpre o compromisso do seu baptismo…
Ficamos menos felizes e mais insatisfeitos, porque “passou o dia, passou a romaria”, e não nasce o fruto da terra!

O que te faz feliz, afinal?
O Senhor trará uma chuva primaveril que nos aquece a alma e nos faz querer ser mais do que um deserto, mais do que terra seca, mais do que o stress das compras…
O Mestre fita-nos com Aquele olhar singelo e penetrante de um bebé, que nos sorri do Berço…
Fica calado e no nosso coração há um apelo que estremece a pedra que nele habita:
«Ide contar a João o que vedes e ouvis:
os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem,
os mortos ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres.»

A palavra de ordem para HOJE, não é esperar o Senhor!
O Menino Jesus já habita entre nós. Eis a Boa Notícia!!!
A Tua Missão é ir contar ao João… e não te prendas ao nome! Aproveita e diz à humanidade inteira:
“O Senhor vem, de novo, trazer a Esperança com vigor!
Vem acender a coragem que apagaste durante o ano que passou! Vem e quer-te, profundamente”
Vai e rejubila… O Senhor «é rei por todas as gerações.»Sê desbocado! Anuncia! Evangeliza! Sê mensageiro de Amor e Esperança!
Liliana Dinis

sábado, 7 de dezembro de 2019

SOLENIDADE DA IMACULADA CONCEIÇÃO - A partir da Palavra!

Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria: 

«Não temas, Maria…»

Pelos que cederam à tentação do Inimigo e por todos os que vivem em pecado,para que se arrependam e recebam o perdão…”

Castidade deve ser vivida e colocada no centro de cada lar Cristão. No centro do peito de cada um de nós!

Quando o Amor é acolhido como semente que cai à terra e cresce lentamente,
tudo o que nos afasta de dar bom e saboroso fruto, morre.
Nasce, sem medo, uma árvore bela e forte que prospera com a Esperança e
afirma-se com uma Fé inabalável na poda dos momentos menos bons, onde reina, eternamente, o perdão.

Desde o início da humanidade que somos chamados a viver homem e mulher, olhos nos olhos, unidos…
e com o olhar fixo na mesma direcção.
O que vem para o homem vem para a mulher, porque juntos são um só, e quando a maldade ataca:
«Ouvi o rumor dos vossos passos no jardim e, como estava nu, tive medo e escondi-me».Não devemos esconder, nem ter medo, nem fugir! Devemos pedir Perdão!
É nesta troca constante de bons sentimentos que a árvore ganha raízes fortes, mais fortes que a morte,
que fazem com que o homem e a mulher sejam um só, na alegria e na dor;
e encontrem a coragem para aceitar o conselho de S. Paulo:
«Acolhei-vos, portanto, uns aos outros, como Cristo vos acolheu, para glória de Deus.»Esmagam a cabeça da serpente e juntos, a uma só voz, dão graças a Deus pelas Suas maravilhas:
«O Senhor deu a conhecer a salvação, revelou aos olhos das nações a sua justiça.
Recordou-Se da sua bondade e fidelidade em favor da casa de Israel.»

Voltam, juntos, o olhar para o Céu e recomeçam o caminho, com Maria, Nossa Mãe,
com Aquela que é «bendita (…) entre as mulheres» e dá um novo rumo à humanidade. 
Hoje, no II domingo do Advento, a Mãe vem humildemente e arrebata a Liturgia.
Ficamos envolvidos pela candura e a ternura da Menina e Moça, por quem o próprio Deus se enamora.
O Seu exemplo de força e de audácia, perante o desafio do Senhor da Vida:
«Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus.», ainda não há quem o tenha igualado!
Apenas, levanta a questão humana: «Como será isto, se eu não conheço homem?»,
E… Arrisca tudo! Sabe no Seu íntimo que: «…a Deus nada é impossível».
Maria, Nossa Senhora, a Imaculada Conceição,
é poço sem fundo de Castidade, de Fidelidade, de Entrega total, de Amor profundo!
Não é por acaso que no dia do Matrimónio consagramos o homem e a mulher
que se desposam (e prometem castidade um ao outro) à protecção da Imaculada!
Precisamos de sentir o perfume de Maria pela nova casa.
Precisamos de escutar todos os: “Fiat no Senhor Teu Deus!” que Maria proclama!
Precisamos de olhar para as horas controversas da história, com a serenidade de Maria!
Precisamos de sair de nós mesmos para nos oferecermos ao outro, à imagem de Maria!
Precisamos do silêncio com que Maria resgata a humanidade do pecado!
Precisamos da Mãe e ponto final!
Não te deixes abalar pelo mundo que ainda não saboreou a mesa farta de Amor que Maria Santíssima nos prepara!
Não temas… Também tu és Missão nesta Terra que o Criador quer salvar.
Em ti a semente da Palavra do Pai também germina e dá fruto…
Terás de ser sombra para que os outros se recomponham e avancem na jornada!
Terás de silenciar a tentação, o pecado, a maldade, tudo o que te faça sentir nu… e partir a anunciar o Perdão!
Maria é a primeira que acolhe O Verbo. Abre caminhos de Esperança!
A manutenção da estrada tem de ser feita! Vem! Aceita o desafio do Pai!
Juntos, repararemos os corações humanos! Juntos, seremos Amor!   - Liliana Dinis -

sábado, 23 de novembro de 2019

XXXIV DOMINGO (CRISTO REI) - Uma reflexão a partir da Palavra


Solenidade de Cristo Rei do Universo:
«Hoje estarás comigo no Paraíso»
Ânsia… estado de sufoco que provoca mal-estar!
Ansioso… aquele que sufoca e fica com o peito apertado!
Ansiar… resultado de quem está a sufocar e não consegue controlar a ânsia!
O que nos dá a libertação desta opressão?
A coragem de nos livrarmos de qualquer ânsia que nos faz ansiar o fim de algo,
para que o nosso coração não fique ansioso!
A certeza de que o Paraíso será nosso… dá-nos essa liberdade plena!
e… o Paraíso vem de Deus e só do Pai recebemos o Perdão e a Misericórdia que nos inunda de Paz e de Amor!
Apenas aqueles que vivem acima da média normal têm o tal Paraíso, nesta terra:
uma viagem até um local paradísico… uma casa que parece um palácio… um carro digno de um rei…
Ser Rei!!! Eis o sonho de todos os Seres humanos, o meu e o teu… temos de admitir!
«O rei David concluiu com eles uma aliança diante do Senhor e eles ungiram David como rei de Israel.»
Mas, há sempre algo que o Rei, para ser Bom Rei, tem que dar… a tal aliança! O propósito de aceitar Ser Missão:
«Damos graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina.»
Esta herança de SER Filho do Deus Vivo, de Ser Luz, de Ser REI e de cantar efusivamente:
«Alegrei-me quando me disseram: “Vamos para a casa do Senhor”.»
E… quando aceitarmos que esta vida é O caminho que nos leva ao convívio com o Pai,
ao cumprimento do Seu Plano que nos dará a felicidade plena…
então, sentiremos o nosso Baptismo como um Paraíso sem fim, onde somo Profetas, Sacerdotes e Reis!
Hoje, terminamos o ano litúrgico com ânsia no coração!
Do Alto da Cruz vem o gesto mais belo e poderoso que um Rei dá ao Seu Amado Povo.
Ao mesmo Povo que o insulta, que faz Dele um Ser desprezível e digno de troça:
«Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo».
Esta ansiedade de querermos ver o Pai, é O Cristo Rei do Universo quem semeia em nós.
Não é uma sensação que nos abandona nas trevas, nem nas dúvidas da morte…
«…o Messias de Deus, o Eleito» aceita a Sua Condição de Rei do Serviço até ao final, até às últimas consequências!
É o Bom Rei que celebra a Aliança do Amor comigo e contigo,
que somos Baptizados e herdeiros deste Reino de Paz e Justiça.
A Missão que temos neste mundo é de um verdadeiro Rei:
Oferecer o Paraíso a todos os que partilham o dia-a-dia connosco.
Jesus, o Cristo, O Rei do Universo criado pelo Pai, é o único modelo que devemos ansiar na nossa Vida,
para Sermos Luz, Paz, Justiça, Amor.
Esta condição humana e divina que nos habita tem de ser muito mais do que palavras escritas,
muito mais do que sílabas disparadas pela boca de quem quer anunciar o Evangelho…
Somos Baptizados, somos Cristãos, somos Corpo da Igreja onde Jesus é a Cabeça…
Somos Uma Missão! 
Já te colocaste no alto de uma cruz?
O que te levaria a fazê-lo?
Um grande e imenso Amor!…
Por Amor tomamos atitudes impensáveis…
bem ao jeito de Deus, nosso Pai, que torna o impossível possível…
Que anseies sempre viver para, e pelo Amor Divino,
e que o Teu Paraíso seja uma troca gratuita de gestos livres,
em função da felicidade de quem mais sofre!
Arrisca… És Rei… O que te impedirá?
Liliana Dinis