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PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

sábado, 19 de dezembro de 2020

IV DOMINGO ADVENTO B- A partir da Palavra

 

IV DO ADVENTO: «Não temas, Maria…» - Ano B

São de estatura baixa. Aparentam uma forma singela.

Mostram-se menos fortes. Falam mais baixo.
Mas, são o início da vida. São o primeiro porto seguro da barca que é a Igreja.
São o portal mágico que transporta a humanidade inteira para este mundo!
São mulheres! São coragem pura e única…

 

Maria é a Arca da Aliança. É o templo sagrado que alberga e protege a humanidade.
Deus Pai, que é Misericordioso sem limites,
escuta a nossa invocação e permanece firme à aliança que estabeleceu com o Seu Povo.
A aliança que Maria dá vida!
Jesus, O Cristo, é a revelação divina…
É a manifestação do próprio Deus a todos os que obedecem e vivem na Fé, como Maria viveu!

 

Hoje, o 4º domingo do Advento, do Ano B, traz-nos A Mãe.
A Mulher que partilhou o Seu Filho com a humanidade.
A Menina que teve a coragem de um verdadeiro herói ao responder, humildemente:
«Eis a escrava do Senhor…»

 

Vivemos no século XXI.
Fomos bafejados pela liberdade total.
Quem se atreve a aceitar a condição de escravo?
Nem eu, nem tu!
Maria também era livre. Todos os viventes são livres.
Deus semeia-nos no ventre da nossa mãe,
sonha com a nossa vida e anseia, para cada um de nós,
uma vida fértil em felicidade.
Sem impor a Sua presença… Sem ordenar a missão… Sem exigir…
Ama-nos… fita-nos com palavras doces: «encontraste graça diante de Deus.»
e aguarda, pacientemente, o nosso “Sim!” convicto e firme.

 

Maria é o princípio da nossa salvação.
Esta Mulher Menina de coração simples,
carrega o Verbo divino e no silêncio faz brotar a semente da Esperança.

 

No Rosto de Maria encontramos a Caridade mais pura e casta de todos os tempos.
Viver ao sabor da Mãe do Filho do Altíssimo é a provocação mais generosa
que podemos encontrar na vida.
O que nos deixa perturbados? Porque permanecemos parados?
O medo prende os nossos gestos.
O escasso relacionamento que temos com o Bom Deus
arrasta-nos para a insensatez de negarmos o pedido do Pai.

 

Hoje, a Mulher que salva a tua vida quer-te!
Deseja-te com um amor profundo.
A Sua boca silencia as tuas dúvidas e devaneios.
Os Seus ouvidos aguardam o chilrear do teu canto.
O Seu olhar está virado para os teus pés
que partem para a anunciar a Esperança, num Menino que irá nascer!

 

Atreve-te e partilha a alegria de cumprir a vontade do Pai.


Liliana Dinis

HORÁRIO DAS CELEBRAÇÕES EM TEMPO DE NATAL 2020 - ALTERAÇÃO

 




IV DOMINGO ADVENTO B

 


domingo, 13 de dezembro de 2020

III DOMINGO ADVENTO B - A partir da Palavra

 

III DO ADVENTO: «…Alguém que não conheceis.» - Ano B
Caminhavam errantes pelo mundo. Ninguém os conheciam, mas a sua alegria era contagiante!
Quando chegavam à cidade, a música, a magia e as luzes cobriam os rostos dos mais novos!
Era o circo! Trazia sempre uma novidade… libertava gargalhadas e alimentava sonhos!
Nestes tempos de desilusão e ilusão, exultar de alegria é sinónimo de Esperança.
Em nós o Senhor da Vida faz maravilhas.
Somos Felizes com a Misericórdia que o Bom Deus nos oferece.
A fidelidade ao nosso Baptismo é como o sol que nasce a cada amanhã.
A oração abre a nossa mente ao Santo Espírito e afasta-nos do mal.
Hoje, no 3º domingo do Advento, S. João Baptista, o enviado por Deus, esclarece-nos:
«Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.»
Com palavras tão fortes e firmes, a Voz que clama no deserto,
inunda a nossa vida com borboletas coloridas que nos provocam felicidade.
Respiramos de alívio e a Esperança aquece o nosso coração!

Vivemos uma nova era. O mundo já não vive na sombra do medo.
A noite já não é iluminada por lamparinas alimentadas a azeite.
No entanto, as trevas tomaram proporções elevadas e mais temíveis:
Recusamo-nos a endireitar o caminho por onde passamos.
Continuamos sem querer conhecer Aquele Alguém que S. João Baptista tanto apregoava.
Agora sim… somos corações pobres e atribulados… cativos e tristes.

Neste preciso momento, Tu és o enviado por Deus…
O Espírito Santo está em ti.
Todo o teu íntimo é uma fonte inesgotável do Amor do Pai.
Desvela-te!
Não te detenhas, nem tenhas medo de Ser testemunha da Luz que veio ao mundo.

Quando a noite e o luar vão altos…
Tu podes ser a chama mais pequena que existe,
mas se acreditares que O grande Profeta está para chegar,
iluminarás a vida de todos os que andam perdidos e sós.

Viver o Baptimo que recebemos é limpar, constantemente, a nossa Alma.
Recomenda-se um exame de consciência diário, ao deitar…
e de manhã acordamos com aquela sensação de cara lavada!

Não deixes para depois o que precisas edificar agora.
Semeia palavras de Alegria…
Espalha sorrisos de Esperança…
Alimenta a Fé com gargalhadas audíveis…
e abraça a todos, sem distinção,
com um olhar que transborde Caridade!


Revela-te! Sê o circo que chega à cidade
Liliana Dinis

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

UM GESTO ENORME, NA SIMPLICIDADE E SEM PUBLICIDADE

Um gesto enorme... de fé, de confiança na Mãe de Deus, sem publicidade, na simplicidade, enfrentado a 'adversidade' do tempo, coxeando sob o peso dos seus anos e da sua frágil saúde ...realizado no dia da Solenidade da Imaculada Conceição... pelo Papa Francisco. 

É um gesto habitual, de todos os anos...mas este ano realizado de modo tão diferente e tão eloquente! O Santo Padre desloca-se à Praça de Espanha (Roma) onde está erigida a imponente estátua à Imaculada Conceição (chamada Coluna da Imaculada), para aí rezar e colocar um ramo de flores. Depois vai à Basílica de Santa Maria Maior e deposita o ramo diante da imagem de Maria Mãe de Deus (Salus Populi Romani). Veja-se.

UM GESTO À MÃE DE DEUS



terça-feira, 8 de dezembro de 2020

BÊNCÃO DA VIDA NASCENTE (grávidas): 8 Dezembro

Solenidade da Imaculada Conceição, a mãe que espera o seu filho com  ternura, pronta para as 'surpeendentes maravilhas' que Deus lhe propõe. Dia de 'esperar a vida', dia de entender que a vida é um dom, dia da 'maternidade' acolhedora.

Na Igreja paroquial de Mira de Aire celebrou-se - na Eucaristia da solenidade - a bênção da vida nascente, a bênção das 'mães' que se preparam para dar à luz do dia a vida que trazem no seu ventre. 


Maria seja o seu modelo de maternidade, modelo de acolhimento, modelo de ternura e 'regaço' que aconchega.

Não há pandemia que nos impeça (nem nos pode impedir) de nos alegrarmos e agradecermos a graça da vida.

Felizes as mães e os pais, os que puderem e os que quiseram estar presentes e receber a bênção de Deus para a vida dos seus filhos, mas também felizes todos os pais que estão prestes a ter nos seus braços a vida transmitida.





















sábado, 5 de dezembro de 2020

II DOMINGO ADVENTO B - A partir da Palavra

 

II DO ADVENTO: «…remissão dos pecados.» - Ano B

Apregoavam pela cidade, pela aldeia, por todos os cantos.

Gritavam com todas as forças… e todos vinham comprar o jornal!

Já não se grita na rua. Só os loucos é que o fazem…
São acusados de perturbar a ordem e o silêncio da polvorosa diária, aniquila a voz dos sem voz.
Já não há ardinas! Já não há quem anuncie as boas notícias!

Porque guardamos e escondemos o melhor que nos é dado?
Em cada um de nós há uma voz
que é amarfanhada pelo peso da cobardia, que qualifica a humanidade inteira.
Pedimos incessantemente que o Bom Deus se revele.
Mas, afastamo-nos do pobre, porque cheira mal e as suas roupas estão sujas.
A humildade e uma vida Santa não nos satisfaz…
Afirmar, com alegria, que somos Baptizados é algo do passado!

O 2º domingo do Advento, presenteia-nos com a bela figura de João, O Baptista.
Aquele que entoava no deserto a vontade do Pai e fazia da pele de camelo,
uma veste rica em Esperança, em Fé e em Caridade.
A Voz grita, permanentemente: «Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas».
O nosso coração tem de ficar preparado
para aceitar Aquele que não somos dignos de desatarmos as correias das sandálias.

Hoje, tu és a Voz que está em silêncio…
Não temas abrir a tua boca para anunciar que o Menino Deus nascerá.
Dentro do teu íntimo urge a vontade insaciável de te encontrares com o Salvador.

Amarra aquele pecado maior: o da omissão!
A desculpa pré-definida que te ecoa na mente: “Não tenho tempo!”
deve ser apagada do teu bloco de notas.
A introspeção pessoal: “Não sou capaz!
tem de ser dominada pela certeza absoluta de que Deus confia em ti.
Tu és a VOZ deste tempo surdo e mudo para a Caridade.

Que o fogo do Espírito Santo incendeie a Boa Nova
no coração dos que andam pelos caminhos tortuosos da mentira…
Que os vales da inveja sejam alteados…
Que os montes da discórdia sejam abatidos…
Que as colinas do orgulho desmedido sejam aniquiladas…

Aceita a Caridade que João Baptista tanto apregoa
e faz a tua vida um pregão sem fim!

Hoje, o ardina sou eu… és TU!
Vamos endireitar as veredas.

Liliaana Dinis

II DOMINGO ADVENTO B

 


domingo, 29 de novembro de 2020

I DOMINGO ADVENTO B (2020) - A partir da Palavra

I DO ADVENTO «Vigiai!» - Ano B Já não se ouve o apitar do Comboio… Na mão erguia-se a lanterna acesa… Na mente a alegria da tranquilidade do dever cumprido! Mas, o Metro vem silenciar tudo o que desperta em nós o estado da boa ansiedade. Já não há Vigias. É preciso VIGIAR! Estar atento ao palpitar do nosso coração. Acolher a vontade do Pai e libertar a alma. Sair desenfreadamente para anunciar a vinda do Messias! Cansados de escutar o mesmo pedido? SIM! Então, porque não o realizamos? Invocamos hoje, amanhã e para todo o sempre o Nome de Deus! Somos o barro que o oleiro deu forma. Em cada um de nós habita um rasto de Paz e uma força extasiante. Por isso, afastarmo-nos do caminho do Pai, provoca medo e suja as nossas vestes. A certeza de que o Senhor é Misericordioso mantem-nos firmes na Fé. Quando nos arrancam o coração, com pequenos sinais de que o mundo não quer mudar, é a Palavra que sai da boca do Cristo, que fortalece a nossa Esperança. No 1º domingo do Advento, do Ano B, o Homem deixa a sua casa ao cuidado dos Servos. Parte! Deixa a promessa que voltará: «…se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se de manhãzinha; não se dê o caso que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir.» Eis que descobrimos: o nosso tempo não é o tempo de Deus! Tu e eu somos os Servos. A tarefa é, sem qualquer dúvida, AMAR. Quem? A TODOS (sem distinção). Quando? Hoje! Como? Intensa e imensamente! Negar esta missão… é permanecer num sono pesado e fútil. É não ter VIDA! É viver no medo! Servo de Deus… Mantem os olhos abertos! Nos ouvidos instala a última aplicação, que este mundo inventou, para bloquear o mal e amplificar o bem. Não retenhas no teu barro a Vida que o Pai soprou: Ousa! Acolhe a Caridade como único sangue que te corre nas veias. Sê testemunha da graça do Pai e Acorda! Nós somos Igreja… Nós somos eternos Vigias! É tempo de partilhar a Caridade! Eis a tarefa mais bela, que o Bom Deus nos dá. Acolhe-a! Liliana Dinis