DESTAQUE

PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

sábado, 29 de fevereiro de 2020

I DOMINGO QUARESMA (A) - A partir da Palavra

I DOMINGO QUARESMA: 'Naquele tempo Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto'
Por todos os fiéis da santa Igreja, para que, neste tempo favorável da Quaresma, se reconciliem uns com os outros e com Deus…”
Perdemo-nos no tempo e nos lugares que sentimos que são mais encantadores!
Gostamos de tudo o que é de fácil acesso! Precisamos de ter poder! Amamos ser superior ao outro!
Passamos indiferentes pela dor de quem chora! Não nos agarramos ao Serviço gratuito nem à interajuda!
Rezar, jejuar, oferecer o que temos a sobrar (já não se pede um pouco do que temos…)
é totalmente contra a lógica do mundo em que vivemos, hoje!
E agora? Será que precisamos da Quaresma? Será que a Reconciliação com os outros e com Deus faz sentido? 
Parece que não aprendemos (nada) com as metáforas bíblicas!
Duvidamos de tudo o que está escrito e não queremos comparações com o que já passou…
Somos muito melhores do que todos os que viveram no passado.
No entanto, a “serpente” continua a falar
e nós voltamos a aceitar o que um animal diz como a melhor máxima para a nossa vida:
«De maneira nenhuma! Não morrereis.
Mas Deus sabe que, no dia em que o comerdes,
abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como deuses, ficando a conhecer o bem e o mal»
Conhecer o bem e mal… isso seria tão bom!
O pecado já não seria opção!
A bondade, a paz, a OBEDIÊNCIA fariam as delícias do nosso dia-a-dia!
«De facto, como pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores,
assim também, pela obediência de um só, todos se tornarão justos.»
Não somos capazes de aceitar a Lei, a Palavra de Deus e o Amor como pontos bem definidos.
Afastamo-nos de Deus, repelimos os outros com atitudes desagradáveis e permitimos que o pecado vença, novamente.
Então, como nos sentimos profundamente abandonados e infelizes…
quando descobrimos que estamos nus e a vergonha ataca-nos… lembramo-nos:
«Criai em mim, ó Deus, um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme.
Não queirais repelir-me da vossa presença e não retireis de mim o vosso espírito de santidade.»
Hoje, a liturgia do 1º domingo da Quaresma, do Ano A, envia-nos para o deserto, para coabitarmos com a tentação,
para sentirmos o que é o pecado e para vivermos livremente tudo o que o mundo nos oferece.
Então, como Jesus: «Jejuou quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome.»
Iremos sentir fome!!! Fome de tudo…
e assim, totalmente, vulneráveis,
estaremos mais fracos aos olhos do mal,
mas mais fortes aos olhos de Deus!

Esta cultura de fome… este ritmo sem melodia…
esta vida de morte… este levantar sem caminhar…
é o que o mundo nos apresenta no século da ciência e da tecnologia!
Que triste é ver jovens a defenderem o que é mais fácil, sem descobrirem a beleza do Amor de Deus.
Que assustador é escutar palavras de ordem contra o Pai Criador, porque exige muito dos Seus Filhos,
quando o Bom Senhor tudo nos dá para nosso sustento e para nossa alegria.

Hoje, a tua Missão não é fácil… hoje, os Cristãos Baptizados que se alimentam da Eucaristia,
aqueles que anseiam estar bem preparados para a Páscoa, aqueles que saboreiam a Quaresma,
são verdadeiras aves raras! Eu quero ser obediente! Eu quero ser ave rara! e tu?
Vamos jejuar? Vamos rezar? Vamos partilhar o pouco que temos? Temos 40 dias para aprendermos a voar!
Não deixes passar a oportunidade de te conduzires pelo Amor de Deus no deserto… Diz: “SIM!” ao teu Baptismo!

I DOMINGO QUARESMA (A)


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

4 PROPOSTAS PARA A QUARESMA 2020 NAS PAROQUIAS DE ALVADOS, MIRA DE AIRE E SÃO BENTO


Quaresma 2020

‘’Reconciliai-vos com Deus’
Extracto da Mensagem Quaresmal  do Papa Francisco

“Nesta Quaresma de 2020, quero estender a todos os cristãos o mesmo que escrevi aos jovens na Exortação apostólica Christus vivit: «Fixa os braços abertos de Cristo crucificado, deixa-te salvar sempre de novo. E quando te aproximares para confessar os teus pecados, crê firmemente na sua misericórdia que te liberta de toda a culpa. Contempla o seu sangue derramado pelo grande amor que te tem e deixa-te purificar por ele. Assim, poderás renascer sempre de novo… 
Quanto mais nos deixarmos envolver pela sua Palavra (de Deus), tanto mais conseguiremos experimentar a sua misericórdia gratuita por nós. Portanto não deixemos passar em vão este tempo de graça, na presunçosa ilusão de sermos nós o dono dos tempos e modos da nossa conversão a Ele...
Colocar o Mistério pascal no centro da vida significa sentir compaixão pelas chagas de Cristo crucificado presentes nas inúmeras vítimas inocentes das guerras, das prepotências contra a vida desde a do nascituro até à do idoso, das variadas formas de violência, dos desastres ambientais, da iníqua distribuição dos bens da terra, do tráfico de seres humanos em todas as suas formas e da sede desenfreada de lucro, que é uma forma de idolatria.”
GESTOS CONCRETOS E ACÇÕES PARA A QUARESMA
(quatro propostas):
1.    RETIRO POPULAR
Com já vem sendo um bom hábito, eis um instrumento à disposição de cada cristão que deseje, para valorizar a leitura orante da Palavra de Deus, em grupo (ou até individualmente). A grelha com os vários grupos estará exposta na entrada da Igreja e qualquer um pode associar-se a um desses grupos de reflexão e partilha. Há guiões de apoio nos lugares habituais das igrejas.

2.    RENÚNCIA QUARESMAL
Eis um modo de partilhar com uma acção concreta, proposta pelo nosso bispo. Diz ele na sua carta para a Quaresma: A coleta desta renúncia na nossa diocese será canalizada para a Diocese de Tete, em Moçambique, cujo bispo, D. Diamantino Antunes, é missionário da Consolata e natural de Albergaria dos Doze. A diocese tem uma superfície de 100.724km2, maior que Portugal, com uma população de 3.764.169 habitantes, dos quais só 23% são católicos. É uma diocese pobre, carente de recursos humanos e materiais para a obra de evangelização. Demos, pois, um testemunho forte de generosidade na partilha!A maneira habitual de realizar este gesto, passa pelo retirar do envelope 'próprio' existente nas entradas das igrejas, fazer alguma renúncia de valor pecuniário - pensando na intenção que é sugerida - e devolver o envelope, com o valor da renúncia, no ofertório das missas do domingo de Ramos. Como já sabemos não importa tanto o quanto se dá, mas a 'verdade' da renúncia (que significa pensar nos que tem mais necessidade e podem ser ajudados por nós, pouco ou muito)
3.    24 HORAS PARA O SENHOR
Repropõe-se, a partir da sugestão do Papa Francisco, a iniciativa “24 horas para o Senhor”. A adesão das comunidades tem sido ‘surpreendentemente’ bela, envolvendo grupos existentes e outros que se formam ‘ad hoc’. Para isso basta que, com seriedade, queiram 'responsabilizar-se' por 1 hora diante do Santíssimo, na Igreja de Mira de Aire. das 18h do dia 20 às 18h do dia 21 de Março. Assinalem já a vossa hora na grelha existente no Cartório (ou na sacristia). 

4.    PEREGRINAÇÃO DIOCESANA A FÁTIMA
No dia 29 de Março. Nesse domingo, não haverá as missas habituais, pois o nosso bispo diz-nos ‘convido todos a participar e, de modo particular, os jovens’.  E eu acrescento: que adiram os jovens e seus pais e muitos das comunidades paroquiais.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

MENSAGEM SANTO PADRE PARA A QUARESMA 2020


Com o sentido de ajudar a sintonizar-nos com o tempo que estamos a iniciar pode ser bom e útil ler e meditar o texto a seguir.
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Mensagem do Santo Padre para a Quaresma de 2020

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA A QUARESMA DE 20
20

«Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus» (2 Cor 5, 20)

Queridos irmãos e irmãs!

O Senhor concede-nos, também neste ano, um tempo propício para nos prepararmos para celebrar, de coração renovado, o grande Mistério da morte e ressurreição de Jesus, perne da vida cristã pessoal e comunitária. Com a mente e o coração, devemos voltar continuamente a este Mistério. Com efeito, o mesmo não cessa de crescer em nós na medida em que nos deixarmos envolver pelo seu dinamismo espiritual e aderirmos a ele com uma resposta livre e generosa.

  1. O Mistério pascal, fundamento da conversão

A alegria do cristão brota da escuta e receção da Boa Nova da morte e ressurreição de Jesus: o kerygma. Este compendia o Mistério dum amor «tão real, tão verdadeiro, tão concreto, que nos proporciona uma relação cheia de diálogo sincero e fecundo» (Francisco, Exort. ap. Christus vivit, 117). Quem crê neste anúncio rejeita a mentira de que a nossa vida teria origem em nós mesmos, quando na realidade nasce do amor de Deus Pai, da sua vontade de dar vida em abundância (cf. Jo 10, 10). Se, pelo contrário, se presta ouvidos à voz persuasora do «pai da mentira» (Jo 8, 44), corre-se o risco de precipitar no abismo do absurdo, experimentando o inferno já aqui na terra, como infelizmente dão testemunho muitos acontecimentos dramáticos da experiência humana pessoal e coletiva.

Por isso, nesta Quaresma de 2020, quero estender a todos os cristãos o mesmo que escrevi aos jovens na Exortação apostólica Christus vivit: «Fixa os braços abertos de Cristo crucificado, deixa-te salvar sempre de novo. E quando te aproximares para confessar os teus pecados, crê firmemente na sua misericórdia que te liberta de toda a culpa. Contempla o seu sangue derramado pelo grande amor que te tem e deixa-te purificar por ele. Assim, poderás renascer sempre de novo» (n. 123). A Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado: pela força do Espírito Santo é sempre atual e permite-nos contemplar e tocar com fé a carne de Cristo em tantas passoas que sofrem.

2. Urgência da conversão

É salutar uma contemplação mais profunda do Mistério pascal, em virtude do qual nos foi concedida a misericórdia de Deus. Com efeito, a experiência da misericórdia só é possível «face a face» com o Senhor crucificado e ressuscitado, «que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gl 2, 20). Um diálogo coração a coração, de amigo a amigo. Por isso mesmo, é tão importante a oração no tempo quaresmal. Antes de ser um dever, esta expressa a necessidade de corresponder ao amor de Deus, que sempre nos precede e sustenta. De facto, o cristão reza ciente da sua indignidade de ser amado. A oração poderá assumir formas diferentes, mas o que conta verdadeiramente aos olhos de Deus é que ela escave dentro de nós, chegando a romper a dureza do nosso coração, para o converter cada vez mais a Ele e à sua vontade.

Por isso, neste tempo favorável, deixemo-nos conduzir como Israel ao deserto (cf. Os 2, 16), para podermos finalmente ouvir a voz do nosso Esposo, deixando-a ressoar em nós com maior profundidade e disponibilidade. Quanto mais nos deixarmos envolver pela sua Palavra, tanto mais conseguiremos experimentar a sua misericórdia gratuita por nós. Portanto não deixemos passar em vão este tempo de graça, na presunçosa ilusão de sermos nós o dono dos tempos e modos da nossa conversão a Ele.

3. A vontade apaixonada que Deus tem de dialogar com os seus filhos

O facto de o Senhor nos proporcionar uma vez mais um tempo favorável para a nossa conversão, não devemos jamais dá-lo como garantido. Esta nova oportunidade deveria suscitar em nós um sentido de gratidão e sacudir-nos do nosso torpor. Não obstante a presença do mal, por vezes até dramática, tanto na nossa existência como na vida da Igreja e do mundo, este período que nos é oferecido para uma mudança de rumo manifesta a vontade tenaz de Deus de não interromper o diálogo de salvação connosco. Em Jesus crucificado, que Deus «fez pecado por nós» (2 Cor 5, 21), esta vontade chegou ao ponto de fazer recair sobre o seu Filho todos os nossos pecados, como se houvesse – segundo o Papa Bento XVI – um «virar-se de Deus contra Si próprio» (Enc. Deus caritas est, 12). De facto, Deus ama também os seus inimigos (cf. Mt 5, 43-48).

O diálogo que Deus quer estabelecer com cada homem, por meio do Mistério pascal do seu Filho, não é como o diálogo atribuído aos habitantes de Atenas, que «não passavam o tempo noutra coisa senão a dizer ou a escutar as últimas novidades» (At 17, 21). Este tipo de conversa, ditado por uma curiosidade vazia e superficial, carateriza a mundanidade de todos os tempos e, hoje em dia, pode insinuar-se também num uso pervertido dos meios de comunicação.

4. Uma riqueza que deve ser partilhada, e não acumulada só para si mesmo

Colocar o Mistério pascal no centro da vida significa sentir compaixão pelas chagas de Cristo crucificado presentes nas inúmeras vítimas inocentes das guerras, das prepotências contra a vida desde a do nascituro até à do idoso, das variadas formas de violência, dos desastres ambientais, da iníqua distribuição dos bens da terra, do tráfico de seres humanos em todas as suas formas e da sede desenfreada de lucro, que é uma forma de idolatria.

Também hoje é importante chamar os homens e mulheres de boa vontade à partilha dos seus bens com os mais necessitados através da esmola, como forma de participação pessoal na edificação dum mundo mais justo. A partilha, na caridade, torna o homem mais humano; com a acumulação, corre o risco de embrutecer, fechado no seu egoísmo. Podemos e devemos ir mais além, considerando as dimensões estruturais da economia. Por este motivo, na Quaresma de 2020 – mais concretamente, de 26 a 28 de março –, convoquei para Assis jovens economistas, empreendedores e transformativos, com o objetivo de contribuir para delinear uma economia mais justa e inclusiva do que a atual. Como várias vezes se referiu no magistério da Igreja, a política é uma forma eminente de caridade (cf. Pio XI, Discurso à FUCI, 18/XII/1927). E sê-lo-á igualmente ocupar-se da economia com o mesmo espírito evangélico, que é o espírito das Bem-aventuranças.

Invoco a intercessão de Maria Santíssima sobre a próxima Quaresma, para que acolhamos o apelo a deixar-nos reconciliar com Deus, fixemos o olhar do coração no Mistério pascal e nos convertamos a um diálogo aberto e sincero com Deus. Assim, poderemos tornar-nos aquilo que Cristo diz dos seus discípulos: sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5, 13.14).

Roma, em São João de Latrão, 7 de outubro de 2019,
Memória de Nossa Senhora do Rosário.

COLHEITA DE SANGUE - Mira de Aire


sábado, 22 de fevereiro de 2020

CINZAS - quarta-feira


CINZAS 



Se fores à missa na Quarta-Feira de Cinzas (26 de fevereiro), vais participar numa cerimónia muito interessante. É a imposição das cinzas em todas as pessoas. Trata-se de um sinal muito interessante, que só acontece uma vez por ano.
O sacerdote vai colocar-te um pouco de cinza sobre a cabeça e dizer: «Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar.» Ou então: «Arrepende-te e acredita no Evangelho.»
Sabes o que significam as cinzas? Em muitos passos bíblicos, o arrependimento é expresso com este gesto de lançar cinzas sobre a cabeça, ou então dormir sobre ela (Jn 3,6 r Jt 4,11). A cinza é também um sinal da fragilidade e da pequenez do homem.
Assim, a liturgia quer que te recordes de como podemos ser fracos e de como é necessário estarmos sempre atentos e sempre em processo de reconstrução interior.