DESTAQUE

PÁSCOA 2023 - cartaz e pensamento

 

sábado, 17 de fevereiro de 2018

40 PENSAMENTOS QUARESMAIS - um cada dia (3) - sábado após as cinzas

17 FEV
Sábado após as cinzas

 Do Evangelho de Lucas: 
Os fariseus e os doutores da Lei murmuravam, dizendo aos discípulos: «Por que comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?» Jesus tomou a palavra e disse-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas os que estão doentes. Não foram os justos que Eu vim chamar ao arrependimento, mas os pecadores.»(5,30-32).
a clareza de um pecado é melhor do que a fraqueza do coraçãoÉ aqui que entra o problema da ‘fraqueza do coração’. Quando o coração começa a enfraquecer, não é como numa situação de pecado, em que tu cometes um pecado e te apercebes imediatamente. ‘Eu cometi este pecado’, é claro. Mas a fraqueza de coração é uma viagem lenta, passo a passo."

Papa Francisco
 Oração: 

Deus, nosso Pai,
permite que eu descubra as minhas doenças,
não apenas as do corpo, 
mas também as da alma, do coração,
para que eu, com a Tua graça,
trate delas com tempo,
sem perder tempo!
Faz da minha fraqueza de pecador
a força para pedir e oferecer perdão!
Ajuda-me a 'dobrar' o meu orgulho
e a minha vaidade.
Ámen.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

40 PENSAMENTOS QUARESMAIS - um cada dia (2) - sexta-feira de cinzas

16 FEV
Sexta-feira de cinzas

 Do livro de Isaías: 
Jejuais entre rixas e disputas, dando bofetadas sem dó nem piedade. Não jejueis como tendes feito até hoje, se quereis que a vossa voz seja ouvida no alto. Acaso é esse o jejum que me agrada, no dia em que o homem se mortifica? Curvar a cabeça como um junco, deitar-se sobre saco e cinza? Podeis chamar a isto jejum e dia agradável ao Senhor? 0 jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão. Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do Senhor atrás de ti. Então invocarás o Senhor e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá: «Aqui estou!»(58,4-9).
“o jejum tira força à nossa violência, desarma-nos, constituindo uma importante ocasião de crescimento. Por um lado, permite-nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo necessário, provando dia a dia as mordeduras da fome. Por outro, expressa a condição do nosso espírito, faminto de bondade e sedento da vida de Deus. O jejum desperta-nos, torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa fome.”

Papa Francisco, Mensagem Quaresmal 2018
 Oração: 

Deus, nosso Pai,
peço-te que me ensines o 'jejum',
não banalizando a palavra e a atitude,
nem os que jejuam por convicção.
Que ele, o jejum, seja sinal de comunhão com os que nada ou pouco têm
e que me faça sentir, também no meu corpo, um pouco daquilo
que é a privação.
E que o meu jejum me conduza à caridade, 
ao amor fraterno e à partilha.
Ámen.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

40 PENSAMENTOS QUARESMAIS - um cada dia (1) - quinta-feira de cinzas

Tentaremos partilhar em cada dia quaresmal um pensamento, a partir da Palavra de Deus, a concretizar na vida, a rezar em oração.... Seguiremos, em geral, a iniciativa 40 dias com o Papa Francisco...mas também acertaremos, de vez em quando, o passo com a nossa realidade... Vamos ver se conseguimos. Aqui, no blog paroquial será mais fácil a regularidade, na página do facebook nem sempre
Começa a Quaresma, recomeça a vida (vem aí a primavera), retempera-se o espírito com o Espírito...para que 'o fogo' purificador e transformador da Páscoa anime os nosso corações!

15 FEV
Quinta-feira de cinzas

 Do Evangelho segundo S. Mateus: 
Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas. (...). Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. (...). E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam (6, 2.5.16).
O Evangelho que inaugura a Quaresma convida-nos a ser os seus protagonistas, abrangendo três recursos, três remédios que curam do pecado. Em primeiro lugar, a oração, expressão de abertura e de confiança no Senhor. (...). Em segundo lugar, a caridade, para superar a falta de interesse em relação aos outros. (...). Em terceiro lugar, o jejum, a penitência, para nos libertarmos das dependências daquilo que passa e para procurarmos ser mais sensíveis e misericordiosos.

Papa Francisco, Homilia na Quarta-feira de Cinzas, 2016
 Oração: 

Deus, nosso Pai,
suplico-Te que me dês a graça de não esquecer
que devo rezar,
falar Contigo e escutar a tua Palavra.
Que a oração mais frequente, na Quaresma,
intensifique em mim a prática
das obras de caridade e misericórdia
e me leve à penitência
de renunciar àquilo que não condiz com o Evangelho.
Ámen.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

TRÊS GESTOS E ACÇÕES CONCRETAS PARA ESTA QUARESMA

Com o intuito de proporcionar gestos concertos e acções que dêem maior e mais profundo sentido ao tempo quaresmal eis três propostas:

RETIRO POPULAR
Com já vem sendo um bom hábito, eis um instrumento à disposição de cada cristão que deseje, para valorizar a leitura orante da Palavra de Deus, em grupo (ou até individualmente). A grelha com os vários grupos está exposta na entrada da Igreja e qualquer um pode associar-se a um desses grupos de reflexão e partilha. Há guiões de apoio nos lugares habituais das igrejas.

RENÚNCIA QUARESMAL
Um modo de partilhar em vista de uma acção concreta, proposta pelo nosso bispo, este ano diz ele: "A coleta desta renúncia na nossa diocese será canalizada, através da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, para ajudar os cristãos perseguidos no Iraque e no Paquistão, onde vivem em condições das maiores carências. Demos testemunho corajoso de generosidade!" A maneira habitual de realizar este gesto, passa pelo retirar do envelope 'próprio' existente nas entradas das igrejas, fazer alguma renúncia de valor pecuniário - pensando na intenção que é sugerida - e devolver o envelope , com o valor da renúncia - no ofertório das missas do domingo de Ramos. Como já sabemos não importa tanto o quantitativo, mas a 'verdade' da renúncia (que significa pensar nos que passam mais dificuldade).

24 HORAS PARA O SENHOR
Também esta iniciativa concreta grangeou uma agradável 'surpresa' nos anos transactos (passados) pela boa adesão. Ei-la de novo e vamos considerá-la de novo, envolvendo as comunidades e outros grupos que, com seriedade, queiram 'responsabilizar-se' por 1 hora diante do Santíssimo, na Igreja de Mira de Aire. das 18h do dia 9 às 18h do dia 10h. Assinalem já a vossa hora na grelha existente no Cartório (ou na sacristia). 
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A Quaresma coloca-nos diante de três realidades da vida humana: a fragilidade do nosso pecado, a graça do perdão e da misericórdia, o valor da 'caridade' como partilha e a luz que brilha sempre mais forte (na Páscoa de Ressurreição).  

MENSAGENS QUARESMAIS do Papa Francisco e do Bispo da Diocese de Leiria-Fátima

Eis um itinerário para esta Quaresma, bem elucidativo e realista...na reflexão e na acção concreta.

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO PARA A QUARESMA DE 2018

"Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos" (Mt 24,12)

Amados irmãos e irmãs! Mais uma vez vamos encontrar-nos com a Páscoa do Senhor! Todos os anos, com a finalidade de nos preparar para ela, Deus na sua providência oferece-nos a Quaresma, «sinal sacramental da nossa conversão» [1], que anuncia e torna possível voltar ao Senhor de todo o coração e com toda a nossa vida.
Com a presente mensagem desejo, este ano também, ajudar toda a Igreja a viver, neste tempo de graça, com alegria e verdade; faço-o deixando-me inspirar pela seguinte afirmação de Jesus, que aparece no evangelho de Mateus: «Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos» (Mt 24, 12). Esta frase situa-se no discurso que trata do fim dos tempos, pronunciado em Jerusalém, no Monte das Oliveiras, precisamente onde terá início a paixão do Senhor. Dando resposta a uma pergunta dos discípulos, Jesus anuncia uma grande tribulação e descreve a situação em que poderia encontrar-se a comunidade dos crentes: à vista de fenómenos espaventosos, alguns falsos profetas enganarão a muitos, a ponto de ameaçar apagar-se, nos corações, o amor que é o centro de todo o Evangelho.

Os falsos profetas
Escutemos este trecho, interrogando-nos sobre as formas que assumem os falsos profetas?
Uns assemelham-se a «encantadores de serpentes», ou seja, aproveitam-se das emoções humanas para escravizar as pessoas e levá-las para onde eles querem. Quantos filhos de Deus acabam encandeados pelas adulações dum prazer de poucos instantes que se confunde com a felicidade! Quantos homens e mulheres vivem fascinados pela ilusão do dinheiro, quando este, na realidade, os torna escravos do lucro ou de interesses mesquinhos! Quantos vivem pensando que se bastam a si mesmos e caem vítimas da solidão!
Outros falsos profetas são aqueles «charlatães» que oferecem soluções simples e imediatas para todas as aflições, mas são remédios que se mostram completamente ineficazes: a quantos jovens se oferece o falso remédio da droga, de relações passageiras, de lucros fáceis mas desonestos! Quantos acabam enredados numa vida completamente virtual, onde as relações parecem mais simples e ágeis, mas depois revelam-se dramaticamente sem sentido! Estes impostores, ao mesmo tempo que oferecem coisas sem valor, tiram aquilo que é mais precioso como a dignidade, a liberdade e a capacidade de amar. É o engano da vaidade, que nos leva a fazer a figura de pavões para, depois, nos precipitar no ridículo; e, do ridículo, não se volta atrás. Não nos admiremos! Desde sempre o demónio, que é «mentiroso e pai da mentira» (Jo 8, 44), apresenta o mal como bem e o falso como verdadeiro, para confundir o coração do homem. Por isso, cada um de nós é chamado a discernir, no seu coração, e verificar se está ameaçado pelas mentiras destes falsos profetas. É preciso aprender a não se deter no nível imediato, superficial, mas reconhecer o que deixa dentro de nós um rasto bom e mais duradouro, porque vem de Deus e visa verdadeiramente o nosso bem.

Um coração frio
Na Divina Comédia, ao descrever o Inferno, Dante Alighieri imagina o diabo sentado num trono de gelo; [2] habita no gelo do amor sufocado. Interroguemo-nos então: Como se resfria o amor em nós? Quais são os sinais indicadores de que o amor corre o risco de se apagar em nós?
O que apaga o amor é, antes de mais nada, a ganância do dinheiro, «raiz de todos os males» (1 Tm 6, 10); depois dela, vem a recusa de Deus e, consequentemente, de encontrar consolação n'Ele, preferindo a nossa desolação ao conforto da sua Palavra e dos Sacramentos [3]. Tudo isto se permuta em violência que se abate sobre quantos são considerados uma ameaça para as nossas «certezas»: o bebé nascituro, o idoso doente, o hóspede de passagem, o estrangeiro, mas também o próximo que não corresponde às nossas expetativas.

A própria criação é testemunha silenciosa deste resfriamento do amor: a terra está envenenada por resíduos lançados por negligência e por interesses; os mares, também eles poluídos, devem infelizmente guardar os despojos de tantos náufragos das migrações forçadas; os céus – que, nos desígnios de Deus, cantam a sua glória – são sulcados por máquinas que fazem chover instrumentos de morte.

E o amor resfria-se também nas nossas comunidades: na Exortação apostólica Evangelii gaudium procurei descrever os sinais mais evidentes desta falta de amor. São eles a acédia egoísta, o pessimismo estéril, a tentação de se isolar empenhando-se em contínuas guerras fratricidas, a mentalidade mundana que induz a ocupar-se apenas do que dá nas vistas, reduzindo assim o ardor missionário [4].

Que fazer?
Se porventura detetamos, no nosso íntimo e ao nosso redor, os sinais acabados de descrever, saibamos que, a par do remédio por vezes amargo da verdade, a Igreja, nossa mãe e mestra, nos oferece, neste tempo de Quaresma, o remédio doce da oração, da esmola e do jejum.

Oração
Dedicando mais tempo à oração, possibilitamos ao nosso coração descobrir as mentiras secretas, com que nos enganamos a nós mesmos [5], para procurar finalmente a consolação em Deus. Ele é nosso Pai e quer para nós a vida.

Esmola
A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos! Como gostaria que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos e víssemos, na possibilidade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho concreto da comunhão que vivemos na Igreja. A este propósito, faço minhas as palavras exortativas de São Paulo aos Coríntios, quando os convidava a tomar parte na coleta para a comunidade de Jerusalém: «Isto é o que vos convém» (2 Cor 8, 10). Isto vale de modo especial na Quaresma, durante a qual muitos organismos recolhem coletas a favor das Igrejas e populações em dificuldade. Mas como gostaria também que no nosso relacionamento diário, perante cada irmão que nos pede ajuda, pensássemos: aqui está um apelo da Providência divina. Cada esmola é uma ocasião de tomar parte na Providência de Deus para com os seus filhos; e, se hoje Ele Se serve de mim para ajudar um irmão, como deixará amanhã de prover também às minhas necessidades, Ele que nunca Se deixa vencer em generosidade [6]?

Jejum
Por fim, o jejum tira força à nossa violência, desarma-nos, constituindo uma importante ocasião de crescimento. Por um lado, permite-nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo necessário, provando dia a dia as mordeduras da fome. Por outro, expressa a condição do nosso espírito, faminto de bondade e sedento da vida de Deus. O jejum desperta-nos, torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo, reanima a vontade de obedecer a Deus, o único que sacia a nossa fome. Gostaria que a minha voz ultrapassasse as fronteiras da Igreja Católica, alcançando a todos vós, homens e mulheres de boa vontade, abertos à escuta de Deus. Se vos aflige, como a nós, a difusão da iniquidade no mundo, se vos preocupa o gelo que paralisa os corações e a ação, se vedes esmorecer o sentido da humanidade comum, uni-vos a nós para invocar juntos a Deus, jejuar juntos e, juntamente connosco, dar o que puderdes para ajudar os irmãos!

O fogo da Páscoa
Convido, sobretudo os membros da Igreja, a empreender com ardor o caminho da Quaresma, apoiados na esmola, no jejum e na oração. Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus! Ele sempre nos dá novas ocasiões, para podermos recomeçar a amar.


24 horas para o Senhor
Ocasião propícia será, também este ano, a iniciativa «24 horas para o Senhor», que convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num contexto de adoração eucarística. Em 2018, aquela terá lugar nos dias 9 e 10 de março – uma sexta-feira e um sábado –, inspirando -se nestas palavras do Salmo 130: «Em Ti, encontramos o perdão» (v. 4). Em cada diocese, pelo menos uma igreja ficará aberta durante 24 horas consecutivas, oferecendo a possibilidade de adoração e da confissão sacramental.

O círio pascal
Na noite de Páscoa, reviveremos o sugestivo rito de acender o círio pascal: a luz, tirada do «lume novo», pouco a pouco expulsará a escuridão e iluminará a assembleia litúrgica. «A luz de Cristo, gloriosamente ressuscitado, nos dissipe as trevas do coração e do espírito», [7] para que todos possamos reviver a experiência dos discípulos de Emaús: ouvir a palavra do Senhor e alimentar-nos do Pão Eucarístico permitirá que o nosso coração volte a inflamar-se de fé, esperança e amor.

Abençoo-vos de coração e rezo por vós. Não vos esqueçais de rezar por mim.
Vaticano, 1 de novembro de 2017 - Solenidade de Todos os Santos

Francisco 

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Mensagem do Bispo Diocesano para a Quaresma de 2018
Igreja em caminho rumo ao fogo da Páscoa
† António Marto Leiria, 9 de fevereiro de 2018

No próximo dia 14 de fevereiro vamos iniciar a caminhada da Quaresma rumo ao fogo da Páscoa. Não entraremos em 40 dias de tristeza e de austeridade. Ao contrário, é uma bela ocasião para um renascimento espiritual, pessoal, familiar e social. Em verdade, não nos põe fora do mundo. Antes, mergulha-nos no coração do mundo para que estejamos aí presentes à maneira de Jesus Cristo. Nesta perspetiva, o Papa Francisco convida-nos a viver este tempo com alegria e verdade, deixando-os inspirar pela afirmação de Jesus: “Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor de muitos” (Mt 24, 12). É uma advertência forte e atual que leva o Papa a interrogar: “Como se resfria o amor em nós? Quais são os sinais indicadores de que o amor corre o risco de se apagar em nós?”. O vírus do resfriamento do amor nos corações e nas relações. De facto, nas páginas dos jornais e nos écrans da televisão é-nos mostrada até à saciedade a difusão da iniquidade sob as mais variadas formas de violência, de injustiça, de pobreza imerecida, de desonestidade e corrupção, de solidão. São sintomas de um vazio espiritual, de uma mentalidade de indiferença em relação a Deus e ao outro. Esta indiferença é um vírus que contagia perigosamente o nosso tempo e ameaça resfriar o amor nos corações e nas relações, até se perder o sentido de humanidade comum e solidária. O Papa aponta os sinais mais evidentes desta falta de amor nas comunidades: “são eles a apatia egoísta, o pessimismo estéril, a tentação de se isolar empenhando-se em contínuas guerras fratricidas, a mentalidade mundana que induz a ocupar-se apenas do que dá nas vistas, reduzindo assim o ardor missionário”. O remédio doce da oração, do jejum e da partilha. Perante este cenário, somos convidados a fazer um exame de consciência. Se porventura detetamos em nós e ao nosso redor os sinais aludidos, a Quaresma oferece-nos “o remédio doce da oração, da esmola e do jejum” para nossa cura. “Se por vezes parece apagar-se em muitos corações o amor, este não se apaga no coração de Deus”. A oração mais intensa ajuda-nos a descobrir a nossa verdade e “as mentiras secretas com que nos enganamos a nós mesmos” e abrir-nos ao fogo do amor que Deus acende nos corações. Neste sentido, além de outras formas ao gosto de cada um e das famílias, propomos e recomendamos novamente a todo o povo de Deus o retiro popular segundo o método da leitura orante da Palavra de Deus. Já está disponível o opusculo com o título “A Igreja, memória e missão”, de acordo com o tema do ano pastoral no centenário da restauração da Diocese. Por seu lado, o Papa recorda-nos mais uma vez a iniciativa “24 horas para o Senhor” a concretizar nos dias 9 e 10 de março, sexta-feira e sábado. Convida a celebrar o sacramento da Reconciliação num contexto de adoração eucarística, inspirando-se nestas palavras do Salmo 130: “Em Ti encontramos o perdão” (v. 4). Entre nós, cada paróquia e/ou vigararia cuidará particularmente deste aspeto. O jejum não está fora de moda. Numa sociedade de consumismo devorador não é mera questão de se privar de carne ou de comida, mas estilo de vida sóbrio. O Papa põe em relevo o significado profundo do jejum: “tira força à nossa avidez, à nossa violência, desarma-nos, constitui uma importante ocasião de crescimento. Permite-nos experimentar o que sentem quantos não possuem sequer o mínimo necessário... O jejum desperta-nos, torna-nos mais atentos a Deus e ao próximo”. Por fim, a esmola é hoje entendida como partilha do que somos e do que temos com os irmãos necessitados, sem esperar contrapartida. “Liberta-nos da ganância e ajuda-nos a descobrir que o outro é nosso irmão”. É inspirada pelo amor do próximo, pelo apelo à solidariedade para um mundo mais fraterno. “O testemunho evangélico ao qual o mundo é mais sensível é o da atenção às pessoas e da caridade para com os pobres e os que sofrem” (S. João Paulo II). Um sinal específico da partilha é a chamada renúncia quaresmal. A coleta desta renúncia na nossa diocese será canalizada, através da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, para ajudar os cristãos perseguidos no Iraque e no Paquistão, onde vivem em condições das maiores carências. Demos testemunho corajoso de generosidade! E apoiemo-los também com a nossa incessante oração. Jornada de oração e jejum pela paz O Papa Francisco convocou para o próximo dia 23 de fevereiro, sexta feira da primeira semana da Quaresma, uma “Jornada especial de oração e jejum pela paz”, oferecida sobretudo pelas populações da República Democrática do Congo e do Sul do Sudão onde se prolongam as situações de conflito. Apelo, pois, a todos e conto com o empenho dos párocos e outros agentes pastorais, dos movimentos, associações e grupos laicais para que a jornada seja proposta o mais possível a todos e seja concretizada de formas criativas. A alegria de ser Igreja em caminho com Maria Na nossa caminhada quaresmal insere-se a habitual peregrinação diocesana a Fátima no quinto domingo da quaresma, dia 18 de março. Em consonância com a celebração do Centenário da restauração da Diocese, peregrinaremos sob o lema “A alegria de ser Igreja em caminho com Maria”, nossa Padroeira sob a invocação de Nossa Senhora de Fátima. Desde já convido todos a participarem. Será um momento particular de graça na companhia da Mãe da Igreja. Ela ajuda-nos no caminho da conversão para que as nossas comunidades cresçam numa fé mais viva, numa comunhão mais fraterna, num espírito mais missionário, recebendo e irradiando o fogo e o calor do amor de Cristo na Páscoa, simbolizado no Círio Pascal.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

QUARTA-FEIRAS DE CINZAS - início da Quaresma

Cinzas de fragilidade, de 'pó'....mas também cinzas de purificação, de fazer 'bilhar'!
Cinzas de humildade (pois só os humildes precisam de confiar a sério)... e cinzas de 'voar' (desde que se saiba quem nos apoio no voo, pois sozinhos 'espalhamo-nos')
Cinzas de cinzento...mas também cinzas da verdade, 'nua e crua'; só esta nos libertará e nos dá novo 'hálito' (sopro) de vida renascida!
Cinzas onde houve fogo... mas também cinzas que se tornam 'húmus' que enriquecem a terra (e a vida).
EIS O O HORÁRIO DAS NOSSAS CELEBRAÇÕES DESTE DIA:




domingo, 4 de fevereiro de 2018

BÊNÇÃO DOS MENINOS DE COLO - 2 & 4 FEV2018

UMA MEMÓRIA PARA A VIDA
Sim. Uma memória para a vida dos pais e dos filhos. Foi no dia 2, em Alvados - Festa da Apresentação de Jesus no Templo -  e no dia 4, em Mira de Aire e São Bento. As comunidades viveram um acontecimento significativo e pleno de sentido, enlaçando a simplicidade humana e a confiança no Deus da vida. Os 'meninos de colo', ao colo dos seus pais - pequeninos que se portaram 'magistralmente' na Casa de Deus - protagonizaram uma celebração alegre e feliz. Será certamente uma 'memória' a contar pelos pais e por todos nós, no sentido de todos percebermos que 'o céu está bem mais perto de nós, quando os protagonistas são os mais pequeninos'! Felizes os pais que aderiram e tiveram a 'sabedoria' de sair das suas casas por causa dos seus 'meninos de colo' (e de alguns outros irmãozitos/as) que também sorriram de alegria (e alguns até rezaram). 
ALVADOS 



MIRA DE AIRE


SÃO BENTO



domingo, 28 de janeiro de 2018

BENÇÃO DOS MENINOS DE COLO

CRIANÇAS dos 0 2 anos
ALVADOS: 2 de Fevereiro, na Missa da Festa, 11h.
MIRA DE AIRE: 4 de Fevereiro, na Missa dominical, 11.30h.
SÃO BENTO: 4 de Fevereiro, na Missa Dominical, 11.30h.

- É NECESSÁRIO INSCREVER-SE ATÉ TERÇA-FEIRA, dia 30 Janeiro.
- PARA A CELEBRAÇÃO OS PAIS DEVEM TRAZER UMA VELA, a do baptismo para os que já forem baptizados ou outra!


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

JANEIRAS, lindas Janeiras de Mira de Aire

Não posso testemunhar a parte final em primeira pessoa..., mas creio que, mesmo assim, posso afirmar que a palavra 'Janeiras' exprime um sentimento muito 'sui generis' (especial) em Mira de Aire. Não me parece haver especial ciência sociológica ou fenómenos estranhos aqui envolvidos, mas há algo que 'paira' no ar e que se respira desde o princípio, com um gesto bonito na Casa Abrigo São José, em que também as lágrimas (talvez da saudade, mas certamente de alegria, dos mais velhinhos) comoveram e admiraram os quarentões e amigos que ali marcaram o começo duma noite 'janeireira', que terminou só pelas 'tantas' da madrugada! E depois o começo mais oficial, já com a 'banda' de músico formada a rigor, no Largo da Igreja, foi como dizia alguém ali: 'avassalador'! E depois foi só continuar com a música, a confraternização
'Desde o princípio'... até ao fim! A rua principal da Vila enche-se não de transeuntes, mas de 'janeireiros', que, nesta noite, primam pelas suas fardas características, sem pressas, com um ginginha, ou umas 'misturas' saborosas (daquelas que aquecem...)
À vila de Mira de Aire acorreram muitos outros vindos da terras vizinhas, mas também da Suiça (pelo menos uma vi eu), de Coimbra, do Covão do Coelho...e certamente de muitos outros sítios, aqui não descritos! Os Q'78 esforçaram-se com afinco e empenho... e cantaram, até à desgarrada! Muitos outros quarentões, 'orgulhosos' das suas capas foram surgindo de um e doutro lado até ser formar uma 'pequena multidão'. 
Gosto de referenciar estes momentos, assim, que vão criando a tal 'marca registada'! Também espero que muitos dos presentes se sintam juntos noutras 'alegrias', também geradoras e criadoras de comunidade, talvez 'alegrias mais sérias', mas certamente significantes na vida!
P Luis
























A DIOCESE DE LEIRIA: UM CENTENÁRIO PARA O FUTURO

Acreditamos que é assim que se celebra com júbilo, profunda alegria e imensa gratidão, a festa do CENTENÁRIO DA NOSSA DIOCESE DE LEIRIA( hoje Leiria-Fátima). Com a música, bem orquestrada pelas bandas e com acontecimento solene que encheu 'à pinha' o espaço eclesial da Sé de Leiria. No simbolismo da unidade, do centro e da fonte, está o grande motivo para nos alegrarmos todos: os que participaram mais de perto e os que, porventura, não tiveram essa sorte, graça, ou vontade! Embora a efeméride tenha sido oficialmente no dia 17 de Janeiro, eis que muitos nos congregámos do dia do Senhor, 21 de Janeiro.
Perante muitas e muitas centenas de cristãos, muitos sacerdotes, vários bispos e outros dignos presentes, o nosso bispo, agraciou-nos com uma 'sentida' reflexão sobre o sentido de viver a alegria em Igreja (na diocese). É bom ainda referir o gesto simbólico - proclamado pelo nosso bispo - da vontade de celebrar a FESTA DA FÉ (de 15 a 17 de Junho) na cidade de Leiria, para todos os cristãos da Diocese. E cada paróquia, uma a uma, receberam a bandeira e o testemunho dessa mesma festa, que agora começa a ser preparada por todos, no sentido de fazermos dela um 'marco decisivo' na cidade. Esperamos 'invadi-la', nesses dias, com os sinais da paz e da alegria da fé! Para isso vamos tentar todos pôr o nosso cunho!
Já na noite anterior se rejubilou com a execução musical de várias partituras de um eminente sacerdote (músico) da diocese: o P. Carlos Silva.
Felicidades a nós todos, e quem dera que todos sentissem esta íntima comunhão que nos irmana em família cristão, em Igreja, em Diocese. 




ALVADOS- Festa da Padroeira (2 de Fevereiro)


III DOMINGO COMUM B


quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

CENTENÁRIO DA RESTAURAÇÃO DA DIOCESE DE LEIRIA- 17 de Janeiro de 2018

É MESMO HOJE, dia 17 de Janeiro. Faz 100 anos que foi restaurada a nossa diocese de Leiria-Fátima. PARABÉNS! Com um singelo bolo assinalámos esta efeméride, juntamente com o nosso 'Pastor', o sr. bispo D.António Marto. É ela que nos irmana na família cristã. É ela o 'berço' e a fonte. Louvemos e demos graças ao Senhor.