DESTAQUE

PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

ALMOÇO DA MORCELA 'MIRENSE' - 11 DE NOVEMBRO

A NÃO PERDER...
sabor único, com muita dose de 'classe' e 'embrulhada' em amizade...


RESERVAS:  junto dos quarentões e no Cartório Paroquial...

sábado, 20 de outubro de 2018

NO DIA MUNDIAL DAS MISSÕES - 21 Outubro 2018

SERVIR, COMO JESUS

Redenção…
Quando há redenção… há Paz, há Justiça e há Amor.
Na Redenção o mar une continentes, une países, une terras, une povos e une corações.
Se a Redenção chegar ao teu peito… Se a Redenção for o teu caminho… Se a Redenção for a tua Missão:
a Paz, a Justiça e o Amor não serão utopia… Serão fortes, poderosos e magnos como o mar!

Não esmaga o mar a rocha e a areia?
Ficará a rocha sem beleza e a areia sem alegria? E o mar? Será maldade e castigo?
O sofrimento não será repartido por ambas as partes?
E o que lhes resta? A Bonança que se ergue apoteoticamente após a tempestade…
«Terminados os sofrimentos, verá a luz e ficará saciado na sua sabedoria.»

A Deus, rogamos neste dia consagrado às Missões:
«Desça sobre nós a vossa misericórdia, porque em Vós esperamos, Senhor.»Esperamos a coragem para aceitarmos partir pelo mar
ao encontro dos que sofrem com a privação de não conhecer a Boa Nova, anunciada pelo Messias.
Esperamos a audácia de ser barquinho de papel nas mãos do Senhor,
para que a vontade do Pai se cumpra, hoje e para todo o sempre!
Esperamos que o Espírito Santo nos transforme a Alma em água pura e santa,
semelhante àquela que nos lavou a fronte, no dia do nosso Baptismo!

E… quando fecharmos os ouvidos à Misericórdia de Deus…
Quando cairmos por terra com todo o sofrimento que atraímos, gratuitamente, à nossa vida…
Que a Esperança venha e, nos erga, com “aquela” Fé inabalável no nosso «sumo sacerdote», que sofreu, 
por cada um de nós, horrores, que «(…) foi provado em tudo, à nossa semelhança, excepto no pecado»
«veio para servir e dar a vida pela redenção de todos.»
Veio para Ser Missão! Nada jamais nos poderá abalar…

Hoje, no 29º domingo do Tempo Comum, do Ano B, a Liturgia interroga-nos:«Que quereis que vos faça?».
MAS, responde-nos: «…quem entre vós quiser tornar-se grande, será vosso servo, 
e quem quiser entre vós ser o primeiro, será escravo de todos.»
O que nos avassala o navegar é a nossa dúbia resposta: «Podemos»Pois é!!! Podemos, mas não queremos! Podemos, mas não fazemos! 
Podemos e conhecemos, mas não colocamos em prática nem vivemos…

Que belo é o mar com toda a sua excelência!
É o exemplo perfeito do Deus misericordioso que habita em mim e em ti!
Tu e eu podemos ser areia… podemos ser rocha! Podemos, mas…
Este Ser Missão na linha da frente, deixa-nos com vontade de nos indignarmos contra Tudo e contra Todos…
Este Ser Evangelizador e  «Beber o cálice»que o nosso Salvador bebeu 
SEM«a glória de nos sentarmos um à direita e outro à esquerda»é o que nos trama a vontade de poder Ser Rocha e Ser Areia!

Como eu queria dizer: “Rendo-me, Senhor à Tua Vontade e quero Ser missão!”
Ser aqui, neste velhinho continente, na nossa Europa, Amor sem condição!
Ser do outro lado do mar, nas Américas, humildade infinita!
Ser aqui ao lado, na Ásia, Justiça ao partilhar o Pão!
Ser lá bem longe, na Oceânia, Esperança a desabrochar no nosso Deus!
Ser no coração do mundo, nesta África tão maltratada, Redenção e Alegria!
Ser o que Tu, Jesus, queres que eu seja… Sem esperar “um lugar”! 
Ser… apenas Ser! E… Partir em Missão!

Liliana Dinis
-  conferir ainda a Mensagem do Santo Padre para este dia:
https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/messages/missions/documents/papa-francesco_20180520_giornata-missionaria2018.html

XXIX DOMINGO COMUM (21 Outubro 2018)

Uma nova proposta

«Concede-nos um lugar na tua glória», pediram-lhe, como se nada fosse, os ambiciosos discípulos, Tiago e João, na subida para Jerusalém. Jesus tinha anunciado, pela terceira vez, um amanhã sombrio, marcado pela violência, a tortura e a morte. À semelhança do servo de Deus, na perspetiva do profeta Isaías, Ele ia oferecer a vida como «sacrifício de expiação» para «justificar a multidão de homens e mulheres». Sem entender o projeto do Mestre, receosos mas também expectantes, os discípulos discutem os lugares de honra e de governo num reino que havia de se estabelecer. Há entre eles cenas de ciúmes. Rivalizam entre si para alcançar a “pole position”.

A natureza humana tem estas armadilhas. E não nos dá descanso. Empurra-nos para pequenas guerras, faz-nos entrar competição constante, estica a corda através da qual medimos a distância entre o que somos e o que sonhamos ser, onde estamos e para onde desejamos ir, tendo, por vezes, o vizinho como critério de comparação. Cansamo-nos nestas correrias até um dia… talvez nesse dia, mudemos o paradigma.

Nesse dia, percebemos que o homem aperfeiçoou as técnicas para alcançar os primeiros lugares, os lugares de destaque, o topo de hierarquia. Desde o berço, fomos formatados através da linguagem do prémio e do castigo, da gratificação e da frustração, para «dar tudo» até ocupar «o cargo», «para mandar e ganhar muito» para ser famoso. As crianças, as mais belas caixas de ressonância do mundo, depressa sabem que os adultos ocupam diferentes lugares na hierarquia social. Sabem ainda que «ganhar muito e ter poder» mobiliza muita gente.

É fácil entrar nesta engrenagem. Difícil é resistir propondo, mesmo que seja em pequena escala como nos espaços eclesiais, modelos alternativos de relação e de governo em que o mais importante é o bem comum. Esse bem exige uma atitude de serviço e todos os serviços são dignos e socialmente valorizados. 
Entre os discípulos de Jesus a motivação é estranhamente diversa. Resistimos a ser subjugados pela natureza, mesmo quando reconhecemos que o espírito de Tiago e João faz-nos sonhar com carreiras extraordinárias, percursos de poder, lugares idílicos, mas longe do Mestre.

Estranha esta lógica «ser servo para ser grande», «ser pobre para ser rico».

P. Nélio Pita

XXIX DOMINGO COMUM B


domingo, 14 de outubro de 2018

Início da Catequese - UMA FELIZ TARDE E UM FELIZ DIA

Creio que não há maior 'riqueza' que a partilha de gerações, na alegria contagiante dos mais pequeninos e dos mais jovens, na Sabedoria duma Palavra que ilumina e guia por 'sendas direitas', no testemunho da fraternidade, na entreajuda, na disponibilização para se colocar ao 'serviço dos outros' (que não nos são nada por afinidade física e que nos são tudo pelos valores que nos unem), nos que prepararam mais de perto e (com beleza) as celebrações e os convívios, na oração...Foi uma feliz tarde, umas felizes manhãs!

Foi uma bela tarde em Mira de Aire
13 de Outubro




























Foi uma bela manhã em Alvados, 14  de Outubro









Foi uma bela manhã em São Bento, dia 14 Outubro

















Quando vivemos alegrias em conjunto - uns com os outros - elas redobram e duplicam! Começámos uma nova etapa na Catequese. Agora avancemos com dedicação, perseverança, e rezando uns pelos outros. O 'tesouro' no céu espera-nos se o merecermos aqui na terra.

sábado, 13 de outubro de 2018

XXVIII DOMINGO COMUM B (14 de Outubro 2018)

               Os obstáculos ao seguimento de Jesus
Não basta cumprir a lei. Para seguir o Mestre é necessário que o discípulo seja livre. Porque há bens que escravizam, como há ideias que amarram ou recordações que bloqueiam. Jesus exige que o discípulo esteja disponível.
Por isso, «vai vender o que tens, dá o dinheiro aos pobres…». A reação é de desalento. O homem não é capaz de ir tão longe. O rico não está habituado a ceder. Deseja a vida eterna, mas é incapaz de remover o obstáculo que o impede de alcançar. E a recorrente tentação de querer conciliar a acumulação obsessiva de bens com o seguimento é denunciada pelo Mestre: «Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!».
Tantas vezes nos colocamos diante de Jesus e manifestamos-lhe o desejo de alcançar um Bem Maior, aqui e agora, mas nem sempre estamos disponíveis para acolher as exigências que Ele nos faz. Por vezes, enganamo-nos a nós próprios, convencendo-nos de que fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance quando, na verdade, contornamos subtilmente as palavras duras, amolecemos o divino desafio adaptando-o às nossas ambições, tal como aconteceu com a princesa do conto do Tchékhov.
De visita ao mosteiro, ela desejava fazer a experiência da eternidade. Mas nesse lugar sagrado, onde anseia «instalar-se para sempre, onde a vida parece ser serena e despreocupada», a paz é perturbada pelo diálogo inesperado com um antigo funcionário. O velho médico, por sugestão da nobre senhora, enumera os erros que estão na origem de uma vida infernal: ela despreza os outros, explora os trabalhadores e até promove obras de caridade por vaidade e para se promover socialmente. Fá-lo com a naturalidade de quem julga que esse modo de vida é um direito garantido pelo seu estatuto. Enfim, deseja estar em paz com Deus, mas tem repugnância das pessoas. Subjacente a esta postura rígida, própria de quem não cede nada, está uma perspetiva distorcida da experiência religiosa, entendida, por um lado, como mero cumprimento de rituais e, por outro, como vivência encapsulada de uma paz sem a exigência de olhar e cuidar do outro, o fragilizado, o pobre, o doente, o marginalizado.
Se este tempo tem uma marca, é a da tentação constante de reduzir a experiência de fé à repetição de rituais e de rotinas cunhadas como “sagradas” por um lado e, por outro, pela multiplicação de propostas de cariz espiritual que pretendem garantir uma experiência de eternidade, rápida e satisfatória, a baixo preço, como se a eternidade fosse um produto comercializável, suscetível de ser consumido sem a obrigação de sair de si mesmo para amar e servir o outro.
Estas propostas são enganosas. São falsas. São contrárias ao espírito do Evangelho na medida em que promovem o alheamento da realidade distanciando o homem dos dramas deste mundo. São piedosas fugas que não nos identificam com o Mestre que se fez pobre e nos desafia a segui-lo incondicionalmente.
P. Nélio Pita, CM