XXIV TEMPO COMUM:
«Não compreendes… » - Ano B
“A humanidade precisa compreender!”
O maior erro humano é procurar a Fé na
sombra da compreensão.
Deus não é um Ser com princípio, meio e fim… Ele é o Alfa e o Omega!
A lógica divina é tão maravilhosa, que a humana é incapaz de alcançá-la.
A ação de Deus em cada coração é tão meticulosa, que as obras falam por si.
Permitir que a Cruz seja um sinal positivo nas nossas vidas, é ser de Deus.
Mas… E quem, entre nós, quer ter (ou mesmo ser) essa sentença?
Meu Deus…
perante a dureza do caminho não resisto, nem recuo,
pois em Ti encontro o meu único auxílio.
Cada gesto meu será para que o Teu Reino se edifique.
Que eu mostre a minha Fé com as minhas obras.
Que eu abrace a minha Cruz e siga Jesus, Teu Filho muito amado…
Aquele que é o Messias!
Hoje, no Evangelho do 24º Domingo do Tempo
Comum, do Ano B, o Filho do Homem abre o livro.
Coloca todas as cartas na mesa e não faz bluff…
A Liturgia em questão transpira com a pressão dos olhares, das questões, das
respostas!
O Profeta Isaías interroga as acções: «Quem é o meu adversário?»
S. Tiago intensifica a dúvida: «De que serve a alguém dizer que tem
fé, se não tem obras?»
E O Messias levanta a derradeira questão: «E vós, quem
dizeis que Eu sou?».
Estes versículos bíblicos, escritos há
mais de 2000 anos,
apresentam-nos a atualidade nua e crua!
Não reconhecemos a presença de Deus em situações boas e favoráveis da nossa
vida.
Quando temos algo ou alguém que compromete a nossa vida é que desejamos a Sua
presença…
Devíamos aceitar que o Senhor da Vida vem até nós, sempre.
O Messias fita-nos nos olhos e quer uma
resposta visível…
Ficaste sem palavras? É porque não precisas falar, mas sim fazer! Ir ao
encontro, pessoalmente!
Sai do mundo virtual…
as redes sociais são palavras sem obra… são amizade sem abraço, sem beijo e sem
entrega…
e Jesus quer saber quem é para ti. Tu… que és Seu Amigo!
“É a tua cruz!”
é a expressão que define um marido infiel, uma má esposa, um filho
toxicodependente,
uma doença rara, uma deficiência, a falta de dinheiro, a tristeza profunda,
tudo o que provoca qualquer tipo de dor.
No dia em que esta expressão seja sinónimo de boas obras pelos outros,
o mundo ferido e cansado terá Paz e Alegria sem fim.
Hoje, é urgente aceitar a Cruz que
trazemos, gravada no peito, desde o dia em que nascemos.
Cada gesto meu e cada gesto teu definem quem é o Messias na nossa vida.
Jesus faz com que a vida de cada um de nós seja uma Cruz positiva, majestosa e
bela,
na vida de quem mais sofre.
És Baptizado? Então, ousa Ser Cruz…
P.S. Não sabes como?
Pesquisa na net: Obras de Misericórdia (Corporais e Espirituais) e faz delas a
tua Cruz!
Liliana Dinis